domingo, 20 de janeiro de 2013

O MARANHÃO PRECISA SE LIBERTAR!


Por Abdelaziz Aboud Santos
O ano de 2013 chega trazendo esperanças e desconfianças ao mesmo tempo. O 13 é um número da cabala. Em alguns lugares não é nem pronunciado: prefere-se dizer ano 12 mais um. Para outros é um número mágico. Carrega a força dos sonhos impossíveis.
Em fins de 2012 o polêmico historiador Villa, em texto provocativo,
intitulado “Maranhão, O Estado do Medo”, colocou lenha na fogueira,
antecipando quão enigmáticos serão o ano em curso e demais, ao afirmar que o Maranhão não faz parte do Brasil, razão que encontra para justificar o poder descomunal de suas oligarquias tradicionais, lideradas pelo senador José Sarney, sua família e grupos de interesse nacionais e locais, responsáveis pela façanha de recriação, em pleno século XXI, do sistema de capitanias hereditárias, iniciadas no período colonial, precisamente no reinado de D. João III, em 1534.
Pelo que se pode deduzir do texto do professor da Universidade Federal de São Carlos, cujas ideias centrais são também compartilhadas por outros analistas conterrâneos, teria sido inculcado no imaginário maranhense um sentimento de aceitação resignada do processo de aprofundamento do domínio político oligárquico, que acabou conduzindo a mentalidade inclusiva a um estágio de servidão voluntária, fenômeno que teria levado o Brasil a esquecer do Maranhão, reforçado pelo posicionamento das elites locais, que,
mesmo aquelas que não obtêm vantagens diretas, permanecem em uma espécie de eterno e respeitoso silêncio frente à dura e desafiadora realidade estadual, na qual se destaca a exasperante questão política. Como nos regimes fechados e plutocráticos, os que têm juízo são os primeiros a obedecer; no torrão timbira essa regra se amplia, virando medo cego das flechas voadoras que poderão levar ao desamparo, real ou figurado, dos insurgentes.
Inspirado na magia do 13 e nas circunstâncias referidas, vinculo-me à
tese de que o medo atávico que permeia a formação social maranhense tem na manipulação das consciências o seu principal fator de reforço e propagação.  Medo e falsidade andando juntos significam uma carga genética de alto poder destrutivo, sobretudo pelos impactos negativos nos ainda precários vínculos de
sociabilidade humana entre maranhenses, impeditivos do seu desenvolvimento político e civilizacional.
Teço essas considerações como pano de fundo para homenagear a
memória de Jackson Lago, neste início de ano, que será o quarto após o golpe que levou à sua cassação; ano este que se apresenta fortemente emblemático, sobretudo pela inexorabilidade da passagem da ampulheta do tempo, que coloca nos ombros das gerações atuais principalmente, sejam maduras e juvenis, a responsabilidade histórica de (re) inventar o Maranhão.
Impossível deixar de perceber que o período das capitanias hereditárias ensaia os primeiros passos rumo ao ocaso e, em paralelo, que é possível vislumbrar novos túneis do tempo se abrindo e em processo de gestação no território, que se espera sejam capazes de colocar o Maranhão em definitivo no século XXI.
Por mais que adversários poderosos afirmem o contrário, Jackson foi
um maranhense que colocou a sua vida de líder político a serviço de várias gerações, inclusive das muitas que hoje se apresentam como portadoras das mudanças, resistindo ao medo e à falsidade. Tirar o Maranhão do extravio significa passar a limpo as falsidades que turvam a memória maranhense.
Acredito que se combate o medo com o primado da verdade. O
compromisso com a desmistificação da realidade maranhense é um dever cívico que ultrapassa interesses partidários e de grupos. A condição de líder e símbolo da resistência política no Maranhão faz de Jackson Lago uma biografia indispensável para a construção do novo momento histórico. No momento em que um outro cenário político e cultural tende a se materializar, mesmo que não se materialize em curto prazo, seja para o bem ou para o mal, assoma, como dever histórico, a necessidade de que se clarifiquem as várias circunstâncias que levaram à queda do governo Jackson, que tinha como missão, entre outros desideratos, reduzir a longevidade do próprio poder oligárquico local.
O imperativo do respeito à verdade exige que se revele às atuais e
novas gerações a sórdida manipulação de consciências adotada pelo poder dominante, responsável pela cassação do seu mandato como chefe do poder executivo, fundamental para a reconciliação da biografia do líder político com os seus concidadãos-eleitores, os quais, por toda vida, viram em Jackson um exemplo a ser seguido no campo ético e político.
O infortúnio de Jackson foi não dispor de armas e munições capazes
de derrotar os seus ferozes e perigosos inimigos. O dilema de Jackson foi não contar com quadros que, mesmo em desvantagens flagrantes, não foram suficientemente engenhosos e inteligentes a ponto de promover dúvidas e incertezas entre as hostes inimigas e adversárias. O drama de Jackson foi não ter tido condições de vencer o medo e a mentira que estavam impregnados na mentalidade de ampla maioria dos maranhenses, que se calaram diante da infâmia e da ignomínia.
Além de ter enfrentado a força e a fúria das oligarquias e seus
grupos de interesse, daqui e alhures, Jackson e seus imperativos éticos bateram de frente com grupos econômicos poderosos, com interesses claros e adredemente definidos para o contexto local. A transferência dos recursos públicos do Bradesco para o Banco do Brasil, no início da gestão, é um bom exemplo. Tratava-se do maior conglomerado financeiro privado da América Latina, um dos acionistas da Vale, que aqui operava em flagrante descumprimento da Constituição do País, que exige a gestão dos recursos públicos em bancos públicos. A Diretoria do Bradesco para cá se deslocou e o
Governador foi obrigado a expor os seus argumentos, subsidiado por pesquisa em que a quase totalidade dos servidores indicava a necessidade de que tal transferência acontecesse. Recordo-me de reunião reservada da então Ministra-Chefe da Casa Civil, que, em nome do Presidente da República, pediu ao Governador Jackson que repensasse a decisão da transferência dos recursos do Bradesco para o Banco do Brasil, levando-o a proferir a frase lapidar: “Ministra, eu fui eleito para defender os interesses da população do Maranhão!”.
Não há dúvida que a severidade de tratamento dado ao Maranhão
pelo Governo Federal inicia-se ali. O Projeto Rio Anil (PAC Rio Anil) ilustra bem. Enquanto a contrapartida dos recursos do PAC era de até 20% para os Estados mais pobres, o Maranhão teve que suportar uma contrapartida de 50%, metade-metade, para realizar o Projeto. E mais: toda a obra realizada até a cassação foi quase integralmente garantida com recursos do tesouro estadual, uma vez que a parte do Governo Federal era transferida a passos lentíssimos. É fácil deduzir o papel e a influência do Governo Federal nos desdobramentos políticos posteriores.
O ano que se inicia vai exigir atenção redobrada e sobretudo atitudes
firmes e corajosas. Precisa-se renunciar ao estatuto da servidão voluntária.  Necessita-se abominar a praga de Vieira, que, em seu famoso Sermão da Quinta Dominga da Quaresma, em 1654, afirmava que no Maranhão não há verdade e por isso até o sol e os céus mentem.
Não creio que o Brasil tenha esquecido do Maranhão e que, por isso
mesmo, a sua libertação esteja condicionada a esse reconhecimento. Na verdade, a única forma de se incorporar o Maranhão ao Brasil começa aqui e dependerá daqui.
A construção de novos vínculos telúricos e antropológicos, necessários
à contrassignificação do sentimento de pertencimento do nosso povo à sua cultura, é o caminho mais eficaz para a reinvenção maranhense, esperada, desejada e sonhada por todos.

Não é demais lembrar que no Maranhão a República permanece como
uma dualidade que não termina: nunca se implanta e o domínio dos coronéis e oligarcas sempre permanece vivo. No período vitorinista, o Maranhão era conhecido no Brasil como a Universidade da Fraude. A herança é muito pesada. Muito mais para o mal do que para o bem. Muita sorte com o 13 ou inspiração com o 12 mais um.

ESSA É NOVA: BANDIDO ARREPENDIDO: PEDE PARA VOLTA PARA A PRISÃO


Um caso inusitado aconteceu em Pilar do Sul na noite desta sexta-feira (18). Um homem foragido da Penitenciária de Bragança Paulista-SP se arrependeu, ligou para a Polícia Militar e se entregou.

Tudo aconteceu por volta das 18h, quando o soldado Garcia, que estava no CAD (Central de Atendimento e Despacho da PM), recebeu uma ligação (no telefone de emergência 190) e um individuo informava que era foragido da cadeia e que queria se entregar.

Ele informou o seu nome e o local em que estava e o cabo Paulo Sérgio e o soldado Almeida foram até o a Rua Capitão Marques, no Beira Rio, e constataram que de fato o homem falava a verdade.

Luiz Fernando Teixeira, 27 anos havia deixado a penitenciária, onde cumpria pena por tráfico de drogas, em dezembro, beneficiado pela saída temporária, para passar o natal e ano novo com a família, e deveria ter retornado no dia 2 de janeiro, mas não retornou e desde então era considerado foragido da justiça.

Conduzido a delegacia, o homem falou que estava arrependido e que queria retornar para a penitenciária para cumprir o restante da sua pena. Foi feita a sua vontade. Luiz Fernando havia sido preso em 24 de janeiro de 2011 no Jardim Nova Pilar com seis pedras de crack e R$ 40.

POLICIAIS EXECUTAM DOIS INOCENTES

Um policial chama o Copom, a Central de Atendimento da PM de São Paulo, e diz que bandidos estão em fuga. De repente, ouve-se um estampido. Parece real. Mas, segundo as investigações, foi uma farsa montada por cinco PMs para encobrir um crime, a execução de dois jovens inocentes: o tecelão César Dias de Oliveira e o ajudante de mercado Ricardo Tavares da Silva, ambos de 20 anos.
Esta semana, o Fantástico teve acesso à investigação completa do caso, que inclui o depoimento de duas testemunhas fundamentais.
Repórter: Quem atirou nessa história?
Testemunha: Polícia.
Por causa de tudo o que sabem, agora elas fazem parte do Programa de Proteção a Testemunhas. “O que eu tenho que acrescentar é que eu temo pela minha vida”, diz uma delas.
Com base nos depoimentos e nas investigações do departamento de homicídios da polícia civil, o Fantástico reconta como foi, de verdade, a ação da polícia.
No começo da madrugada de domingo, 1º de julho de 2012, no bairro Rio Pequeno, Zona Oeste da Capital Paulista, um dependente de drogas foi abordado na rua por PMs. Por ter antecedentes criminais, andava com alvará de liberdade provisória no bolso. Tinha acabado decomprar cinco pedras de crack em um ponto de drogas.
“Pediram para eu retornar com eles ao local. Falaram que iriam me prejudicar”, diz a testemunha.
Ele diz que foi levado até um batalhão, em Osasco. No quartel, três policiais mandaram que ele indicasse onde era o ponto de drogas. E então foram todos para lá, em um carro vermelho. Os PMs estavam à paisana.
“Parecia ser um carro particular. Tinha roupas dentro”, diz a testemunha.
Segundo a testemunha, ao chegar ao local e encontrar os traficantes, os três PMs atiraram: “Tinha um cara em pé, com uma pistola na mão. Os policiais sacaram as armas e começaram a atirar. E esses caras correram todos”.
A testemunha diz que, na sequência,  os policiais entraram no carro vermelho e o levaram junto. Perto do ponto de drogas, avistaram uma moto, com dois rapazes de capacete. Eram César e Ricardo, que não tinham nada a ver com a história.
Os PMs pediram reforço. “Chamaram a outra viatura, que era a viatura que tinha me abordado, mandando seguir a moto”, revela a testemunha.
Os amigos César e Ricardo moravam a 30 quilômetros de distância dali, em Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo.
Segundo a família, César estava no bairro Rio Pequeno porque tinha ido à casa de um primo, terminar uma tatuagem.
“Meu filho era digno, decente. Ele jamais faria uma coisa errada”, garante Daniel de Oliveira, pai de César. 

César, um fanático por histórias em quadrinhos e desenhos animados japoneses, dirigia a moto, comprada recentemente. Ricardo estava na garupa.
De acordo com as testemunhas, os policiais militares cruzaram com os rapazes a cerca de um quilômetro do ponto de venda de drogas, ainda em São Paulo.
Segundo as investigações, às 2h40, os PMs atiraram nos dois rapazes que desciam a rua de moto. A testemunha conta que os três policiais que estavam no carro vermelho, voltando do ponto de drogas e vestidos à paisana, chegaram em seguida.

“Eles tiraram aquela roupa que eles estavam e colocaram as fardas”, diz a testemunha .
Os tiros foram até de metralhadora, sem nenhuma abordagem anterior e sem nenhuma reação dos jovens, dizem as testemunhas.
“Pegaram o que estava dirigindo e ele ficou gritando: ‘socorro, várias vezes. Não me mata, não me mata’”, diz uma testemunha.
Os PMs acusados da execução são os soldados Cringer Prota, Denis Martinez e Raphael de Arruda; o sargento Marcelo Oliveira; e o aspirante a oficial Rafael Salviano, que chefiava a equipe.
“Essa operação foi feita fora da área de atuação deles. Ingressaram numa operação sem nenhuma informação. Não havia a menor suspeita de que aquelas pessoas poderiam ser os traficantes que eles trocaram tiros anteriormente”, diz o promotor de Justiça José Carlos Cosenzo.
Na época, os policiais alegaram que foi resistência seguida de morte. Os rapazes teriam atirado primeiro.
O eletricista Daniel, pai de César, nunca acreditou nessa versão. “Ele nunca teve arma, nem de brinquedo. Ele não gostava de violência”, garante.
Durante 27 dias, o pai de César esteve na região em que o filho dele e o amigo foram mortos. Inconformado com a versão da polícia, ele fez o papel de investigador: levantou provas e conseguiu convencer uma testemunha a prestar um depoimento: a mulher que disse ter visto César implorando para não ser morto.
Ela fez outra denúncia grave. A principal testemunha do caso conta que viu os policiais fazendo uma encenação. Pelo rádio, diziam à central da PM que estavam no meio de um tiroteio. Mas, segundo a testemunha, tudo era mentira. Os rapazes já tinham sido baleados e os policiais davam tiros para o alto, na tentativa de enganar o comando da PM.
“Tipo uma manipulação: ‘a gente está perseguindo, a gente está numa ocorrência’. E dando tiro para o alto”, lembra.
As investigações indicam que os PMs ainda deixaram uma arma perto da moto de César, para simular que era dos rapazes. “Em nenhum momento eles estavam com a arma”, diz a testemunha.
Os policiais levaram os dois inocentes, ainda com vida, para um hospital de Osasco. César em uma viatura, Ricardo em outra.
Segundo o Ministério Público, ao analisar os dados do GPS, o monitoramento por satélite, os investigadores descobriram que o carro que estava socorrendo Ricardo parou no caminho.
“Pararam 11 minutos em um local ermo e foi ai que essa pessoa foi fuzilada”, diz o promotor de Justiça.
Ricardo morreu com três tiros, cerca de onze horas depois.  César levou cinco tiros e morreu após dar entrada no hospital.
“Não foi uma operação desastrada, foi uma operação absolutamente criminosa”, afirma o promotor de Justiça.
Este mês, Fernando Grella, o novo secretário de Segurança Pública de São Paulo, anunciou uma medida que teve muito repercussão: agora, em casos como lesão corporal grave e homicídio, inclusive os que envolvem confronto policial, policiais civis e militares do estado não podem mais socorrer as vítimas. Devem chamar o resgate, o Samu ou o serviço local de emergência.
“O risco de a pessoa morrer antes de chegar o socorro existe em qualquer condição. A finalidade dessa resolução é fazer com que a pessoa gravemente ferida tenha um atendimento de qualidade e permitir que o policial também preserve o local”, diz o secretário.
A medida também pode ajudar a inibir futuras ações criminosas, encenações, cometidas por policiais. “Ela acaba evitando também essas ocorrências que, por vezes, infelizmente, nós temos notícia”, destaca o secretária.
O então chefe da equipe acusada de envolvimento na execução de César e Ricardo responde em liberdade. Hoje, Rafael Salviano não é mais aspirante. Passou a tenente, e alega inocência.
“Ele não sabe o que aconteceu. Ele chega no local onde aconteceu essa troca de tiros depois do fato acabado”, afirma Daniel Bialski, advogado de Rafael Salviano.
Os outros quatro policiais estão presos. O advogado deles diz que as testemunhas mostradas na reportagem mentiram e que os PMs mantêm a versão de que os jovens mortos atiraram primeiro.

Para a defesa, não tem lógica a acusação contra os policiais. “Não teriam feito ali. Porque, se a gente admite a tese da execução, então, nós temos que pensar o quanto eles foram incompetentes, burros, na acepção do termo, de executar dois jovens em uma das principais avenidas daquele bairro”, declara Ivon Ribeiro, advogado dos policiais.
O eletricista Daniel, o pai que ajudou a investigar a morte do filho, fez uma tatuagem, em que chama césar de "Meu herói".
“Foram tirados os elementos da rua, que não tinham condições de estar fardados. Nisso aí, eu me sinto aliviado. Mas a dor aqui dentro, pela morte dele, continua a mesma, não alivia”, lamenta.

AÉCIO NEVES E O SEU PATRIMÔNIO!


Assessor de Tancredo se assusta ao folhear relatório sobre o crescimento patrimonial do EX- governador de Minas Gerais e afirma: “Quem diria, aquele jovem vindo do Rio de Janeiro, após a eleição de seu avô ao governo de Minas em 1982, trazendo em sua mochila bermudas e camisetas. Seu primeiro terno foi comprado pronto na Mesbla, com recursos de seu avô”.
Esta realidade assusta não só aos ex-assessores de Tancredo, mas a todos que conhecem a história de Aécio Neves.
Jamais exerceu qualquer atividade empresarial, comercial ou industrial. Desde 1983 exerceu apenas cargo público, ou seja, recebeu salário, primeiro no governo de Minas como assessor de seu avô, depois diretor de loterias na Caixa Econômica Federal e deputado federal por quatro mandatos, até ser governador de Minas.
Em 2006, após seu primeiro mandato de governador, seu patrimônio já gerava desconfiança. Porém, o crescimento após 2006 ultrapassa qualquer explicação. A não ser que o governador tenha ganhado três prêmios acumulados da mega-sena sozinho.
Aécio Neves, então candidato a governador de Minas em 2006, declarou ao TRE/MG um patrimônio total de R$ 831.800,53. Apenas três anos depois de eleito para o segundo mandato, o governador mineiro, apenas em uma aquisição, conseguiu ampliar 50 vezes seu patrimônio imobiliário, adquirindo a participação de todos os herdeiros de seu avô Tancredo no luxuoso apartamento situado em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. O total pago foi de R$ 12 milhões, à vista.
Há um farto folclore sobre a suposta vocação dos mineiros para serem econômicos e demonstrarem conservadorismo na administração do dinheiro. É bastante provável que a fama seja inteiramente injusta, mas a declaração de bens do governador de Minas bem que dá asas à ideia de que, “uai, tem mineiro guardando dinheiro no colchão, sô”.
O economista Aécio Neves, 49 anos, informou à Justiça Eleitoral em 2006 que possuía em espécie R$ 150 mil. Declarou ainda um apartamento na cobiçadíssima Avenida Epitácio Pessoa, no bairro carioca de Ipanema, que apareceu na declaração de bens de Aécio com o preço de R$ 109,55 mil.
Ele não discrimina o número de dormitórios que tem o imóvel, mas uma rápida pesquisa em classificados de jornal mostra que o dinheiro é pouco até mesmo para comprar um “quarto/sala” por ali.
O fato pode ter a ver com um hábito dos políticos. Eles costumam utilizar nas informações prestadas à Justiça Eleitoral os valores dos imóveis constantes das declarações de Imposto de Renda.
Nessas, o contribuinte é impedido de atualizar o valor do bem à luz dos preços de mercado porque o esfomeado Leão quer aumentar ao máximo a possibilidade de morder ganhos de capital elevados, aumentando artificialmente o lucro obtido pela eventual venda do imóvel. Em tese, à Justiça Eleitoral, o candidato deveria informar o valor real do bem.
Além do apartamento de seu avô, outros imóveis foram adquiridos no litoral, principalmente em Angra dos Reis. Em Angra, o preço dos imóveis ultrapassa o valor pago no apartamento de seu avô.
Até mesmo dois imóveis no exterior seriam de propriedade do governador mineiro. A maioria dos imóveis encontra-se registrado em nome de empresas, desta forma, o nome do governador não aparece.
No contrato social também consta como sócia outra pessoa jurídica, uma empresa de “participação”. Entretanto, a maior parte do patrimônio do governador de Minas está em nome de empresas registradas em paraísos fiscais e em fundos internacionais, como ficou provado na investigação realizada pela Polícia Federal nos fundos administrados pelo Banco Opportunity, de Daniel Dantas.
Nestas investigações, diversas remessas realizadas desde 2003 por doleiros da Construtora Andrade Gutierrez e Camargo Correia foram identificadas como sendo para Aécio. Estes dados já se encontram em poder do Ministério Público e Receita Federal.
Evidente que o governador mineiro encontra-se no grupo de brasileiros que estão “acima da lei”, a exemplo do senador José Sarney. Desta maneira, membros da Receita Federal entendem que dificilmente ele será punido.
Na verdade, após a redemocratização do País, estes “senhores” organizaram o novo cenário de poder no Executivo, Legislativo e Judiciário. As Cortes superiores de Justiça têm quase a totalidade de sua composição por indicação do presidente da República.
“De 1985 até hoje, no STJ e STF já se renovou desta forma uma aliança entre Sarney, Collor, Fernando Henrique, Itamar e Lula representa uma ameaça para independência e estabilidade do sistema judicial”, afirma um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.
Políticos próximos de Lula informam que a recente posição de Aécio e de seu “escudeiro” Itamar Franco contra o Governo Federal é em retaliação às investigações feitas pela Receita Federal.
Senador do PSOL espera a presença da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para indagar a respeito da pressão feita por Dilma Rousseff em relação à investigação de Aécio.

Outra questão que está sendo apurada é a participação do governador junto com o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB) e o presidente da Assembleia Legislativa mineira, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), no mineroduto de 525 km de extensão para transportar o minério de ferro do sistema Minas-Rio, saindo de Conceição de Mato Dentro (MG) e chegando ao Porto de Açu, no Rio de Janeiro.
Obra que inclusive está para ser suspensa pelo Ministério Público Federal por irregularidades.
A participação do governador mineiro no setor elétrico seria também através de uma empresa. No inquérito, assusta a omissão da Codemig em relação aos pedidos da empresa de Daniel Dantas para pesquisa e exploração de jazidas minerais que pertencem à empresa mineira.
As investigações comprovam ainda que a diferença entre o valor declarado como da venda de nióbio de Araxá e o realmente recebido no exterior é escandaloso e estaria sendo administrado por um fundo pertencente ao Unibanco no exterior, que, por sua vez, vem aportando recursos no fundo que coincidentemente Aécio tem cotas.
Embora publicamente demonstre pouca amizade, Aécio é amigo desde a infância do proprietário do Unibanco, pois no mesmo prédio (apartamento adquirido por Aécio recentemente) sempre morou Walther Moreira Salles e seu avô Tancredo Neves.
Um dos procuradores da República encarregados das apurações foi procurado e nada quis afirmar, apenas advertiu ao Novojornal: “Relatar a totalidade do patrimônio de Aécio Neves antes da apresentação da denúncia seria trazer descrédito para o caso”.
O procurador tem razão, o crescimento patrimonial de Aécio realmente assustará, principalmente aos mineiros. Embora o enriquecimento de governadores de Minas Gerais após o término do período militar tornou-se natural.
Basta ver o patrimônio de Hélio Garcia e Newton Cardoso. Pouco visível fica o patrimônio de Itamar e Azeredo, que sempre utilizaram “intermediários” para tratar desses assuntos.
A assessoria de imprensa do governador foi consultada, mas não retornou à reportagem.
Fonte: www.novojornal.com – Belo Horizonte, MG – 17/08/2009

MAQUINAS DA PREFEITURA TRABALHAM NA CASA DO PREFEITO


Máquinas da Prefeitura Municipal de Pires do Rio estão trabalhando na  casa do prefeito Gude, Luiz Eduardo Pitaluga da Cunha, que está em obras em frente ao Lago seco. O jornal do Sudeste recebeu denúncias e foi ao local para conferir e constatou que realmente NO dia 18 de janeiro 2013, às 9h20mim, as máquinas da  prefeitura estavam trabalhando nas obras da casa.

Assim que o jornalista chegou ao local constatou que realmente um caminhão com logotipo da Prefeitura Municipal de Pires do Rio estava no interior do lote sendo carregado com terra de aterro na carroceria. O caminhão é azul com a placa KBM 2097 com logotipo do Governo de Pires do Rio  e estava no lote da construção retirando terras que foram colocadas em um lote próximo no mesmo setor.
FONTE: JORNAL DO SUDESTE.

LOBÃO FILHO, MAIS UMA DO MARANHÃO!


Ação contra senador Lobão Filho não anda há 11 anos

Banco cobra de senador dívida de um empréstimo em que foi dada como garantia fazenda-fantasma.
Chico de Gois* (O Globo)
*Enviado especial
SÃO LUÍS – Desde 2002 tramita na Justiça do Maranhão uma ação que tenta cobrar do senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA) e mais três pessoas, uma delas mulher do parlamentar, o pagamento de uma dívida calculada, na época, em R$ 5,5 milhões (no processo, não há valores atualizados). Em 2009, inexplicavelmente, o processo foi arquivado, sem que ninguém assim determinasse. No ano passado, ao descobrir o erro, o banco pediu o desarquivamento, mas, mesmo assim, embora desde agosto de 2011 esteja concluso, o processo continua parado.
O juiz que cuidava do caso, José de Arimatéia Correia Silva, da 5ª Vara Cível de São Luís, foi aposentado compulsoriamente em fevereiro deste ano pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Arimatéia foi acusado de agir com parcialidade em várias ações.
No meio do processo, entre tentativas de Lobão Filho de excluir seu nome como um dos fiadores de um empréstimo junto ao Banco do Nordeste (BNB), a empresa da qual foi sócio tentou substituir as garantias que havia dado por uma fazenda-fantasma.
Lobão Filho foi sócio da Bemar Distribuidora de Bebidas entre 1996 e 1998. Em julho de 1997, a empresa contraiu um empréstimo de US$ 648 mil —R$ 699 mil na cotação da época. O dinheiro foi utilizado para a compra de caminhões — há pelo menos três em nome do parlamentar. Como garantia pela liberação da verba, a Bemar não deu os próprios veículos, como seria comum — deixou alienadas para o pagamento da dívida 28.820 caixas de cerveja Schincariol.
O agora senador, sua mulher, Paula, e as sócias Maria Luiza Thiago de Almeida e Ana Maria dos Santos aparecem como fiadores do empréstimo que deveria ter sido pago em 30 prestações. A empresa, porém, não honrou o compromisso, e, desde 2002, o BNB tenta penhorar os bens da Bemar e dos fiadores.
Em 2008, quando Lobão Filho assumiu a vaga do pai, que virou ministro de Minas eEnergia, veio a público a história de que ele havia transferido para uma empregada doméstica suas cotas da Bemar para tentar fugir da cobrança da dívida. Ele negou que tivesse conhecimento de que a sócia que entrava em seu lugar era uma laranja.
No decorrer do processo de cobrança da dívida, a Bemar sugeriu trocar a garantia dada pelo empréstimo: em vez das 28.820 caixas de cerveja, apresentou uma fazenda de 20 mil hectares em Sento-Sé, na Bahia, avaliada, segundo informava a empresa, em R$ 4,5 milhões. A distribuidora de bebidas também procurou retirar Lobão e os demais ex-sócios da condição de fiadores. No entanto, o BNB descobriu que a fazenda que a Bemar disse ter adquirido em abril de 2002 por R$ 10 mil não existia.
‘Até hoje estou pagando com a minha imagem’
A Bemar juntou avaliações que teriam sido realizadas no mesmo mês da compra da fazenda que afirmavam que o imóvel valia R$ 4,5 milhões. “Estranha-se, portanto, o fato de o imóvel sofrer uma valorização de mais de 40.000% no mesmo mês”, anotaram os advogados do banco num agravo de instrumento. O técnico do BNB que esteve no lugar enviou e-mail à chefia da instituição atestando que a fazenda não existia.
O senador Edison Lobão Filho (PMDB) negou que soubesse que era fantasma a fazenda que a Bemar Distribuidora de Bebidas queria dar como garantia para pagamento da dívida. Lobão declarou ao GLOBO que se arrepende de ter deixado a sociedade, porque, de acordo com ele, a empresa, que era deficitária, agora é muito lucrativa.
O senador disse que quando entrou na sociedade, em 1996, a empresa era pequena e faturava pouco. A Bemar, segundo contou, trazia cerveja da Bahia para revender no Maranhão.
—Entrei como avalista, e as dívidas começaram a se acumular. Com o tempo, fiz um acordo pelo qual eu saía sem nada, mas os demais sócios assumiam todas as dívidas.
Ele afirmou que procurou o Banco do Nordeste para retirar seu nome da condição de avalista, uma vez que já não era mais sócio da empresa, mas o banco não aceitou.
— Eu procurei o banco e disse que a empresa não havia falido e que meus ex-sócios estavam ricos. Pedi para transferir a dívida para eles porque eu não tenho mais nada a ver com o negócio.
O senador maranhense lamenta hoje sua decisão de sair da sociedade.
— A empresa está muito maior do que antes. Foi um péssimo negócio eu ter saído. Eles ficaram ricos com este negócio — repetiu.
Para o senador, é estranho o banco afirmar que a fazenda que seria dada como garantia não existe. Ele afirmou que há um ano, ao conversar com Marco Aurélio Costa, um dos sócios da Bemar, este lhe teria dito que havia comprado uma fazenda que havia valorizado demais.
— Ele afirmou que estava preferindo fazer um acordo e ficar com a fazenda. Eu não tenho nenhuma fazenda porque não gosto. Mas eles são grandes fazendeiros, têm diversas fazendas. Com toda a grana da bebida, eles compraram fazendas. Vou procurá-los para saber o que fizeram.
Lobão Filho disse que foi investigado quando surgiram notícias de que teria vendido sua parte para uma laranja e que nada foi provado contra ele.
— Até hoje estou pagando com a minha imagem.

A ESPERANÇA QUE SE TORNOU UM PESADELO!


JOSÉ SARNEY AOS 14 ANOS


 “O Maranhão não suportava mais nem queria o contraste de suas terras férteis, seus vales úmidos, seus babaçuais ondulantes , de suas fabulosas riquezas(…) com a miséria, com a angústia, com a fome, com o desespero…”

Em 1966, o então jovem de 36 anos José Sarney, eleito governador , empolgava o Maranhão com um discurso de posse literariamente contundente, cheio de palavras ásperas, prometendo colocar um fim na miséria e na corrupção que assolavam o Estado.

Ele prometia “mudar a face do Maranhão” e o povo, entusiasmado, aplaudia.

Quem quiser se emocionar com o discurso e com as imagens da pobreza do Estado cuja redenção se iniciava naquela posse, pode entrar no Youtube e digitar:“Maranhão 1966, documentário de Glauber Rocha”, e verá, em pouco mais de 8 minutos, um dos documentos mais chocantes já produzidos sobre a realidade política do País, dirigido pelo talento nascente daquele que viria a ser o mais mítico dos nossos cineastas.

Como poderia imaginar o jovem gênio do cinema que se vivo estivesse, agora, 47 anos depois da posse do governador Sarney, seria possível repetir o documentário com o mesmo roteiro de pobreza e miséria que aquele derramado discurso de posse prometia combater e eliminar.

O Maranhão é hoje, 47 anos depois do início do domínio da oligarquia Sarney, o penúltimo estado no Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, superado apenas pelo tenebroso estado de Alagoas, que já foi comandado também por um ex-presidente da República.

Uma semana atrás, o médico diretor de um hospital público do Maranhão, apelidado de Soc
Orrão I, apareceu num programa de televisão e escreveu no Facebook pedindo à população que doasse alimentos eprodutos de limpeza para que o hospital pudesse continuar funcionando.

O hospital é municipal, comporta 128 pacientes mas tem 216 internados, e o descalabro em que está é atribuído ao ex-prefeito João Castelo (PSDB), que acaba de encerrar a sua gestão.

O prefeito que assumiu decretou estado de emergência na saúde pública de São Luís.

O ex-prefeito, cuja maior obra é o estádio de futebol que consagra seu nome no aumentativo-Castelão-apesar de filiado ao PSDB, recebeu o apoio da governadora Roseane Sarney no segundo turno, mas perdeu para um político do obscuro PTC.

O Maranhão definha, e as palavras de José Sarney de 1966 perderam-se no vento, enquanto ele cortava a fita de inauguração da exposição “Modernidade no Senado Federal-Presidência de José Sarney”, paga com dinheiropúblico, na semana passada,em Brasília.

Dinheiro que poderia comprar comida para os doentes do Socorrão.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

Fonte: Jornal O Globo

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