quinta-feira, 26 de julho de 2012

VEJA A HISTORIA DA QUADRILHA DE PMs DE GOIÁS:


16/02/2011 - 16h34

Quadrilha de PMs é presa em Goiás (MP)

Fonte: O Globo 16/02/2011
GOIÂNIA - O subcomandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Carlos Cézar Macário, foi preso nesta terça-feira, ao lado de outros 18 policiais militares, em uma operação da Polícia Federal no estado. Todos são acusados de pertencer a uma quadrilha que executava e torturava pessoas que não tinham ligação com o crime, entre elas mulheres e crianças, simulando confronto em ações policiais. A operação da PF, chamada de Sexto Mandamento, cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e oito de prisão temporária. Treze prisões foram realizadas em Goiânia.
Além do coronel Macário, foram presos um tenente-coronel, um major, dois capitães, um tenente, dois subtenentes, um sargento e quatro cabos. Há ainda seis oficiais lotados no interior, que serão transferidos ainda nesta terça-feira para Goiânia. Logo após a prisão, o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado Neto, anunciou a exoneração de Macário.
São investigados ainda o ex-secretário de Segurança Pública Ernesto Roller e o ex-secretário da Fazenda Jorcelino Braga - os dois na condição de suspeitos pela prática de tráfico de influência, que resultou em promoções de patentes de integrantes da organização criminosa.
Segundo investigações da PF, que duraram cerca de um ano, a quadrilha praticava homicídios e simulava confronto com as vítimas. Entre as vítimas estavam crianças, adolescentes e mulheres que, segundo a PF, não tinham qualquer envolvimento com práticas criminosas. As investigações demonstraram ainda que outros homicídios foram praticados pela organização criminosa, inclusive durante o horário de serviço e com uso de viaturas da PM de Goiás, de maneira clandestina e sem qualquer motivação que legitimasse a ação dos investigados. Os cadáveres eram ocultados.
A operação conta com 18 equipes, com 131 policiais federais e 12 oficiais da Polícia Militar de Goiás. Dos 19 mandados de prisão, 13 são cumpridos em Goiânia e seis no interior do estado.
A PF afirma que a quadrilha agiu nos últimos 10 anos em Goiânia e nos municípios de Formosa, Rio Verde, Acreúna, Alvorada do Norte, onde se instalavam em decorrência de remoções às diferentes unidades da PM de Goiás.
Os acusados devem responder por crimes de homicídio qualificado em atividades típicas de grupo de extermínio, formação de quadrilha, tortura qualificada , tráfico de influência, falso testemunho, prevaricação, fraude processual, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo de calibre restrito, ameaça a autoridades públicas, jornalistas e testemunhas.
Alguns dos investigados serão presos por força de diferentes mandados judiciais expedidos por comarcas distintas, as quais já processam parte da organização criminosa pela prática de crimes de homicídios específicos.
A operação foi denominada Sexto Mandamento em referência ao decálogo bíblico, cujo sexto mandamento é não matarás.

CARTA DIZ QUE POLICIAL DO CME É RESPONSAVÉL PELA MORTE DE VALÉRIO LUIZ!

O tenente-coronel Wellington Urzêda, comandante de Missões Especiais (CME) da Polícia Militar (PM) de Goiás, colocou o cargo à disposição, na tarde de sexta-feira (13). De acordocom a assessoria de comunicação da PM, o pedido será apreciado na próxima segunda-feira (16). "Até lá, ele continua no comando", disse ao G1, por telefone, o coronel Anésio Barbosa da Cruz Jr, chefe da comunicação social da PMGO.

A assessoria não explicou o motivo do pedido, mas a saída ocorre em meio a suspeitas da atuação de um grupo de extermínio formado por policiais militares na capital. Uma carta anônima enviada às polícias Civil e Militar de Goiás, à Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Goiás, ao Ministério Público e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) e à imprensa diz que um policial do CME é o responsável pela morte do cronista esportivo Valério Luiz, assassinado com sete tiros na porta da rádio onde trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia.

GRUPO DE EXTERMÍNIO DE GOIAS CONTINUA AGINDO:

Na segunda-feira (23), uma nova carta anônima foi enviada à imprensa reafirmando a existência de um grupo de extermínio na Polícia Militar de Goiás. Porém, desta vez o denunciante se identifica como PM com 20 anos na corporação. Ele denuncia que diversos militares teriam sido promovidos por terem matado pessoas a mando de oficiais de várias patentes. Entre as vítimas, segundo a denúncia, estariam sete policiais militares.As promoções e graduações, acrescenta, aconteciam de um dia para o outro. Na carta, três oficiais são citados como responsáveis pelos assassinatos dos PMs. “Policiais dormiam soldados e acordavam sargentos”, diz um dos trechos.De acordo com ele, os militares que supostamente faziam parte do grupo de extermínio se beneficiariam da estrutura da PM para cometer  homicídios. A carta ainda lista nomes de policiais civis e militares que estariam marcados para morrer.      FONTE:G1