domingo, 29 de junho de 2014

Zé Profiro um guerreiro de Goiás desaparecido

Por Fr. Marcos Sassatelli*
1º de abril de 1964 é uma data que não pode ser esquecida. Passaram-se 50 anos do Golpe civil-militar, que deu início no Brasil a um longo período de ditadura, terminado somente em 15 de março de 1985. Fazemos a memória, ou seja, tornamos presente esta data para que os horrores praticados durante a ditadura nunca mais aconteçam na história do Brasil.
No dia 15 do mês corrente, participei - no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás - da Audiência Pública sobre a Luta Camponesa de Trombas e Formoso, no Norte de Goiás, realizada conjuntamente pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia do Estado de Goiás (CDH-Alego), pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) e pela Associação dos Anistiados Políticos de Goiás (Anigo), com o apoio do Comitê Goiano da Verdade, uma organização da sociedade civíl.
Fizeram parte da mesa Maria Rita Kehl (integrante da CNV, que coordena o grupo de trabalho "Graves violações de Direitos Humanos no campo ou contra indígenas"), o deputado Mauro Rubem (presidente da CDH-Alego), Marcantônio Dela Côrte (presidente da Anigo) e Dirce Machado da Silva (representante da Associação de Lavradores de Trombas e Formoso).
Foi uma Audiência, que resgatou a biografia do líder camponês José Porfírio de Souza (ou Zé Profiro, como era chamado pelos posseiros) e nos emocionou a todos e todas. Dirigentes de entidades civis, que conviveram com Porfírio, e seus descendentes nos contaram a história da Luta Camponesa de Trombas e Formoso, exigindo do Governo a localização dos restos mortais de José Porfírio.
Essa Luta começou em 1950. De um lado, estavam camponeses sem terra, apoiados por estudantes, operários e militantes de grupos de esquerda. Do outro, grileiros, apoiados por jagunços e forças policiais.
José Porfírio liderou um movimento camponês de resistência e luta pela reforma agrária, que, após dez anos de conflitos, conseguiu a vitória, conquistando terras devolutas, que os grileiros queriam tomar dos posseiros. Em 1962 - após a vitória dos camponeses - Porfírio elegeu-se deputado estadual, o primeiro do país de origem camponesa.
Com o Golpe civil-militar de 64, os camponeses da região foram perseguidos e torturados. No início dos anos 70, a repressão foi brutal. Porfírio mergulhou na clandestinidade e passou a organizar focos de combate à ditadura. Foi literalmente caçado pelos órgãos de repressão do regime autoritário civil-militar. Foi preso em 1972 no Maranhão - onde tentava articular um movimento de resistência - durante a Operação Mesopotâmia, organizada pelo Exército, que queria eliminá-lo. Foi levado para o Pelotão de Investigações Criminais (PIC) do Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde permaneceu preso até 7 de julho de 1973. Foi torturado e - no dia que foi libertado - deixado na rodoviária da capital federal por sua advogada. Desde então, José Porfírio está desaparecido.
Na época, foram realizadas, no Norte de Goiás, inúmeras prisões. Entre elas, a de Durvalino, de 17 anos, filho de José Porfírio, que foi barbaramente torturado e, depois, internado, com transtornos mentais, num hospital psiquiátrico de Goiânia, onde desapareceu.
A Audiência Pública começou com a exibição de trechos do documentário Cadê Profiro? do cineasta Hélio Brito. Durante a Audiência, a ex-militante comunista Dirce Machado da Silva, presidenta da Associação dos Lavradores de Trombas e Formoso, enviada à região em 1954 pelo PCB para dar orientação política ao líder dos posseiros, afirmou: “José Porfírio foi um líder rural autêntico”. O presidente da Anigo, Marcoantônio Dela Côrte, disse: “os militares tinham muito medo do Porfírio”.
Cláudio Maia, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), lembrou que o Estado, diante do conflito agrário, agiu sempre em defesa do latifúndio e da exploração. Trombas foi um encontro de experiências. Mesmo tendo a presença de um partido de esquerda, o mais importante neste encontro eram os militantes, pessoas que acreditavam “no modelo camponês de fazer as coisas”.
“Trombas - afirmou o professor - ficou na memória do Estado de Goiás como um movimento vitorioso. E a figura de Porfírio se tornou muito conhecida no Estado. Ele espelhava não só sua individualidade, como também a sua luta e a luta de cada posseiro. Porfírio mantinha a característica de uma liderança consolidada. Esta áurea da vitoria de Trombas atravessou 1964?.
No final da Audiência, Sebastião de Abreu, jornalista e militante da luta de Trombas e Formoso, declarou: "não vamos parar de lutar. Queremos que os militares devolvam os restos mortais de José Porfírio".
O que mais me impressionou e me chocou na Audiência Pública foram os relatos de torturas de Dirce Machado da Silva. O requinte de crueldade das torturas do tempo da ditadura civil-militar chega a ser tão sofisticado, diabólico e repugnante, que é assustador. Não dá para acreditar que um ser humano seja capaz de usar sua inteligência para ser tão mau. É realmente uma barbárie!
Fala-se de dez tipos de torturas (com todas as variantes possíveis e imagináveis) praticadas nos “porões da humanidade” da ditadura: cadeira do dragão, pau-de-arara, choques elétricos, espancamentos, cama cirúrgica, afogamentos, soro da verdade, geladeira, arrastamento pela viatura, coroa de Cristo ou capacete. Que mancha indelével! Que vergonha para o Brasil!
Para qualquer pessoa, que tem um mínimo de sensibilidade humana e de senso ético, falar de torturas - seja por motivos políticos ou outros - dá vômito. Além disso, a prática da tortura denota um atraso cultural inconcebível e inadmissível no mundo de hoje. Ditadura, nunca mais! Tortura, nunca mais!
Para os torturadores de ontem e de hoje - que na realidade são verdadeiros monstros humanos - vale a advertência do profeta Isaías: “vocês estão com as mãos sujas de sangue, estão com os dedos manchados de crimes, seus lábios só falam mentira e suas línguas susurram maldade” (Is 59, 3).
Que a memória das torturas da ditadura civil-militar nos coloque, a todos e todas, num estado de silenciosa e profunda meditação sobre o sentido da vida humana e nos leve a um compromisso radical na defesa e promoção dos Direitos Humanos.
Que a justiça seja feita e que todos os torturadores sejam processados, julgados e punidos!
*Fr. Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP), professor aposentado de Filosofia da UFG - E-mail: mpsassatelli@uol.com.br

UMA TRAFICANTE E MUITAS DROGAS APREENDIDAS EM GOIÁS

18º BPM prende traficante com 2,5 kg de pasta base e arma de fogo

No dia 27/06/14, aproximadamente às 16h00min, no Bairro das Américas em Catalão/GO, policiais militares prenderam em flagrante delito uma traficante que possuía em sua residência 2,5 kg de pasta base comportadas em 982 “dolinhas”, além de 24 pedras de crack, pesando aproximadamente 12 gramas e 01 (uma) arma de fogo calibre 32.
A ocorrência coordenada pelo Grupamento Tático contou com o apoio das demais viaturas ordinárias dos quadrantes.
Mais uma vez a comunidade pode contar, ao menos temporariamente, com a sensação de segurança e paz pública em Catalão e região.

TRAFICANTES SÃO PRESOS

Identificados como Sormany de Oliveira Mota da Silva, de 22 anos, Maycon da Silva Ferreira, de 23 anos e R.W.M.S. de 17 anos, foram presos neste sábado, 28 de junho, por Policiais Militares do Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO) da 3ªCia do 36°BPM.
Os acusados estavam num Ford Ka Placa LCY 2923, e foram abordados na Rua Odilon Botelho, na CEHAB, em Miracema, por volta das 11h40, sendo flagrados com 14 pedras de crack, pesando juntas cerca de 3,1 gramas e com a quantia de R$ 56,00 (Cinquenta e Seis Reais) em dinheiro. A droga estava escondida debaixo da capa do banco do motorista.
Conduzidos à 137DP-Miracema, os acusados foram autuados de acordo com o Art, 33 (Tráfico de Drogas) e Art. 35 (Associação ao Tráfico), ambos da Lei 11.343/06.
Sormany e Maycon foram transferidos para a Casa de Custódia na cidade de Itaperuna. Já o menor R.W.M.S. foi apreendido e será apresentado ao Ministério Público local em momento oportuno.
Fonte: 

Plantão de Polícia

PM MATA ATRIZ

A atriz Luana Barbosa, de 25 anos, foi morta nessa sexta-feira (27), pelo cabo da Polícia Militar, Marcelo Aparecido Domingos Coelho, em uma blitz de trânsito em Presidente Prudente, no oeste paulista. Ela levou um tiro no tórax. A atriz, que fez aniversário na quinta-feira, estava na garupa da motocicleta do namorado, o músico Felipe Fernandes de Barros, de 29 anos. Ele não parou no bloqueio, segundo a PM. A versão foi desmentida por amigos do músico, garantindo que Barros procurava um lugar para estacionar quando houve o disparo.
Bombeiros socorreram a jovem, que deu entrada no Hospital Regional. Ela não resistiu e morreu pouco depois. O cabo Coelho, de 43 anos, foi preso em flagrante. Ele está no Presídio Romão Gomes, em São Paulo. A arma teria disparado acidentalmente, segundo o cabo, que está há 23 anos na Polícia Militar.
Ouvido pela reportagem, um porta-voz da PM disse que um inquérito foi aberto para apurar o caso em 40 dias. “Pode ser prorrogado por mais 20 dias”, afirmou. Ele não soube dizer se o cabo será expulso da corporação.

Além de atriz, Luana Barbosa também era produtora de espetáculos teatrais. Ela era integrante da Federação Prudentina de Teatro e Artes Integrados. A jovem foi enterrada no começo da tarde deste sábado (28), em Rancharia, onde moram seus pais.
Fonte: http://spagora.com.br/

ESSE MARCONI É UMA PIADA

A Faculdade Alves Faria montou uma turma especial no curso de direito com apenas dois alunos: o senador Marconi Perillo e sua esposa Valéria Perillo.
O Ministério Público Federal em Goiás (MPF) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, emdesfavor da Faculdade Alves Faria (Alfa), Marconi Perillo (senador da República), Valéria Perillo e União Federal, por concessão de tratamento privilegiado a agente político. De acordo com a procuradora da República Mariane Guimarães de Mello Oliveira, a Faculdade Alfa, localizada em Goiânia, sob a justificativa de atender necessidades especiais de Marconi Perillo, montou uma turma especial no cursode direito com apenas dois alunos: o Senador e sua esposa Valéria Perillo.
Para tanto, a instituição de ensino superior organizou sua estrutura física e seus professores, com salade aula exclusiva, apartada do convívio com os demais estudantes. A nova turma conta com horários de aula especiais, exclusivamente às segundas, sextas e sábados pela manhã, para atender a conveniência de Marconi e sua esposa, conferindo-lhes condições privilegiadas de acesso às aulas.
Para o MPF/GO o fato viola os princípios da isonomia e da generalidade na prestação de serviços públicos, configura tratamento seletivo e privilegiado sem previsão constitucional ou legal e viola as diretrizes e bases da educação nacional, previstas na Constituição da República e na Lei n.º 9.394/96.
O MPF/GO pediu a concessão de liminar, para determinar à Alfa que encerre imediatamente a turma especial do curso de direito criada para abrigar Marconi Perillo e Valéria Perillo, transferindo-os para salas de aula comuns. Alternativamente pediu que a faculdade providencie a abertura da turma especial para os demais alunos, de forma a completar o número de estudantes usualmente admitidos em uma sala de aula normal.Pediu também, que a Alfa, Marconi Perillo e Valéria Perillo sejam condenados a pagar indenização, a ser revertida para os alunos daquela faculdade, em valor a ser oportunamente calculado, com base no custo de manutenção da sala de aula especial, durante o período em que foi mantida às custas das mensalidades pagas pelos demais estudantes.
A ação foi distribuída para a 9ª Vara Federal de Goiânia, processo nº 2007.35.00.022088-0.

A resposta da OAB-GO sobre Marconi Perillo

A OAB-GO esclarece que o governador Marconi Perillo nunca esteve inscrito em seus quadros e, portanto, não possui a carteira da OAB. Mesmo porque, nunca prestou o Exame de Ordem. Qualquer interessado pode checar no Cadastro Nacional de Advogados (cna.oab.org.br) se uma pessoa está ou não devidamente inscrita. A OAB-GO esclarece ainda que o Exame de Ordem é realizado pela Fundação Getúlio Vargas, sob supervisão do Conselho Federal da OAB. A secccional goiana da Ordem acrescenta que está e sempre esteve à inteira disposição da imprensa e da sociedade para esclarecer quaisquer assuntos concernentes à advocacia de Goiás.
Fonte: Com Blog do Nassif

SEM EMOÇÃO E BASTANTE DIVIDIDA, CANDIDATURA DE MARCONI É LANÇADA

MARCONI TRISTE, A SITUAÇÃO É DE MEDO
Aconteceu hoje (28) pela manhã o evento de oficialização da candidatura de Marconi Perillo (PSDB) à reeleição ao governo do estado de Goiás. A cerimônia também contou com as presenças do candidato à presidência Aécio Neves e do candidato ao senado Vilmar Rocha (PSD), que também aproveitou a ocasião para se lançar.
Além das várias autoridades políticas e do grande público presente no evento, a cantora Roberta Miranda também marcou presença. Ela cantou o hino nacional e uma das suas músicas de maior sucesso “Vá com Deus”. A convenção contou com uma ótima estrutura e lotou o Ginásio Goiânia Arena.
O atual governador do estado vai contar nesta eleição com o apoio dos senadores Cyro Miranda (PSDB), Lúcia Vânia (PSDB) e Wilder de Morais (DEM), além de dez deputados federais e 25 deputados estaduais. Atualmente, 17 partidos fazem parte da base aliada de Marconi, são eles: PSDB, PP, PSD, PTB, PPS, PMN, PT do B, PR, PV, PEN, PRB, PDT, PTC, PHS, PSL, Pros e PSDC. 

PRÉ CANDIDATURA FRACA DERROTOU MAGDA MOFATTO

A REJEIÇÃO DO NOME DE MAGDA MOFATTO PARA VICE-CANDIDATA A GOVERNADORA NA CHAPA DE MARCONI PERILLO FOI APLAUDIDA PELA MAIORIA ABSOLUTA DOS PARTIDOS ALIADOS DA BASE. PARA ELES, MARCONI SÓ PERDERIA ESPAÇO PERANTE A POPULAÇÃO E PRINCIPALMENTE PERANTE O ELEITORADO MAIS POBRE DE GOIÁS. MAGDA NÃO  É MUITO POPULAR E SEU DISCURSO É CONSIDERADO FRACO. 
NESTA QUEBRA DE BRAÇO, EM QUE SE TENTOU IMPOR O NOME DE MAGADA CONTRA A VONTADE DA MAIORIA DOS ALIADOS, QUEM SAIU FORTE FOI O VICE-GOVERNADOR. SEM MUITO ESFORÇO, MAGDA FOI DERROTADA PELA SUA PRÓPRIA BASE DE APOIO, QUE LHE DEIXOU SOZINHA NA HORA DO PEGA PARA CAPAR,
MAGDA  POLITICAMENTE É MUITO FRACA, MAS ECONOMICAMENTE TEM SUAS VANTAGENS, POIS FOI EXATAMENTE ESSA CONDIÇÃO FINANCEIRA QUE LHE TEM AJUDADO A GANHAR OS CARGOS PÚBLICOS, QUE ALIAS, NÃO REPRESENTOU ATÉ AGORA NADA PARA A POPULAÇÃO EM GERAL!

SERÁ QUE CALDAS NOVAS UM DIA VAI MUDAR REALMENTE?

A CAMPANHA ELEITORAL ESTÁ NA PORTA, ABRI O FACEBOOK E VEJO UMA CAMPANHA QUE DIZ: CALDAS NOVAS PRECISA MUDAR!
PORÉM É TRISTE AFIRMAR, MAS CALDAS NOVAS, ASSIM COMO O BRASIL E GOIÁS, NÃO EXISTE COMO TAL ACONTECER. UMA MUDANÇA VERDADEIRA ESTÁ LONGE DE ACONTECER. VAMOS ANALISAR:
QUEM EM CALDAS NOVAS SIGNIFICA REALMENTE UMA MUDANÇA?
QUAL O PARTIDO QUE TEM UM DISCURSO DE MUDANÇAS REAIS?
QUAL O GRUPO QUE NÃO ESTÁ PARTICIPANDO DIRETAMENTE , INDIRETAMENTE OU PERIFERICAMENTE DA ESTRUTURA POLÍTICA QUE COMANDA A POLÍTICA LOCAL?
QUEM TEM UM DISCURSO DE ROMPIMENTO RADICAL COM AS VELHAS E ULTRAPASSADAS PRÁTICAS POLÍTICAS. DE CALDAS NOVAS?
QUEM TEM PROJETOS VIAVÉS  DE MUDANÇAS ESTRUTURAIS PARA A CIDADE DE CALDAS NOVAS, PRINCIPALMENTE PARA AS QUESTÕES URBANAS, QUE DESAFIA A PAZ E A FELICIDADE DO POVO DE CALDAS NOVAS. SÃO PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, AMBIENTAIS E SOCIAIS! QUEM TEM UM PROJETO QUE VENHA AO ENCONTRO DOS PROBLEMAS INTERMINAVÉIS DO NOSSO MUNICÍPIO?
QUEM REALMENTE TEM CORAGEM DE VIM A PÚBLICO E AFIRMAR QUE MAGDA, MAGAL E OS GRUPOS EMPRESARIAIS E HOTELEIROS SÃO OS MAIORES RESPONSAVÉIS PELO CAOS URBANO EM QUE SE ENCONTRA CALDAS NOVAS?
MUDANÇAS NÃO SE FAZ SÓ COM ROSTOS DIFERENTES OU COM DISCURSOS VAZIOS. MUDAR A CARA DO POLÍTICO O ELEITORADO TEM FEITO E SEMPRE DAR NA MESMA.
A MUDANÇA REAL TEM QUE VIM ACOMPANHADA DE PROPOSTA VERDADEIRAS, ROMPIMENTOS ANTECIPADOS COM ESSA ESTRUTURA POLITICA ULTRAPASSADA DE CALDAS NOVAS, ENCARNADA EM FIGURAS POLÍTICA COMO MAGDA, MAGAL, MARQUINHOS E SEUS ALIADOS!
EU CONCORDO QUE SE MUDE O ROSTO DE NOSSOS POLÍTICOS, COMO:
TROCAR MARQUINHOS DO PRIVÉ POR TOMATINHO OU FREDERICO.
TIRAR MAGDA MOFATTO DA CÂMARA  FEDERAL POR OUTRO NOME.
MAS SÓ ISSO NÃO BASTA, TEMOS QUE TER POSTURA E PREPOSIÇÕES REAIS E VIAVÉIS PARA UMA MUDANÇA VERDADEIRAMENTE DIFERENTE, PORÉM A VERDADE É QUE ROTOS QUE SE APRESENTAM COMO UMA MUDANÇA NÃO TEM NADA DE DIFERENTE DESSES PELEGOS QUE DOMINAM A POLÍTICA LOCAL!

DOIS MORREM EM ACIDENTE EM GOIATUBA

Dois irmãos, uma adolescente de 17 anos e um jovem de 19 anos, morreram em um acidente na madrugada deste sábado (28) na GO-515, em Goiatuba, no sul de Goiás. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o motorista de um VW Gol perdeu o controle do veículo e capotou.
Cinco pessoas estavam no carro e, segundo a PRE, não usavam cinto de segurança. Eles voltavam de uma festa em Itumbiara. Além das vítimas fatais, os outros dois ocupantes do carro tiveram ferimentos e foram encaminhados ao Hospital Municipal de Goiatuba. Segundo a unidade, uma jovem foi transferida para um hospital em Goiânia e outro rapaz, com estado regular, também aguarda a transferência.
Fonte: http://g1.globo.com/goias

JUIZ DIZ COMO SE GANHA ELEIÇÃO: QUEM PAGA MAIS LEVA!

No pequeno povoado de Cocos, na zona rural de Benedito Leite (MA), um carente município de um dos mais pobres estados brasileiros, um convênio no valor de R$ 970 mil foi firmado em 2009 com a prefeitura local para a construção de uma pequena escola. Quatro anos depois, a construção, inacabada, ruiu.

O caso verídico é usado pelo juiz maranhense Márlon Reis como exemplo do poder nocivo da corrupção no processo eleitoral e suas nefastas consequências no exercício de mandatos eletivos. Membro do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e um dos articuladores do projeto de autoria popular que resultou na Lei da Ficha Limpa, o magistrado compilou em livro o lado obscuro das campanhas eleitorais. 
Em "O Nobre Deputado - Relato chocante (e verdadeiro) de como nasce, cresce e se perpetua um corrupto na política brasileira", lançado nesta sexta-feira, 27, na Livraria Cultura, em São Paulo, o autor relata práticas nada republicanas do deputado Cândido Peçanha para chegar ao poder. 
O personagem é fictício, mas as práticas descritas por eles são reais. Foram relatadas ao autor por centenas de atores da política brasileira, entre eles detentores de mandato eletivo. "O trabalho de pesquisa foi enriquecido com a análise de provas colhidas em processos judiciais.
Reis realizou entrevistas em diversos Estados brasileiros e concluiu que há um padrão na adoção de certas práticas em todas as regiões do País. Entre suas fontes, cujas identidades ele preserva, há um senador. "Ele me explicou que o resultado de qualquer eleição brasileira já estava definido muito antes do encerramento da votação. Muito antes da abertura das urnas", relata Reis.
Segundo ele, as práticas descritas reduzem a nada a vontade do eleitor individual em uma eleição. "O que conta é a quantidade de dinheiro arrecadado para a campanha vencedora, que usa a verba num infalível esquema de compra de votos. Arrecadou mais, pagou mais. Pagou mais, levou. Simples assim".
O autor divide o livro em duas partes: a corrupção na arrecadação de dinheiro para as campanhas e as artimanhas para converter os recursos arrecadados em votos. 
A arrecadação de irregular de dinheiro, descreve, é feita por meio de doação não declarada de campanha, desvio de dinheiro de emendas parlamentares e convênios, licitações viciadas e agiotagem. A conversão se dá pela compra de apoio e de votos. 
Reis afirma que ouviu relatos em que deputados condicionam a liberação de emendas parlamentares à devolução de 75% do valor liberado. "O deputado propôs que o prefeito ficasse com os 25% restantes. Ou seja, o dinheiro dessa emenda seria literal e integralmente roubado", disse. 
Segundo o juiz, é comum um candidato receber dinheiro, não declarado, para a campanha sob a condição de pagar o valor em parcelas mensais, durante os quatro anos do mandato, com juros mensais que podem ser maiores que 20%. "Existe o agiota bom e o mau. O bom fica com o prejuízo quando o candidato não se elege. Mas o agiota mau cobra o dinheiro com ameaças e pode cometer crimes como sequestro e até assassinato".
O juiz relaciona ainda as eleições à prática de outros crimes. "Em anos de eleição há picos de ocorrências de assaltos a banco. Nos anos sem eleição a incidência é bem menor". 
Márlon Reis diz que sua proposta ao lançar o livro é expor para o grande público os crimes por trás das campanhas eleitorais e, com isso, combatê-las. O livro, no entanto, causou reações negativas na Câmara dos Deputados antes mesmo de seu lançamento. 
No dia 10 de junho, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves afirmou que iria entrar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça contra o magistrado. Outros parlamentares também fizeram a mesma ameaça, mas ninguém havia efetivado até esta sexta-feira. 
"Escrevi o livro nas minhas horas vagas. O CNJ pode fiscalizar minha atuação como magistrado mas não tem poder sobre meu pensamento e minha atividade intelectual", disse o juiz. 
Valmar Hupsel Filho 
O Estado de S. Paulo

Editado por Folha Política

ELE ERA CONTRA A COPA, AGORA NÃO SAI DOS ESTÁDIOS

ELE FOI UM DOS PRINCIPAIS POLÍTICOS DO BRASIL QUE FOI CONTRA A VINDA DA COPA PARA O BRASIL, DIZENDO QUE O BRASIL NÃO ESTAVA PREPARADO PARA FAZER UM EVENTO DO TAMANHO DA COPA. CRITICOU O GOVERNO, A PRESIDENTE DILMA, AS OBRAS E  ESTAVA TORCENDO PARA O FRACASSO DA ORGANIZAÇÃO E O SUCESSO DA COPA, AGORA VIVE NOS ESTÁDIOS  TORCENDO E USUFRUINDO  DA BOA QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS NESTA COPA.
PURA IRONIA, QUEM FOI CONTRA, AGORA  VIVE BATENDO PALMAS PARA A REALIZAÇÃO DA COPA NO BRASIL!

OITO IMAGENS QUE VOCÊ PRECISA OLHAR COM URGÊNCIA

Aécio é ex-governador de Minas e Senador. Atual candidato à presidência, boêmio e famoso por esconder algumas coisas de você.













COMENTARISTA CHAMA NORDESTE DE BOSTA E DIZ: ESTOU CAGANDO!


A emenda saiu pior do que soneto. Eduardo Bueno, (*) comentarista do programa “Extraordinários” do canal SporTV, das Organizações Globo, chamou o nordeste de “aquela bosta” durante um debate . Diante de protestos contra preconceito e estereótipos, ao invés de se desculpar, ele tentou “se defender” com arrogância e mais agressões, piorando a situação.
Disse que estava “cagando” para os internautas que protestaram, a quem chamou de “idiotas” e “bando de babacas”. (assista aqui)
Quis dar “carteirada” de intelectual no telespectador, afirmando que para discutir com ele sobre o Nordeste era preciso ler os 15 livros de Câmara Cascudo que ele diz ter lido. Depois, quase balbuciando em meio à intervenções de outro comentarista que procurava colocar panos quentes, disse que estava era “brincando”, como se reforçar estereótipos, preconceitos e alimentar ódios fossem brincadeiras aceitáveis.
Para piorar, a apresentadora Maitê Proença (**) disse que “essa gente é de uma leviandade…” (referindo-se a quem se sentiu ofendido, sobretudo nordestinos, mas também todos os brasileiros que amam o Nordeste), e concluiu: “O cara tem que entender que o contexto desse programa permite esse tipo de coisa”.
Quer dizer que o contexto do programa permite chamar o Nordeste de “aquela bosta”, tranquilamente? E leviano é quem se sente ofendido? E quem é chamado de “bosta” é que deveria pedir desculpas ao programa da poderosa TV GloboSat?
É por isso que é difícil assistir qualquer canal que seja das Organizações Globo. Nem jogo da Copa. Só contratam e só convidam quem detona o Brasil, o Nordeste, o povo brasileiro, nossa cultura, nossa gente. Chique, para eles, é Nova York, Milão, Paris, etc.
E os patrocinadores? Quando um executivo da Philips destratou o Piauí durante o movimento “Cansei”, houve um boicote geral, com ninguém comprando produtos da empresa. Será que a Claro, o Itaú, o McDonalds, a Ipiranga, a Kia e Budweiser (mesmo fabricante da Skol, Brahma e Antartica) querem ir pelo mesmo caminho?

Fonte: http://pocos10.com.br/

ELE ENDIVIDOU MINAS E AGORA QUER ENDIVIDAR O BRASIL. VOCÊ VAI DEIXAR?

Na tentativa de defender a gestão das finanças e a contratação de R$ 19 bilhões adicionais em empréstimos nos últimos 11 anos por administrações do PSDB, o secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, acabou reconhecendo, em entrevista ao jornal Hoje em Dia, que o endividamento está próximo de estourar os limites legais. Segundo ele, pela Resolução 43 do Senado, o limite do comprometimento anual do orçamento com encargos de dívidas consolidadas a 11,5% da receita corrente líquida e Minas já atingiu um percentual de 11,4%.
Em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, a situação também é extremamente delicada. Colombini diz que o último relatório da Secretaria de Fazenda, de setembro de 2013, apurou que a dívida líquida do Estado equivalia a 170% da receita corrente líquida, um percentual perigosamente próximo do limite de 200%.

Minério de ferro e café
Na mesma entrevista, Colombini admitiu que a economia mineira não anda bem, mas garantiu que o Estado vai reduzir o custeio. Ao explicar os números ruins, o secretário admitiu que a economia mineira continua sendo movida basicamente a minério de ferro e café, como em meados do século passado. Ele citou a queda do preço da saca do café – de R$ 500 para R$ 250, e do minério, que pouco rende à receita do Estado. "Estamos tomando medidas que até ano que vem vão reduzir em R$ 1 bilhão o custeio", prometeu Colombini.

A dívida do Estado supera R$ 79 bilhões. Em números absolutos, é a segunda maior entre as unidades da federação, perdendo apenas para São Paulo, que tem uma arrecadação muito maior. Em valores proporcionais à receita, a dívida mineira também é a segunda maior, só perdendo para o Rio Grande do Sul. Em 2013, Minas foi um dos três estados que não conseguiu reduzir o endividamento.

ÔNIBUS VIRA NO MA\RANHÃO


Um ônibus com brincantes do boi “Encanto do São
Cristóvão” tombou na BR-222 nesta quinta-feira (26). Eles voltam de uma apresentação realizada em Pinheiro.
O ônibus caiu no acostamento da BR e os passageiros ficaram feridos. Segundo a investigação preliminar da PRF, o motorista dormiu no volante.
Duas vítimas tiveram ferimentos mais intensos. Uma pessoa fraturou a bacia e outra fraturou o braço.
FONTE: G1 

Descoberta as origens do mensalão

Após quase sete anos de segredo, o Supremo Tribunal Federal liberou para consulta o Inquérito 2474, da Polícia Federal. Trata-se de uma investigação complementar, feita a pedido do Ministério Público, para mapear as fontes de financiamento do "valerioduto" na época das denúncias sobre o chamado "mensalão". O relatório, assinado pelo delegado Luís Flávio Zampronha, foi encaminhado à Justiça em meados de 2007 e usado em reportagens há cerca de quatro anos como suposta prova do esquema de compra de apoio parlamentar por parte do governo Lula. O inquérito estava sob segredo de Justiça desde então por determinação do hoje presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
Carta Capital teve acesso ao inquérito em 2011 e disponibilizou o documento em sua página na internet a partir de uma reportagem, assinada pelo repórter Leandro Fortes, sobre o real conteúdo do inquérito (leia a íntegra do documento clicando aqui). A análise mostrava como a mídia escondeu, à época, o trabalho do delegado para relatar que o esquema a envolver financiamento ilegal de campanha e lobbies privados começou em 1999, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, e terminou em 2005, na administração Lula, após ser denunciado pelo deputado Roberto Jefferson, do PTB. No inquérito o delegado indicava que nunca houve 'mensalão' (o pagamento mensal a parlamentares), mas uma estratégia mafiosa de formação de caixa 2 e que avançaria sobre o dinheiro público de forma voraz caso não tivesse sido interrompida pela eclosão do escândalo.
O inquérito apontava ainda a participação do banqueiro Daniel Dantas no esquema.“Pelos elementos de prova reunidos no presente inquérito, contata-se que Marcos Valério atuava como interlocutor do Grupo Opportunity junto a representantes do Partido dos Trabalhadores, sendo possível concluir que os contratos (de publicidade) realmente foram firmados a título de remuneração pela intermediação de interesse junto a instâncias governamentais”.
As apurações deste inquérito, como se sabe, foram também ignoradas durante o julgamento do "mensalão".
Releia o editorial e a reportagem publicada à época por Carta Capital sobre a precipitação da mídia em anunciar o inquérito como prova do "mensalão".
Editorial: Um desafio aos "imparciais"
Desde a renúncia de Fernando Collor para escapar do impeachment em 1992, quase todo repórter brasileiro se apresenta como um Bob Woodward ou um Carl Bernstein, a célebre dupla de jornalistas do Washington Post que desvendou o escândalo da invasão do comitê nacional do Partido Democrata no prédio Watergate. Em geral falta cultura, talento e coragem aos pares nacionais para tanto, assim como escasseiam inúmeros dos princípios basilares da atividade aos empreendimentos jornalísticos que os empregam. Apego à verdade factual, por exemplo. Neste momento, destacaríamos dois: a completa ausência de honestidade intelectual e de rigor na apuração.
Há quem entenda a emblemática apuração do caso Watergate como um conto de fadas. Num belo dia de verão, Woodward e Bernstein encontraram em um estacionamento uma fada madrinha chamada Garganta Profunda, ganharam um presente mágico, publicaram um texto e derrubaram o presidente republicano Richard Nixon. A vida real foi bem diferente. A dupla de repórteres publicou centenas de reportagens, checadas exaustivamente a partir de indicações nem sempre claras da fonte. Seu grande mérito foi seguir à risca uma recomendação: sigam o dinheiro.
Evocamos o caso Watergate por conta do reaparecimento na mídia do chamado mensalão. No sábado 2, a revista Época publicou o que dizia ser o relatório final da PF sobre o escândalo que abalou o governoLula. A reportagem da semanal da EditoraGlobo estimulou uma série de editoriais e inspirou colunistas a afirmarem que o relatório seria a prova da existência do mensalão, o pagamento mensal a parlamentares em troca de apoio ao governo.

Na quarta 6, CartaCapital teve acesso ao trabalho do delegado Luís Flávio Zampronha, base da “denúncia” de Época. Nas próximas páginas, Leandro Fortes conta o que realmente escreveu o delegado. A começar pelo simples de fato de que não se trata de um relatório final, como afirma a semanal da Globo, mas de uma investigação complementar feita a pedido do Ministério Público cujo objetivo era mapear as fontes de financiamento do valerioduto. Nas mais de 300 páginas, não há nenhuma linha que permita à Época ou a qualquer outro meio de comunicação afirmar que o mensalão tenha sido provado. Ao contrário. À página 5, e em diversos outros trechos, Zampronha foi categórico: “Esta sobreposição diz respeito apenas a questões pontuais sobre a metodologia de captação e distribuição dos valores manipulados por Marcos Valério e seus sócios, não podendo a presente investigação, de forma alguma, apresentar inferências quanto ao esquema de compra de apoio político de parlamentares da base de sustentação do governo federal”.
Não se trata de uma mera questão semântica nem, da nossa parte, um esforço para minimizar qualquer crime cometido pelo PT e por integrantes do governo Lula.Carta Capital, aliás, nunca defendeu a tese de que o caixa 2, associado a um intenso lobby e também alimentado com dinheiro público, seja menos grave que a compra de apoio parlamentar. A história do mensalão serve, na verdade, ao outro lado, àquele que nos acusa de parcialidade. Primeiro, por ter o condão de circunscrever o escândalo apenas ao PT e, desta forma, usá-lo como instrumento da disputa de poder. Depois, por esconder a participação do banqueiro Daniel Dantas, cujos tentáculos na mídiaCartaCapital denuncia há anos, e a do PSDB, legenda preferida dos patrões e seus prepostos nas redações. Em nome desta aliança, distorce-se e mente-se quando necessário. E às favas o jornalismo.

Em 2005, quando a mídia desviou-se do núcleo do escândalo, desprezando a lição de Watergate, em busca de denúncias capazes de levar ao impeachment de Lula(quem não se lembra da lendária “reportagem” sobre os dólares de Cuba?),CartaCapital manteve-se firme no propósito de seguir o dinheiro. Temos orgulho de nosso trabalho. Fomos os primeiros a esmiuçar a participação de Dantas no financiamento do valerioduto. Demonstramos com detalhes incontestáveis a origem e as ramificações das falcatruas de Marcos Valério, sem poupar ninguém.
Em agosto daquele ano, quando veio à tona a viagem de Marcos Valério a Portugal, a mídia em coro afirmou que o publicitário viajara a Lisboa com o objetivo de vender o estatal Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) ao banco Espírito Santo. Nossa reportagem do mesmo período comprovava outro enredo: Valério tinha a missão de negociar a Telemig Celular, controlada pelo Opportunity e os fundos de pensão, à Portugal Telecom. E explicava como o então ministro José Dirceu. Associado a outros petistas, participara da tramóia a favor do banqueiro orelhudo. A venda da Telemig, da forma imaginada, levaria os fundos a perdas irreversíveis, renderia bilhões a Dantas e alguns milhões aos cofres petistas. Bastaria ao governo retirar Sergio Rosa do comando da Previ, a fundação dos funcionários do Banco do Brasil que resistiam bravamente às manobras dantescas. Em depoimentos que constam do inquérito do mensalão no Supremo Tribunal Federal, as fontes portuguesas que se encontraram com Valério em Lisboa confirmaram a história contada por CartaCapital.
Sempre enxergamos no lamentável escândalo do valerioduto uma oportunidade de o Brasil compreender a fundo o esquema de captura de partidos e governos por meio do financiamento ilegal de campanhas. O mensalão, em grande medida, se conecta a outros tantos casos recentes da história nada republicana do poder. O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo, tem a oportunidade de pôr a limpo estes esquemas e de revelar por completo a influência de Dantas nos governos FHC eLula, na mídia e no Judiciário. Acima dos interesses partidários, a bem do País.
O relatório de Zampronha é mais uma prova de que estávamos certos. Por isso, decidimos lançar um desafio. A partir da noite da quinta-feira 7 publicaremos em nosso site a íntegra do relatório da PF. Os interessados poderão assim conferir, livres de qualquer mediação, quem é fiel à verdade factual e quem não é. Quem pratica jornalismo e quem defende interesses inconfessáveis. Quem é independente.
Releia a reportagem "A verdade sobre o relatório da PF", de Leandro Fortes
O escândalo do mensalão voltou à cena. Em páginas recheadas de gráficos, infográficos, tabelas e quadros de todos os tipos e tamanhos, a revista Época anunciou, na edição que chegou às bancas no sábado 2, ter encontrado a pedra fundamental da mais grave crise política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2005 e 2006. Com base em um relatório sigiloso da Polícia Federal, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, a semanal da Editora Globo concluiu sem mais delongas: a PF havia provado a existência do mensalão e o uso de dinheiro público no esquema administrado pelo publicitário Marcos Valério de Souza. Outro aspecto da reportagem chamada atenção: o esforço comovente em esconder o papel do banqueiro Daniel Dantas no financiamento do valerioduto. Alguns trechos pareciam escritos para beatificar o dono do Opportunity, apresentado como um empresário achacado pela sanha petista por dinheiro.
As provas do descalabro estariam nas 332 páginas do inquérito 2.474, tocado pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, da Divisão de Combate a Crimes Financeiros da PF e encaminhado ao ministro Joaquim Barbosa, relator no STF do processo do “mensalão”. Inspirados no relato de Época, editorialistas, colunistas e demais istas não tiveram dúvidas: o mensalão estava provado. Estranhamente, a mesma turma praticamente silenciou a respeito dos trechos que tratavam de Dantas.
Infelizmente, os leitores de Época não foram informados corretamente a respeito do conteúdo do relatório escrito, com bastante rigor e minúcias, pelo delegado Zampronha. Em certa medida, sobretudo na informação básica mais propalada, a de que o “mensalão” havia sido confirmado, esses mesmos leitores foram enganados. Não há uma única linha no texto que confirme a existência do tal esquema de pagamentos mensais a parlamentares da base governista em troca de apoio a projetos do governo no Congresso Nacional.
Ao contrário. Em mais de uma passagem, o policial faz questão de frisar que o inquérito, longe de ser o “relatório final do mensalão”, é uma investigação suplementar do chamado “valerioduto”, solicitada pela Procuradoria Geral da República, para dar suporte à denúncia inicial, esta sim baseada na tese dos pagamentos mensais. Trata, portanto, da complexa rede de arrecadação, distribuição e lavagem de dinheiro sujo montada por Marcos Valério. Zampronha teve, inclusive, o trabalho de relatar como esse esquema a envolver financiamento ilegal de campanha e lobbies privados começou em 1999, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, e terminou em 2005, na administração Lula, após ser denunciado pelo deputado Roberto Jefferson, do PTB. Ao longo do texto, fica clara a percepção do delegado de que nunca houve “mensalão” (o pagamento mensal a parlamentares), mas uma estratégia mafiosa de formação de caixa 2 e que avançaria sobre o dinheiro público de forma voraz caso não tivesse sido interrompida pela eclosão do escândalo.
Na quarta-feira 6, CartaCapital teve acesso ao relatório. Para não tornar seus leitores escravos da interpretação exclusiva da reportagem que se segue, decidiu publicar na internet (www.cartacapital.com.br) a íntegra do documento. Assim, os interessados poderão tirar suas próprias conclusões. Poderão verificar, por exemplo, que o delegado ateve-se a identificar as fontes de financiamento do valerioduto. E mais: notar que Dantas é o principal alvo do inquérito.
Ao contrário do que deu a entender a revista Época, não se trata do “relatório final” sobre o mensalão. Muito menos foi encomendado pelo ministro Barbosa para esclarecer “o maior escândalo de corrupção da República”, como adjetiva a semanal. Logo na abertura do relatório, Zampronha faz questão de explicar – e o fará em diversos trechos: a investigação serviu para consolidar as informações relativas às operações financeiras e de empréstimos fajutos do “núcleo Marcos Valério”. Em seguida, trata, em 36 páginas (mais de 10% de todo o texto), das relações de Marcos Valério com Dantas e com os petistas. À página 222, anota, por exemplo: “Pelos elementos de prova reunidos no presente inquérito, contata-se que Marcos Valério atuava como interlocutor do Grupo Opportunity junto a representantes do Partido dos Trabalhadores, sendo possível concluir que os contratos (de publicidade) realmente foram firmados a título de remuneração pela intermediação de interesse junto a instâncias governamentais”.
O foco sobre Dantas não fez parte de uma estratégia pessoal do delegado. No fim do ano passado, a Procuradoria Geral da República determinou à PF a realização de diligências focadas no relacionamento do valerioduto com as empresas Brasil Telecom, Telemig Celular e Amazônia Celular. As três operadoras de telefonia, controladas à época pelo Opportunity, mantinham vultosos contratos com as agências DNA e SMP&B de Marcos Valério. Zampronha solicitou todos os documentos referentes a esses pagamentos, tais como contratos, recibos, notas fiscais e comprovantes de serviços prestados. A conclusão foi de que a dupla Dantas-Valério foi incapaz de comprovar os serviços contratados.
As análises financeiras dos laudos periciais encomendados ao Instituto Nacional de Criminalística da PF revelaram que, entre 1999 e 2002, no segundo governo FHC, apenas a Telemig Celular e a Amazônia Celular pagaram às empresas de Marcos Valério, via 1.169 depósitos em dinheiro, um total de 77,3 milhões de reais. Entre 2003 e 2005, no governo Lula, esses créditos, consumados por 585 depósitos das empresas de Dantas, chegaram a 87,4 milhões de reais. Ou seja, entre 1999 e 2005, o banqueiro irrigou o esquema de corrupção montado por Marcos Valério com nada menos que 164 milhões de reais. O cálculo pode estar muito abaixo do que realmente pode ter sido transferido, pois se baseia no que os federais conseguiram rastrear.
Segundo o relatório, existem triangulações financeiras típicas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro. Em uma delas, realizada em 30 de julho de 2004, a Telemig Celular pagou 870 mil reais à SMP&B, depósito que se somou a outro, de 2,5 milhões de reais, feito pela Brasil Telecom. O total de 3,4 milhões de reais serviu de suporte para transferências feitas em favor da empresa Athenas Trading, no valor de 1,9 milhão de reais, e para a By Brasil Trading, de 976,8 mil reais, ambas utilizadas pelo esquema de Marcos Valério para mandar dinheiro ao exterior por meio de operações de câmbio irregulares, de modo a inviabilizar a identificação dos verdadeiros beneficiários dos recursos. Em consequência, Zampronha repassou ao Ministério Público Federal a função de investigar se houve efetiva prestação de serviços por parte das agências de Marcos Valério às empresas controladas pelo Opportunity.
A principal pista da participação de Dantas na irrigação do valerioduto surgiu, porém, a partir de uma auditoria interna da Brasil Telecom, realizada em 2006. Ali demonstrou-se que, às vésperas da instalação da CPMI dos Correios, em 2005, na esteira do escândalo do “mensalão” e no momento em que a permanência do Opportunity no comando da telefônica estava sob ameaça, a DNA e a SMP&B celebraram com a BrT contratos de 50 milhões de reais. Dessa forma, as duas empresas de Marcos Valério puderam, sozinhas, abocanhar 40% da verba publicitária da Brasil Telecom. Isso sem que a área de marketing da operadora tivesse sido consultada.
Ao delegado, Dantas afirmou que, a partir de 2000, ainda no governo FHC, passou a “sofrer pressões” da italiana Telecom Italia, sócia da BrT. Em 2003, já no governo Lula, o banqueiro afirma ter sido procurado pelo então ministro-chefe da Casa Civil, o ex-deputado José Dirceu, com quem teria se reunido em Brasília.
Na conversa com Dirceu, afirma Dantas, o ministro teria se mostrado interessado em resolver os problemas societários da BrT e encerrar o litígio do Opportunity com os fundos de pensão de empresas estatais. O Palácio do Planalto teria escalado o então presidente do Banco do Brasil, Cassio Casseb, para cuidar do assunto. Casseb viria a ser um dos alvos da arapongagem da Kroll a pedido do Opportunity. O caso, que envolveu a espionagem de integrantes do governo FHC e da administração Lula, baseou a Operação Chacal da PF em 2004.
Dantas afirmou ter se recusado a “negociar” com o PT. Após a recusam acrescenta, as pressões aumentaram e ele teria começado a ser perseguido pelo governo. Mas o banqueiro não foi capaz de provar nenhuma das acusações, embora seja claro que petistas se aproveitaram da guerra comercial na telefonia para extrair dinheiro do orelhudo. Só não sabiam com quem se metiam. Ou sabiam?
O fundador do Opportunity também repetiu a versão de que um de seus sócios, Carlos Rodemburg, havia sido procurado pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, acompanhado de Marcos Valério, para ser informado de um déficit de 50 milhões de reais nas contas do partido. Teria sido uma forma velada de pedido de propina, segundo Dantas, nunca consolidado. O próprio banqueiro, contudo, admitiu que Delúbio não insinuou dar nada em troca da eventual contribuição solicitada. Negou, também, que tenha mantido qualquer relação pessoal ou comercial com Marcos Valério, o que, à luz das provas recolhidas por Zampronha, soam como deboche. “O depoimento de Daniel Dantas está repleto de respostas evasivas e esquecimentos de datas e detalhes dos fatos”, informou no despacho ao ministro Barbosa.
Chamou a atenção do delegado o fato de os contratos da BrT com as agências de Marcos Valério terem somado os exatos 50 milhões de reais que teriam sido citados por Delúbio no encontro com Rodemburg. Para Zampronha, a soma dos contratos, assim como outras diligências realizadas pelo novo inquérito, “indicam claramente” que, por algum motivo, o Grupo Opportunity decidiu efetuar os repasses supostamente solicitados por Delúbio, com a intermediação das agências de Marcos Valério, como forma de dissimular os pagamentos.
Os contratos da DNA e da SMP&B com a Brasil Telecom, segundo Zampronha, obedecem a uma sofisticada técnica de lavagem de dinheiro, usada em todo o esquema de Marcos Valério, conhecida como commingling (mescla, em inglês). Consiste em misturar operações ilícitas com atividades comerciais legais, de modo a permitir que outras empresas privadas possam se valer dos mesmos mecanismos de simulação e superfaturamento de contratos de publicidade para encobrir dinheiro sujo. No caso da BrT, cada um dos contratos, no valor de 25 milhões de reais, exigia contratação de terceiros para serem executados. Além disso, havia a previsão de pagamento fixo de 187,5 mil reais mensais às duas agências do Valerioduto, referente à prestação de serviços de “mídia e produção”.
Surpreendentemente, e contra todas as evidências, Dantas disse nunca ter participado da administração da BrT. Por essa razão, não teria condições de prestar qualquer informação sobre os contratos firmados pela então presidente da empresa, Carla Cicco, indicada por ele, com as agências de Marcos Valério. De volta a Itália desde 2005, Carla Cicco informou à PF não ter tido qualquer participação ou influência na contratação das agências, apesar de admitir ter assinado os contratos. Disse ter se encontrado com Marcos Valério uma única vez, numa reunião de trabalho com representantes da DNA.
O protagonismo de Dantas no valerioduto e o desmembramento da rede de negócios montada por Marcos Valério, desde 1999, nos governos do PSDB e do PT são elementos que, no relatório da PF, desmontam, por si só, a tese do pagamento de propinas mensais a parlamentares. Ou seja, a tese do “mensalão”, na qual se baseou a denúncia da PGR encaminhada ao Supremo, não encontra respaldo na investigação de Zampronha, a ponto de sequer ser considerada como ponto de análise.
O foco do delegado é outro crime, gravíssimo e comum ao sistema político brasileiro, de financiamento partidário baseado em arrecadação ilícita, montagem de caixa 2 e, passadas as eleições, divisão ilegal de restos de campanha a aliados e correligionários. Por essa razão, ele encomendou os novos laudos detalhados ao INC.
Uma das primeiras conclusões dos laudos de exame contábil foi que Marcos Valério usava a DNA Propaganda para desviar recursos do Fundo de Incentivo Visanet, empresa com participação acionária do Banco do Brasil, e distribui-los aos participantes do esquema do PT e de partidos aliados. O fundo foi criado em 2001 com o objetivo de financiar ações de marketing para incentivar o uso de cartões da bandeira Visa. O Visanet foi, inicialmente, constituído com recursos da Companhia Brasileira de Meios e Pagamentos (CBMP), nome oficial da empresa privada Visanet, e distribuído emcotas proporcionais de um total de 492 milhões de reais a 26 acionistas. Além do BB participam o Bradesco, Itaú, HSBC, Santander, Rural, e até mesmo o Panamericano, vendido recentemente por Silvio Santos ao banqueiro André Esteves. “Para operar tais desvios, Marcos Valério aproveita-se da confusão existente entre a verba oriunda do Fundo de Incentivo Visanet e aquela relacionada ao orçamento de publicidade próprio do Banco do Brasil”, anotou o policial.
O BB repassava mais de 30% do volume distribuído pelo fundo, cerca de 147,6 milhões de reais, valor correspondente à participação da instituição no capital da Visanet. Desse total, apenas a DNA Propaganda recebeu 60,5% do dinheiro, cerca de 90 milhões de reais, entre 2001 e 2005, divididos por dois anos no governo FHC, e por dois anos e meio, no governoLula. Daí a constatação de que, de fato, por meio da Visanet, o valerioduto foi irrigado com dinheiro público. O que nunca se falou, contudo, é que essa sangria não se deu somente durante o governo petista, embora tenha sido nele o período de maior fartura da atividade criminosa. Quando eram os tucanos a coordenar o fundo, Marcos Valério meteu a mão em ao menos 17,2 milhões de reais.
De acordo com o relatório da PF, Marcos Valério tinha consciência de que agências de publicidade e propaganda representavam um mecanismo eficaz para desviar dinheiro público, por conta do caráter subjetivo dos serviços demandados. Mas havia um detalhe mais importante, como percebeu Zampronha. Com as agências, Valério passou a lidar com a compra de espaços publicitários em diversos veículos de comunicação. “Esta relação econômica estreitava o vínculo do empresário com tais veículos e poderia facilitar o direcionamento de coberturas jornalísticas”.
As Organizações Globo, proprietária da revista Época, sonegou a seus leitores, por exemplo, ter sido a maior beneficiária de uma das principais empresas do valerioduto. À página 68 do relatório, e em outras tantas, a TV Globo é citada explicitamente. Escreve o delegado: “A nota emitida pela empresa de comunicação destaca-se por sua natureza fiscal de adiantamento, “publicidade futura”, isto é, a nota por si só não traz qualquer prestação de serviço, como também não há elementos que vincule os valores adiantados ao fundo de incentivo Visanet”. Zampronha se referia a contratos firmados em 2003 no valor de 720 mil reais e 2,88 milhões de reais. Entre 2004 e 2005, a TV Globo receberia outros pagamentos da DNA, no valor total de 1,2 milhão de reais, lançados na planilha de controle do Fundo Visanet.
Mesmo tratado com simpatia na reportagem da Época, o Opportunity não perdoou. No item 17 de uma longa nota oficial em resposta, o banco atira: “Na Telemig, segundo informações prestadas à CPI do Mensalão, a maioria dos recursos eram repassados às Organizações Globo. Por isso, a apuração desses fatos fica fácil de ser feita pela Época.”
Segundo Zampronha, o objetivo do valerioduto era criar empresas de fachada para auxiliar na movimentação de dinheiro sujo e manter os interessados longe dos órgãos oficiais de fiscalização e controle. O leque de agremiações políticas para as quais Marcos Valério “prestava serviços” era tão grande que não restou dúvida ao delegado: “Estamos diante de um profissional sem qualquer viés partidário”. Isso não minimiza o fato de o PT, além de qualquer outra legenda, ter se lambuzado no esquema. Não fosse a denúncia de Jefferson, o valerioduto teria se inscrutado de forma absoluta no Estado brasileiro e se transformado em uma torneira permanemente aberta por onde jorraria dinheiro público para os cofres petistas.
CartaCapital não espera, como de costume, que esta reportagem tenha repercussões na mídia nativa. À exceção da desbotada tese do mensalão, que serve à disputa político-partidária na qual os meios de comunicação atuam como protagonistas, não há nenhum interesse em elucidar os fatos. O que, se assim for, provará que a sociedade afluente navega tranquilamente sobre o velho mar de lama.

Fonte: Carta Capital