quarta-feira, 8 de abril de 2015

13 MILHÕES EM REMÉDIO, POR CULPA DE GOVERNO TUCANO, É JOGADO NO LIXO EM MINAS GERAIS


Enquanto milhares de pacientes sofrem com a falta de remédios em postos de saúde, o Governo de Minas jogou fora R$ 13 milhões em medicamentos vencidos que não foram distribuídos em 2014. As caixas já estavam no depósito da empresa contratada pelo Estado para distribui-los na rede pública mas, por algum motivo, não chegaram às prateleiras dos hospitais e perderam a validade.

A situação foi descoberta por funcionários da Secretaria de Saúde a pedido do governador Fernando Pimentel (PT), que determinou um pente-fino em contratos da gestão anterior, dos governadores Antonio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP).


Os remédios estavam guardados em depósito da Saúdelog, empresa de logística que firmou contrato com a gestão anterior para a distribuição de medicamentos. A área total de remédios em estoque fora do prazo de validade era de 600 metros cúbicos, o que para a secretaria, representa "uma estratégia equivocada de aquisição e distribuição".

Segundo Helvécio Magalhães, secretário de Planejamento e Gestão, faltam 123 tipos de remédios obrigatórios na rede pública. Doze destes são do grupo de alto risco, essenciais para pacientes em estado grave.

— Enquanto encontramos os medicamentos vencidos, estamos vivendo uma situação de desabastecimento. O Estado fez a Farmárica de Minas [programa de distribuição de medicamentos] sem nada dentro.

Magalhães negou que a auditoria tenha caráter revanchista pelo grupo político adversário.

 — Não se trata de culpar nenhum dirigente ou ex-governador. Todos os contratos estão sendo avaliados pela Controloladoria Geral do Estado, que segue o devido processo legal. A situação financeira é gravíssima.

Caos financeiro
auditoria, que apontou crescimento da dívida pública nas gestões tucanas e negou ter havido "choque de gestão" e "déficit zero", como pregado pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB), foi apresentada por Pimentel e secretários nesta segunda-feira (6) em entrevista coletiva. O balanço, apontou o governador, é preliminar e deu vazão a uma sequência de auditorias abertas pela Controladoria Geral do Estado, que investiga possíveis desvios.


A dívida de Minas na área da saúde chega a R$ 1,5 bilhão em convênios abertos e contas a pagar neste ano. Enquanto isso, o número de leitos caiu de 37,5 mil, em 2006, para 36,6 em 2015.

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