sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A RIQUEZA DA FAMÍLIA SARNEY NÃO SE EXPLICA, MAS A POBREZA DO MARANHÃO É CRUEL

Trabalhar para o governo também é muito gratificante para aqueles que sabem como fazer conexões com as pessoas certas. Tomemos o caso de José Sarney, ex-presidente do Brasil, que começou sua carreira política na década de 1950, em seu estado natal, o Maranhão, que era, na época, e continua sendo até hoje, o estado mais pobre do país.
A ascensão de Sarney na política desde seus dias como um jovem congressista só foi ofuscada pelo incrível crescimento de sua riqueza. Sarney começou na política brasileira ao longo de cinco décadas atrás, como um membro do partido Arena, que se alinhou com a ditadura militar da época. Uma vez que o Brasil se tornou uma democracia, ele deixou a Arena para se juntar ao Partido da Frente Liberal, que ele ajudou a criar.
Seu grande momento veio quando ele concordou em concorrer à vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, membro do PMDB, um dos partidos que se opunham ao governo militar. Neves foi eleito, mas não assumiu o cargo devido a uma doença que lhe tirou a vida alguns dias antes de sua posse, assim, Sarney tomou seu lugar, servindo como presidente de 1985 a 1990.
No início, ele era muito popular entre as massas, mas, em seguida, sua imagem ficou associada a hiperinflação do Brasil no final dos anos 1980 e início de 1990. Mais recentemente, Sarney também era o presidente do Senado do Brasil entre 2009 e 2013.
Ao longo dos anos, Sarney e sua família tornaram-se o clã político mais poderoso e onipresente do Maranhão, e ele é, sem dúvida, considerado como a síntese do Brasil dos coronéis rurais.
Em 1973, ele adquiriu um jornal chamado Jornal do Dia, que, mais tarde, foi rebatizado como O Estado do Maranhão. O jornal foi a semente de um império de mídia hoje conhecido como Sistema Mirante de Comunicação, que cresceu consideravelmente, enquanto Sarney estava como presidente do Brasil.
O sistema agora compreende as estações de rádio e uma rede de emissoras de televisão afiliadas à emissora do Brasil líder, Globo, cujo fundador, Roberto Marinho, foi um dos bilionários originais Forbes e amigo pessoal de Sarney.
Sistema Mirante de Comunicação é de propriedade dos filhos de Sarney: Roseana Sarney Murad, a atual governadora do Maranhão, o deputado José Sarney Filho e Fernando Sarney, que é engenheiro.
Além disso, os Sarneys também possuem declaradamente uma vasta carteira de imóveis e até mesmo terras no estado do Maranhão, com potencial de exploração de petróleo. A mídia brasileira estima seu patrimônio líquido em mais de $ 100 milhões.
E eles ainda faturam nos grandes dias de pagamento de serviço público. O próprio Sarney ganha R$ 26.000 por mês entre o seu salário como senador e duas pensões a partir de passagens anteriores como governador e um deputado em seu estado natal, o Maranhão, além de benefícios. A maioria de seus custos pessoais são cobertos pelo Estado.
Sua filha Roseana recentemente divulgou o lançamento de uma licitação para escolher um fornecedor de refeições para abastecer as casas oficiais durante o ano de 2014. A lista de alimentos a serem prestados inclui 80 quilos de lagosta fresca e 1,5 toneladas de camarão, que valem, pelo menos, US$ 400.000.
O pregão foi lançado na mesma época que acontecia a carnificina nas prisões do Maranhão que chamou a atenção do Escritório da ONU do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, que para a governadora Roseana é resultado de um Maranhão “enriquecido ao longo dos últimos anos”.
O mesmo tipo de bonança ainda está para ser visto pela população do Maranhão. Segundo o Banco Mundial, o Maranhão é o estado mais pobre do Brasil, e a taxa de pobreza é de 52% da população. Ele tem uma renda média per capita de menos de US$ 2 por dia. Os Sarney têm governado o estado desde a década de 1960, apesar de ter sido ligado a vários escândalos políticos ao longo dos anos.

A fim de continuar no poder, eles não são tímidos de usar seu império de mídia, o que é particularmente útil no Maranhão, onde a maioria do eleitorado é analfabeto. O poder da família também se espalha para outros territórios. Em 2009, um tribunal brasileiro proibiu um dos principais jornais de São Paulo de relatar as acusações de nepotismo e corrupção contra Sarney.
Eles contam o ex-presidente Lula da Silva e sua sucessora, a atual presidente Dilma Rousseff, como aliados. Eles são, em essência, a imagem final do semi-feudalismo, e também o passado que os brasileiros estão tão ansiosos para deixar para trás. De alguma forma eles conseguiram sair ilesos, e seu poder e riqueza ainda não mostram quaisquer sinais de desaparecimento.
Não admira que muitos jovens queiram ser como eles.

O BRASIL NÃO DEVE SE TORNAR UMA CORÉIA DO NORTE - COM UMA DITADURA MILITAR

Coreia do Norte

Local no planeta onde ser cristão é mais difícil. Os cristãos são presos, torturados e mortos. No entanto, a Igreja está crescendo: há cerca de 400.000 cristãos no país
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja 


O cristianismo chegou à península coreana, no final do século XVII, através de católicos coreanos feitos prisioneiros de guerra e enviados ao Japão pelos algozes japoneses que invadiram o país com o propósito de dominar a China. Em terras nipônicas, os coreanos tiveram contato com o evangelho (muitos dos quais se tornaram mártires) e, quando puderam retornar a seu país, levaram consigo a nova fé. O início do cristianismo no país se deu no século XVIII (1793), quando a igreja passou por perseguições isoladas, mas suas raízes já estavam suficientemente fortes e fincadas na Coreia. Antes da guerra que dividiu a península corenana, a capital do país, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados. 
A perseguição
A Constituição prevê a "liberdade religiosa", no entanto, na prática, o governo restringe severamente qualquer atividade religiosa, exceto o que possa ser supervisionado rigorosamente por grupos reconhecidos oficialmente, ligados ao governo. Uma autêntica liberdade religiosa não existe, apenas igrejas rigorosamente controladas pelo governo. As igrejas que existem na cidade hoje são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política sobre a liberdade religiosa no país. Quase todos os cristãos na Coreia do Norte pertencem a igrejas não-registradas e clandestinas. O culto deles se constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles, em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.
A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Inicialmente os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao ser derrotados na Guerra da Coreia, soldados norte-coreanos em retirada frequentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.
O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, quer esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, quer tenha contato com outros cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são enviados aos campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo, que deve trabalhar 18 horas por dia. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.
Desde o final do século XIX, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coreia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.
De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coreia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones. Após a morte de Kim Jong-Il em dezembro de 2011 a pressão do governo sobre os cristãos tem aumentado cada vez mais.

POR QUE ALGUNS BRASILEIROS QUEREM QUE O BRASIL SEJA IGUAL A SÍRIA - COM UMA DITADURA MILITAR


A estudante e ativista Sara Al-Suri quer dizer ao mundo inteiro que há uma “guerra sangrenta” em curso e que jovens, crianças e adultos estão morrendo porque foram às ruas pedir liberdade. O desabafo é sobre a guerra que desde 2011 assola a Síria, país árabe onde nasceu e de onde teve de fugir em meio a atos de violência que, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), já deixaram mais de 100 mil mortos, destruíram mais de um milhão de casas e obrigaram milhares de pessoas a buscarem refúgio em países vizinhos. Sara, que usa um sobrenome “de guerra” para proteger a família, partiu em 2011 para o Líbano. Mas não ficou estanque. Passou por várias cidades brasileiras e por outros países para pedir não só solidariedade, mas principalmente para contar o terror que tem sido viver na Síria. A população do país tenta derrubar o regime do presidente Bachar Al-Assad. “Ele governou o país em uma ditadura militar por mais de 40 anos. Uma ditadura brutal que decidiu punir uma população inteira por pedir liberdade”, disse ela, à TRIBUNA DO NORTE. 
Em passagem por Natal, esta semana, a ativista afirmou que não teve familiares mortos, mas que viu amigos e  pessoas que conheceu durante a revolução sendo mortos em prisões, torturados pelo regime sírio ou mortos nos bombardeios. Ela também critica a atuação da polícia militar brasileira e diz que a corporação é um “resquício da ditadura”.  Confira a entrevista:


Temos visto muita gente morrendo na Síria. Houve, inclusive, o uso de armas químicas no país. Como você analisa esse conflito?

É muito importante falar sobre todas essas mortes, que na verdade tem sido uma crise humanitária. Mas não fora de contexto. A razão de tantas pessoas estarem morrendo é porque elas foram às ruas pedir liberdade. Pessoas inundaram as ruas em 2011 exigindo o fim da ditadura de Assad. Porque ele governou o país em uma ditadura militar por mais de 40 anos. É precisamente por isso que existem os genocídios e massacres.  Além disso, há muita confusão internacional sobre quem usou armas químicas na Síria. Mas é muito claro, no contexto da batalha entre a base social dos rebeldes e a oposição que os rebeldes não atacaram a si mesmos. Isso estava muito claro. As armas químicas do regime de Assad foram fornecidas com apoio do Irã e da Rússia, que implementaram as armas químicas.

Qual é a parte mais difícil nesse conflito? Ver crianças morrendo, cidades sendo destruídas, por exemplo?

É difícil para cada sírio que nasceu e cresceu nessas cidades. É muito difícil. Para mim, como uma ativista síria, a parte mais difícil é a falta de solidariedade internacional. Mais de 150 mil sírios estão mortos hoje. Mais de 7 milhões, dos 22 milhões de habitantes são agora refugiados internos e externos. E isso não é apenas um massacre humanitário. É um massacre de pessoas que saíram para pedir liberdade. E para mim a parte mais difícil é a falta de solidariedade internacional.

A quem – ou a que país - você se refere exatamente quando diz isso?

A todos os países e à comunidade internacional em geral.

 Que tipo de solidariedade internacional está faltando?

Ajuda humanitária, política e material.

Você esteve no país durante esses conflitos?

Sim. Eu estava lá no início de 2011, quando a revolução eclodiu. Saí um ano depois de a revolução ter começado.

Que tipo de ajuda você espera obter ao viajar e falar sobre esses problemas?

Eu espero não apenas solidariedade política. Eu espero que as pessoas conheçam a história dos revolucionários, das massas, da classe trabalhadora, dos jovens estudantes, que saíram às ruas exigindo liberdade. A principal coisa que eu espero é evitar que essa história se transforme em uma história de ontem. A principal coisa que eu espero é não transformar Assad, que era um assassino em massa, em um herói. E isso é muito importante. Nós precisamos não apenas de solidariedade política. Precisamos que nossa história seja ouvida porque não nos foi dada voz. Nós também precisamos de solidariedade material.

Do que exatamente o país precisa e como o Brasil poderia ajudá-los nisso?

Rompendo relações diplomáticas com a ditadura Síria e mandando ajuda humanitária (comida, medicamentos...) 

Temos acompanhado esta guerra civil e eu me pergunto se ainda é possível ter uma vida normal na Síria. Fazer coisas simples, como ir à escola, ir a uma padaria...

Bem, antes era possível, mas agora o regime está usando uma forma que está massacrando a base social. O regime não mata os rebeldes cirurgicamente. Ele massacra a base social da revolução. Um dos mais famosos massacres na Síria foi o chamado “massacre na padaria”, quando havia uma fila gigantesca, uma fila de cidadãos. Idosos, jovens, mulheres e crianças. Esperando para pegar pão, porque eles estavam sitiados. O regime não está permitindo que os alimentos penetrem nessas áreas. E eles foram bombardeados por aviões. Esse foi apenas um entre os massacres que estão ocorrendo. Nós estamos sendo torturados com cada tipo de arma moderna que está disponível. Aviões militares, tanques. Algumas cidades na Síria, algumas áreas como Yarmouk, em Damasco, tem mais de um milhão de pessoas sitiadas, sem permissão para entrar e sair dessas áreas, sem permissão para levar os feridos aos hospitais... Sem permissão para alimentar seus filhos, sem permissão de ter um pedaço de pão. Então esta é uma genuína crise humanitária. Mas isso não caiu do céu. Nós não éramos assim antes. Isso foi causado por uma ditadura brutal que decidiu punir uma população inteira por pedir liberdade

Sua família ainda vive na Síria?

Não. Minha família também é exilada em um país vizinho, no Líbano. Eles tiveram de deixar a Síria.

Você acha possível falar em paz na Síria, hoje?

Saímos para a revolução porque queremos paz. Porque os trabalhadores da Síria e os jovens iam a uma guerra mesmo antes desta crise. Todos os dias. Uma guerra de sustento, de alimentos, de ir para a universidade, de serviços públicos de saúde. Nada do que tínhamos. Então saímos para esta revolução pela paz e o que conseguimos foi uma guerra. Uma guerra muito sangrenta. Que tem sido instigada pelo regime de Assad. Só é possível ter paz após a derrota do principal inimigo do povo da Síria. E nós temos muitos inimigos. Mas o principal inimigo é Bashar al-Assad e o governo dele. Então para que possamos construir com as nossas mãos, primeiro de tudo, para que possamos retornar ao nosso país....Então, a juventude educada, a juventude secular, a juventude progressista, democrática, poderá voltar do exílio e construir o país a partir do novo. Enquanto Assad estiver lá eu não posso voltar. Eu sou uma exilada não porque escolhi ser. Eu fui expulsa do meu país. A primeira pré-condição para mim e para milhões como eu voltarem a Síria e construir um país novo é que o ditador que atacaria a mim e a minha família seja derrubado.

Então você pensa em voltar para casa?

Sim. Todos os dias.

 Você vê semelhanças entre os protestos no Brasil e os protestos na Síria?

Sim. Claro que os contextos são diferentes. Na Síria nós temos uma ditadura militar brutal. Mas não apenas nos protestos do Brasil há revolução. Há protestos também na Síria, Barein, Tunísia, Egito, Também na Espanha, em Portugal, na Grécia, em Chipre. Todos da maneira daqui do Brasil. A semelhança é que há uma geração inteira de jovens que tem sido oprimida por expressar suas opiniões. Que tem sido oprimida por querer e exigir. Nós não queremos investimentos em estádios de futebol sob a regulação da Fifa. Nós queremos investimentos na nossa educação pública. Nós, jovens, temos o direito de ter uma educação pública forte. Nós, jovens, temos o direito de sair e falar sem que haja essa opressão brutal da polícia militar do Brasil. E a semelhança é impressionante porque a polícia militar no Brasil é um resquício da ditadura militar no país. É uma instituição que não foi derrubada. E é por isso, claro, que nós podemos ver tantas semelhanças entre Brasil, Síria e outros processos na Europa também.

Você acha que a polícia se excedeu. Mas também considera que houve excessos por parte de alguns manifestantes, no Brasil? 

Se houve excessos por uma pequena minoria de manifestantes, isto nunca pode ser comparado à violência da polícia. A polícia é uma organização infinitamente mais poderosa e bem armada que qualquer manifestante, e numa democracia, jamais poderia agir da forma como age no Brasil. Muito me assustou ver na internet a policia em São Paulo atacando covardemente os jornalistas, me lembrou a policia de Bashar Al Assad. Me parece que estes atos isolados são utilizados como pretexto pela polícia para criminalizar os movimentos sociais no Brasil, o que é algo que considero muito grave.

Então você acredita na revolução que vem do povo...

Sim. Pela primeira vez na história nós vimos uma revolução da massa. Não há uma cidade na Síria que não tenha participado. Os jovens estudantes, meus companheiros da universidade, das escolas, funcionários públicos, professores, cientistas, artistas, todos estão nas ruas. E isto é histórico. Porque pela primeira vez.... isto é, eu acho, os jovens brasileiros também sentiram. Pela primeira vez, nós sentimos que o coletivo, a massa, nós podemos fazer alguma coisa. Nós podemos mudar. Que um outro mundo é, de fato, possível, mesmo depois de todo o sangue que nós estamos vendo. Os massacres químicos. A destruição de cidades inteiras. Algumas pessoas não conseguem reconhecer as suas próprias casas. Mas ainda sentimos que um outro mundo é possível. E isto é, eu acho, o resultado mais significativo de todos esses processos revolucionários que estão acontecendo, especificamente na Síria.



Qual é a principal mensagem que você quer deixar para as pessoas no Brasil?

A principal mensagem que eu quero deixar é chamar a atenção para o povo sírio. Que não apenas está sendo massacrado, que não apenas está sendo enterrado sob seu próprio sangue, que não apenas tem tido suas casas destruídas sob suas cabeças. Mas eles têm sido silenciados. A mídia internacional não está nos dando voz. Está enterrando nossa voz sob a voz das bombas que estão caindo sobre nós. Eu digo as pessoas aqui no Brasil e em Natal que, assim como as massas do Brasil derrubaram a ditadura aqui, é o que estamos fazendo agora. É a nossa vez. Mas diferente das massas no Brasil, quando elas derrubaram a ditadura militar, nós não temos solidariedade internacional. Nós precisamos da voz daqueles que lutaram em seus próprios países, a classe trabalha que batalha, a juventude que foi às ruas, que nos apoiem também. Não apenas os sírios. Mas a juventude egípcia, a juventude tunisiana e a juventude libanesa. Então nós podemos ter uma forte solidariedade internacional para ser capazes de deixar nossa mensagem aqui para o Brasil e construir outro mundo. Não apenas na Síria, mas também aqui no Brasil. 

Colaborou Aldo Cordeiro Sauda 

ADVOGADO ACUSA DEMÓSTENES TORRES DE AMEAÇÁ-LO DE MORTE

Destituído da defesa do procurador de Justiça Demóstenes Torres em processo administrativo disciplinar que corre no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o advogado Neilton Cruvinel Filho registrou no mês passado boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia de Goiânia, em que acusa o ex-senador de ameaçá-lo de morte.

Na denúncia, registrada no dia 19 de dezembro, são arrolados como testemunhas os empresários Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Maurício Sampaio. Segundo Neilton, ambos estavam presentes no apartamento de Demóstenes, no Setor Oeste, quando o ex-senador fez ataques verbais e tentou agredi-lo fisicamente.
No boletim de ocorrência, Neilton afirma que “não tinha como deixar de relatar a ameaça (à Polícia Civil) porque sabe que ela é real e que Demóstenes planeja atentar contra sua vida”.
De acordo com o advogado, os desentendimentos com o ex-senador começaram depois que este desistiu de atuar em parceria com ele em um escritório de advocacia, a partir deste mês, quando poderia se aposentar proporcionalmente do cargo de procurador.
“Demóstenes passou a agir de forma dissimulada, visando prejudicar as relações do noticiante (Neilton) com as pessoas que eram conhecidos de ambos”, relata o documento. De acordo com o advogado, Demóstenes tentou criar intrigas entre ele e Maurício Sampaio, que é seu cliente e sócio.
Ambos eram donos da Rádio 730 e do jornal A Rede até o final do ano passado. Havia inclusive especulações de que Demóstenes também tinha participação no negócio pela proximidade com os dois e porque parte da equipe era composta por ex-assessores do ex-senador.
Segundo o advogado, Demóstenes se aproveitou de um “desentendimento financeiro” entre ele e Maurício Sampaio – não há mais detalhes sobre a história – para “fomentar a discórdia”. A Neilton Demóstenes teria dito, segundo a versão do advogado, que Sampaio estava insatisfeito com o acordo e queria matá-lo. Já a Sampaio, o ex-senador teria afirmado que Neilton se sentia prejudicado e estava disposto a dar um “tapa na cara” do sócio.
À polícia, Neilton mostrou os registros das ligações de Demóstenes em seu celular para provar que ele o chamou para reunião no seu apartamento em 13 de dezembro. Segundo o advogado, ele foi surpreendido com Cachoeira e Sampaio no local. Ele sugere ainda que uma porta da sala estava aberta permitindo que outra pessoa pudesse escutar a conversa.
Demóstenes teria xingado seu ex-defensor e afirmado que ele espalhou a informação de que o escritório de advocacia que ambos pretendiam montar seria também de Cachoeira.
Neilton relata que negou a acusação, afirmando que isso também o prejudicaria. Segundo ele, Cachoeira se recusou a estender o braço para cumprimentá-lo na reunião, diferentemente de Sampaio. Ainda de acordo com o advogado, Demóstenes tentou agredi-lo e foi contido pelos outros dois presentes.
Neilton afirma que Demóstenes continuou xingando-o “aos berros e de todos os nomes possíveis”. Segundo ele, Cachoeira levantou-se abruptamente e foi embora sem falar nada. Neilton diz que pediu ajuda de Sampaio para sair do apartamento sem ser agredido. De acordo com a denúncia, Demóstenes foi até o elevador e afirmou que “ele tinha se metido numa encrenca enorme e que iria matá-lo, que iria degolá-lo, que iria acabar com sua vida”.
Neilton e Maurício teriam descido juntos e conversado no caminho para casa (a pé), quando teriam “encerrado o assunto”, lembrando que são “amigos, compadres” e que um desentendimento financeiro não poderia levar ao rompimento.
Na quarta-feira, Demóstenes e Cachoeira, além de Cláudio Abreu, ex-diretor da empresa Delta, viraram réus em ação criminal recebida pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-GO), proposta pelo Ministério Público. O ex-senador, que foi cassado por conta das evidências de ligação com Cachoeira, é acusado por oito crimes de corrupção passiva e por advocacia administrativa. Cachoeira já foi condenado a 39 anos de prisão e é acusado de chefiar a organização criminosa denunciada na Operação Monte Carlo.
O advogado de Demóstenes, Pedro Paulo Medeiros, que assumiu a também a defesa no processo administrativo do CNMP, disse ontem que o ex-senador nega que tenha feito ameaça de morte ou tentado agredi-lo.
Ele afirma que conversou pessoalmente com Neilton, mas apenas para comunicá-lo da destituição no processo e que houve uma discussão porque o advogado ficou “inconformado”. Ele também nega que tenha recebido Cachoeira e Maurício junto com Neilton em seu apartamento.
De acordo com Pedro Paulo, Demóstenes não tinha conhecimento do registro do boletim de ocorrência.

Neilton não foi encontrado pela reportagem. À Agência Estado, Cachoeira negou participação na conversa.
Fonte: O Popular

Aplicativo de celular agiliza trabalho policial



A tecnologia é a grande aliada da Polícia Militar no combate aos crimes no Distrito Federal. A novidade é o uso do whatsapp, aplicativo para celulares, na solução de ocorrências. 

Há poucos dias, a polícia conseguiu recuperar, em Águas Claras, um carro roubado em Taguatinga. O veículo foi encontrado em menos de três horas após o crime, graças à informação repassada pelo aplicativo.

Em Ceilândia, um assaltante foi identificado pela imagem dele que circulava no whatsapp. O bandido roubou uma loja acompanhado de dois comparsas em um carro. Na fuga, ele deixou a identidade cair. Um policial fotografou o documento e divulgou a imagem no aplicativo. 

Antes dessa ferramenta, em casos semelhantes, os policias contavam apenas com a descrição do criminoso feita via rádio.

Limite territorial - Outra limitação superada pelo aplicativo é o alcance da informação. Para manter a eficiência, a rede de rádio da PM divide o Distrito Federal em setores. Mas isso impede que policiais de Ceilândia tenham acesso instantâneo ao que se passa em Taguatinga, por exemplo.

“Com o whatsapp a informação chega na hora e ainda pode ficar armazenada”, explica o cabo André Luiz dos Santos.

Muitos grupos táticos da PM utilizam o aplicativo há quase um ano. A ferramenta no celular consegue integrar policiais de diversas regiões do Distrito Federal, Entorno e até de cidades mais distantes de Brasília, como Posse, em Goiás, e Paracatu, em Minas Gerais.

“O que antes era uma ferramenta de cunho pessoal, graças à facilidade para disseminar informações, serviu para melhoria do nosso serviço”, analisa o soldado Rodrigo Gaspar.

Como são apenas os policiais militares que participam dos grupos de comunicação, as informações trocadas na rede são mais seguras. A polícia não sofre com os trotes que atrapalham o serviço do Ciade.

OPERAÇÃO LEI SECA da PM no entorno DF

5º CRPM EM AÇÃO - OPERAÇÃO LEI SECA No dia 23/01/2014, das 22 horas a 01 hora da manhã do dia 24/01/2014, na região do 5º CRPM, foi realizada a Operação “Lei Seca” com o objetivo de realizar o policiamento ostensivo preventivo, realizando abordagens a bares e restaurante, abordagens a veículos em atitude suspeita, promovendo a Ordem Pública, visando coibir motoristas embriagados, bares em situação irregular e com descumprimento do horário de funcionamento. Durante a Operação “Lei Seca” , foram abordados 12 (doze) bares com a emissão de 08 notificações e o fechamento de 02 (dois) bares. Foram abordados, também, 120 pessoas, 17 veículos, 02 motocicletas, sendo realizada a apreensão de 02 (duas) máquinas caça-níqueis e detido o proprietário do estabelecimento que encontravam as máquinas e recuperado um veículo objeto de roubo e furto sendo o condutor encaminhado ao distrito policial. Fonte: 2º Ten Brazil - Copom/5º CRPM Coordenador de equipe: 1º Sgt Rigonato Disque-denúncia: (61) 3623-3477

CASAL FOI ESTRUPADO

Um casal foi estuprado no final da noite dessa quinta-feira (23) no bairro Alto Branco, área nobre da cidade de Campina Grande, no Agreste paraibano. O homem de 57 anos teve uma garrafa de soro fisiológico introduzida no ânus.
A diarista relatou à equipe da TV Correio/Record HD que estava deixando o trabalho, na companhia do esposo, quando o casal foi surpreendido por três homens. Os suspeitos, que estavam com os rostos encapuzados e um deles armado, levaram o casal para um terreno baldio e praticaram o crime. De acordo com uma das vítimas, o trio apresentava estar sob o efeito de drogas.
A mulher comentou que o estupro durou cerca de uma hora e meia. Durante a execução do crime, os homens introduziram uma garrafa de soro fisiológico no ânus do marido. Após ser liberado, o casal foi para casa no bairro José Pinheiro, onde ela ainda tentou retirar o objeto, mas sem sucesso.
O homem foi levado - pela esposa – para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande onde foi submetido a um procedimento cirúrgico para a retirada do plástico. Ele passa bem. Os bandidos ainda não foram identificados.

DESAPARECIDA MANDA NOTICIAS - NA VERDADE ELA FUGIU DE CASA

Na noite dessa quarta-feira, 22, a agonia de uma mãe desesperada com o sumiço de sua filha teve fim. Desde o último sábado, 18, que Mônica Pereira de Jesus, 22 anos, estava desaparecida, ela saiu de casa dizendo a sua mãe que iria dá uma volta, e até então não retornou para casa.

De acordo com informações repassadas pela mãe, Mônica entrou em contato por volta das 23hs, da noite dessa quarta-feira, 22, e alegou que saiu de casa com seu companheiro para morar e trabalhar em uma cidade do Pará.

Após contato telefônico, Mônica explica que não avisou a mãe, pois saberia sua reação e que a mesma não iria deixar ela ir embora. A dona Maria Cândida Raimunda de Sena, 39 anos, mãe da jovem informou, que as duas conversaram por várias horas por telefone celular e sua filha disse, que irá voltar para Guaraí no domingo, 26, para buscar alguns pertences e conversarem.

SAÍDA DE MAURO HENRIQUE AINDA REPERCUTE NAS REDES SOCIAIS

Jose Prates COMPANHEIRO MAURINHO, GRANDES SÃO OS COMENTÁRIOS ACERCA DA SUA "REPENTINA" SAIDA DA SECRETARIA DE SAÚDE. ANTES DE MAIS NADA, QUERO DEIXAR MINHA OPINIAO NO QUE DIZ RESPEITO AO SEU TRABALHO FRENTE ESTA PASTA. A SAÚDE EM CALDAS NOVAS NÃO ESTA NEM DE LONGE NUMA CONDIÇÃO SATISFATÓRIA, PORÉM RECONHEÇO QUE VC AO MENOS TRABALHOU, SE ESFORÇOU E TENTOU FAZER ALGO POSITIVO (BEM DIFERENTE DE MUITOS OUTROS SECRETÁRIOS). AGORA NO QUE TANGE A SUA SAIDA, POR PROBLEMAS REFERENTES AS SUAS EMPRESAS( COMO VC MESMO DIZ) ME SOA ESTRANHO; POIS ME LEMBRO BEM QUANDO DA EPOCA DO PERIODO ELEITORAL, VC ME LIGOU NO MEU CELULAR PESSOAL E PEDIU QUE EU O ENCONTRASE EM FRENTE A IGREJA DA NOVA VILA,ONDE VC ESTARIA ME AGUARDANDO COM O IVON GONÇALVES, AFIM DE ME PEDIR FERVOROSAMENTE QUE EU O APOIASSE PARA SER O VICE DO MAGAL, UMA VEZ QUE O MARQUINHO ESTAVA TENTANDO PUXAR SEU TAPETE (SEGUNDO SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS). E EU PRONTAMENTE O APOIEI. PORÉM NO MESMO DIA AO ANOITECER QUANDO ESTAVAMOS TODOS REUNIDOS NOS FUNDOS DO HOTEL BOULEVAR, VOCE CHEGOU ESTRANHAMENTE DIZENDO QUE ACEITAVA O MARQUINHO COMO VICE DO MAGAL E DESDIZENDO TUDO AQUILO QUE VOCE HAVIA ME DITO. LEMBRO-ME TAMBÉM QUANDO ESTAVA COM VOCE NUMA CONVERSA INFORMAL EM SUA RESIDENCIA E VOCE FOI TAXATIVO EM ME DIZER QUE SE VOCE NÃO FOSSE O VICE PREFEITO, VOCE NÃO ACEITARIA NENHUMA SECRETARIA, POIS VOCE TERIA INTERESSE EM APENAS SER "PARCEIRO" DA ADMINISTRAÇÃO, UMA VEZ QUE VOCE TEM UMA CONSTRUTORA E PODERIA PRESTAR SERVIÇOS A PREFEITURA. POREM ESTRANHAMENTE APOS AS ELEIÇÕES, MAIS UMA VEZ, VOCE DESDISSE O ANTES CONVERSADO E ASSUMIU UMA SECRETARIA. AGORA PASSADO 01 ANO, MESMO SABENDO AO ASSUMIR A PASTA QUE TERIA DE AFASTAR-SE DE SEUS INTERESSES PARTICULARES, PARA FAZER JUS AO SEU SALARIO PÚBLICO. SUBITAMENTE DEMONSTRAR AGORA ESTA VONTADE DE MAIS UMA VEZ DEDICAR-SE AS SUAS EMPRESAS. ASSIM COMO MUITOS TAMBEM ACHEI ESTRANHO.

GERENTE DAS CASAS BAHIA É CONDENADA POR RACISMO

Um processo curioso foi registrado na Vara do Trabalho de Manhuaçu, em Minas Gerais. O juiz com o nome Hitler Eustásio Machado Oliveira condenou a varejista Casas Bahia por discriminação racial contra um funcionário. A empresa pagará R$ 10 mil de indenização por danos morais à vítima.
Ao iG, o magistrado contou que este é o primeiro caso de racismo que julgou em 16 anos de carreira. Sobre o nome que recebeu do pai, o juiz diz não haver qualquer relação ou menção honrosa ao ditador alemão, apesar de já ter tido dificuldade em obter o visto de entrada para os Estados Unidos.
"Já pensei muito em mudar de nome quando era mais jovem, mas acabei me acostumando e hoje até gosto. É um nome diferente e forte, as pessoas ficam te conhecendo". O fato de ter este nome e julgar uma ação por discriminação racial foi mera coincidência, afirmou o juiz.
Na ação, o trabalhador afirmou que era constantemente ignorado por sua superior, gerente da loja, que não o cumprimentava no trabalho devido à cor de sua pele. Testemunhas confirmaram que o relato do funcionário era verdadeiro
Uma delas presenciou a gerente virar as costas para ele, fazendo questão de demonstrar desprezo. Também foi provado que ela não prestava o auxílio necessário ao empregado, ao contrário do que fazia com outros funcionários.
"Uma atitude censurável e incompatível com o ambiente de trabalho que se espera que seja proporcionado ao empregado", considerou o juiz.
Segundo outra testemunha, a gerente teria dito ao empregado e a seu colega, ambos negros, que eles não serviam para o perfil da loja, apontando o indicador para o braço, em referência à cor da pele.
O autor da ação contou que era ameaçado de demissão por justa causa a cada pequeno erro que cometia. Por fim, ele foi dispensado pela gerente, sem justa causa, assim que assumiu o cargo superior de gerente.
Ele também era escalado para fazer a limpeza de mercadorias com mais frequencia do que outros vendedores.
De acordo com o juiz, a conduta da empregada "caracteriza abuso de direito e prática de discriminação racial, em flagrante desrespeito aos princípios da igualdade e dignidade humana". Ele também repudiou a falta de providências da empresa quanto à prática racista.
O fato de a empresa ter mantido a empregada em seu quadro de funcionários foi considerado um agravante contra a ré no processo, segundo o magistrado.
Ele considerou, ainda, que o dano moral é incontestável. "É certo que o montante da indenização deve ser considerável, de forma a compensar os vexames e humilhações sofridos, reprimindo de fato a atitude da ofensora", proferiu na sentença.
A indenização de R$ 10 mil, por outro lado, foi estabelecida de modo a não ser exorbitante e desproporcional ao dano causado, sob pena de enriquecer o ofendido sem causa, disse o juiz.

Segundo o magistrado, a Casas Bahia já perdeu dois recursos nas instâncias superiores, e já ingressou com um terceiro, embora a possibilidade de reverter a decisão seja mínima.