quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

É O FIM DO GRUPO FIGUEREDO, POLITICAMENTE MORTO E FINANCEIRAMENTE FALIDO!

A DECADÊNCIA DO GRUPO POLITICO DE BINÉ FIGUEREDO É UMA REALIDADE NUA E CRUA. O HOMEM QUE JÁ FOI CONSIDERADO O MAIS RICO DE CODÓ E UM DOS MAIS RICOS DO ESTADO DO MARANHÃO, ESTÁ VIVENDO OS ÚLTIMOS MOMENTOS DE GLÓRIAS E RIQUEZA. É O FIM E DIGA DE PASSAGEM, UM FIM TRISTE E PENOSO, QUE VEM ACOMPANHADO DE DERROTAS EM TODOS OS SEGUIMENTOS  E DE MISÉRIA, É O FIM DO GRUPO EMPRESARIAL E POLITICO DE BINÉ FIGUEREDO. E  VIVA A LIBERDADE!

O ex-prefeito do município de Codó, Benedito Francisco da Silveira Figueiredo, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/Ma), durante sessão plenária realizada nesta quarta-feira (22), a devolver aos cofres públicos mais de R$ 1,4 milhão, além do pagamento de multas nos valores de R$ 143 mil e R$ 10 mil.

A condenação é referente ao julgamento irregular de dois convênios, firmados no ano de 2007, entre a Secretaria de Estado da Saúde, comandada, à época, por Edmundo Costa Gomes, e a Prefeitura codoense.
Várias foram as irregularidades constatadas pela Unidade Técnica e Ministério Público de Contas (MPC) relatadas pelo conselheiro Raimundo Oliveira Filho, dentre elas não constatação de efetividade de objetos licitados, notas fiscais com preços incompatíveis com os de mercado e sobrepreços de notas fiscais.

O então secretário Edmundo Gomes foi condenado a pagar multa no valor de R$ 10 mil.

GRAÇAS AO NOSSO BOM DEUS QUE EU CONSEGUIR SOBREVIVER AS INVESTIDAS  DESSE GRUPO, PARA FINALMENTE VÊ O SEU FIM. A JUSTIÇA DE DEUS TARDA MAIS NÃO FALHA!

Fim do Mundo: Filho esfaqueia Pai

  1. O senhor de nome Zé Cuné, de Paraibano – MA, não está com sorte… O filho de Cuné,numa briga com o pai, não aliviou e meteu a faca na cabeça do velho. Isso mostra que esse mundo está perdido e está havendo uma inversão de valores. Filho matando pai. É o fim dos tempos… Zé Cuné não corre risco de vida…

MAIS MORTE NO PRESIDIO DO MARANHÃO = MESMO COM A PRESENÇA DA POLÍCIA

Em matéria em que a revista Época eleva à condição líder da oposição no Maranhão, a deputada Eliziane Gama declarou que “A pena de morte está instituída nos presídios do Maranhão“.
 
Na manhã desta terça-feira, mais um preso foi encontrado morto numa cela do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Nem mesmo com a presença da Força Nacional de Segurança e da Polícia Militar dentro é capaz de intimidar as ações assassinas no”inferno” em que se transformou Pedrinhas.
 
“Há uma inversão completa dentro do sistema penitenciário. Existe rigidez para torturar presos e relaxamento para vistoriar seus familiares. É um jogo de conveniência e corrupção”, diz a deputada que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, e pré-candidata ao governo pelos PPS.
 
Ontem, alguns presos ligados à facção criminosa Bonde dos 40 foram transferidos para unidades de presídios federais, dentro de um acordo firmado entre o Governo do Maranhão e o Ministério da Justiça.
 
Entretanto, a situação no Complexo Penitenciário de Pedrinhas ainda é muito grave e se torna cada vez mais imprevisível saber o que pode acontecer ali.

O MUNDO PERFEITO DOS ESTADOS UNIDOS - UMA VERDADE DESCONHECIDA


Os EUA costumam se revelar ao mundo como os grandes defensores das liberdades, como a nação com a melhor qualidade de vida do planeta e que nada é melhor do que o “american way of life” (o modo de vida americano). A realidade, no entanto, é outra. Os EUA também têm telhado de vidro como a maioria dos países, a diferença é que as informações são constantemente camufladas. Confira abaixo 10 fatos pouco abordados pela mídia ocidental.
1. Maior população prisional do mundo
Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora.
Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.

2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.
Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.
3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo.

O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.
4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.
Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.
5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.
Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.

6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.
Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.
7. Todos os imigrantes são obrigados a jurarem não ser comunistas para poder viver nos EUA.
Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.
8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.
O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.
9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.
Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.
10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.

A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.

ESTUPRADOR DE PORCOS É ENCONTRADO MORTO

Um caseiro de uma fazenda foi morto por porcos dentro de um chiqueiro na cidade de Tapurah, interior de Mato Grosso. Segundo a polícia, a cena encontrada indicava que a vítima praticava ato de zoofilia, sexo com animais, com uma leitoa amarrada no momento em que foi atacado.


Segundo a Polícia Civil, o corpo do homem estava dilacerado e alguns membros foram arrancados pelos animais. O caso será apurado e a polícia investiga a possibilidade de ele ter sido morto em outro lugar e jogado no chiqueiro, porém, o delegado que cuida do caso disse que as provas indicam que ele foi morto pelos porcos.

O caseiro estava nu. Apenas uma cueca foi encontrada junto ao corpo e não estava rasgada. As roupas dele estavam na casa onde vivia.

O caseiro, de 53 anos, trabalhava na chácara havia muitos anos. A polícia encontrou bebida alcoólica na casa em que ele morava e informou que o homem ingeriu álcool antes de entrar no chiqueiro.

TEN. CORONEL HEBER( SURDO OU MUDO PEDE SOCORRO A POLÍCIA PELO COPOM) REALIDADE PURA!

Ten Coronel Heber se sentindo realizado
Você precisa LER isto:
Como um surdo ou mudo pede socorro a policia pelo COPOM? Impossível? Mas ele não tem direitos também? Uma grande notícia para todos aí vai o registro de entrevistas para Imprensa sobre o nosso projeto de INCLUSÃO TOTAL através do atendimento de emergência no COPOM do entorno DF. Uma das emissoras retornou e gravou outra entrevista para passar em rede nacional...
Agradeço a DEUS por ser instrumento do bem e vou deixar este legado importante para futuras
gerações, pois agora além dos internautas que agora terão acesa ao serviços da PM pela internet e smart fones ainda daremos aos milhões de portadores de necessidades especiais como de audição e fala a possibilidade de acessar plenamente o 190 por mensagem de texto.
Agora o Brasil poderá estender mesmo que tardiamente o direito aos portadores de necessidades especiais de terem acesso a serviços de emergência sem depender da ajuda de outras pessoas e como o nome já diz EMERGÊNCIA e POLICIA só chama quem precisa e nestes momentos cada segundo e precioso na luta e defesa da vida... Agora posso dizer que estou FELIZ

TENTOU ESTUPRÁ UMA CRIANÇA DE 8 ANOS E TEVE OS TESTÍCULOS CORTADOS

Antônio Frazão Rodrigues, que seria foragido da justiça do Maranhão, foi preso na manhã desta terça-feira (21/01) no bairro Buenos Aires, zona Norte de Teresina, após ser flagrado durante uma tentativa de estupro a uma menina de apenas 8 anos.
Quando um vizinho chegou na residência, flagrou o homem nu em cima do sofá, com a criança dominada, puxando-a para cima do seu colo. Os parentes da criança foram logo chamados e com a ajuda da população começaram a linchar Antônio.

Ele foi violentamente agredido e um facão foi usado para cortar os testículos do suspeito, que foi levado para o Hospital de Urgência de Teresina.
Segundo o policial militar, cabo F. Gonzaga, o suspeito levou vários pontos nas partes íntimas e apresentava várias escoriações pelo corpo. Já a criança ficou estado de choque depois das agressões. As informações são de que o ato não teria sido consumado, mas a menor sofreu com a pressão psicológica imposta por Antônio, que ameaçou até mesmo a menina de morte, caso ela contasse sobre o ocorrido.
TRABALHAVA COM O AVÔ DA VÍTIMA

Ainda de acordo com a polícia, Antônio, de 48 anos, trabalhava na residência da vítima como sapateiro, auxiliando no negócio do avô da menina. Natural de Pedreiras (MA), o suspeito já teria uma acusação naquele estado também por estupro.

INTERNAUTA RECLAMA EM REDE SOCIAL DA SAÚDE DE CALDAS NOVAS

LAMENTO, CONSIDERANDO A ATENÇÃO DO PREFEITO DE CALDAS NOVAS, MAGAL, PELA ATENÇÃO A UMA POSTAGEM QUE COLOQUEI NA REDE, RECENTEMENTE, COM RELAÇÃO A NOSSA SAÚDE PÚBLICA... SE É QUE SE PODE CHAMAR DE SAÚDE QUANDO O SISTEMA, POR SI SÓ JÁ É DOENTE.
NA OCASIÃO MENCIONEI COMO EXEMPLO UM CASO ESPECÍFICO, DA MINHA PARTE E O PREFEITO, COMO SEMPRE, MUITO ATENTO, IMEDIATAMENTE SOLICITOU QUE UMA DE SUAS ASSESSORAS, CINTIA ME PROCURASSE E AJUDASSE A RESOLVER O PROBLEMA.
MAS O PROBLEMA É QUE A SOLUÇÃO DO PROBLEMA É QUE É O PROBLEMA.
COM A AJUDA E FINALMENTE FEITO O ENCAMINHAMENTO, LÁ FOI A PACIENTE... (E NÃO É A TOA QUE SÃO CHAMADOS DE PACIENTES...).
MAS DAI PRA FRENTE É O QUE TODOS DO POVÃO JÁ SABEM:
o DR. NEM OLHA NA CARA, DESDENHA, FAZ PIADAS DOS SEUS DESESPEROS E PROBLEMAS; E GERALMENTE DA COICES MAIS QUE CAVALOS SELVAGENS.
DE HUMANOS SÓ TÊM O INTERESSE PELO DINHEIRO. 
COMO EM TUDO, HÁ EXCEÇÕES, CLARO.
DIFÍCIL É DE ACHAR.
CONCLUSÃO:
UMA MULHER, SANGRANDO... COM HEMORRAGIA E CÓLICAS HÁ MAIS DE DOIS MESES SEM PARAR, MESMO TOMANDO REMÉDIOS; E AINDA, QUE NÃO ENGRAVIDA MESMO SEM TOMAR ANTICONCEPCIONAIS... O TAL GINECOLOGISTA, O QUAL INCLUSIVE É MEIO AMIGO MEU. POR ISSO O NOME, DEIXA PRA LÁ. MESMO PORQUE COMO JÁ DISSE, SÃO QUASE TODOS IGUAIS.
MAS A QUESTÃO É QUE NEM POR RESPEITO OU EDUCAÇÃO, OLHAM NA CARA DO PACIENTE. E, NO CASO NEM UM EXAME DE ULTRA SOM NÃO FOI PEDIDO.
SÓ DISSE PARA TOMAR UM REMÉDIO E SE O PROBLEMA CONTINUAR, VOLTA LÁ PARA ARRANCAREM O ÚTERO DELA E PRONTO.
ESSE TUMOR DENOMINADO DE SAÚDE PÚBLICA, SIM, É A DOENÇA DAS DOENÇAS; E PELO VISTO, SEM CURA.

DE QUALQUER FORMA, AGRADEÇO AO PREFEITO PELA ATENÇÃO. E APROVEITO PARA DISPENSAR ESSE TIPO DE "ATENDIMENTO".

AGRADEÇO E LAMENTO TAMBÉM PELO TRABALHO DA CINTIA, EM TER IDO LÁ, MARCAR A CONSULTA, ETC.

LAMENTO E QUE DEUS TENHA PIEDADE DOS DEMAIS QUE PRECISAREM, OU QUE JÁ ESTÃO NA FILA.................. PRECISANDO.

1.296 CASOS DE MORTOS, LIVRO FALA DOS CASOS!

Luciano Nascimento

Repórter da Agência Brasil
Brasília – Cerca de 90 trabalhadores rurais sem terra acompanharam, nesta sexta-feira (24), o  lançamento do livro Camponeses Mortos e Desaparecidos: Excluídos da Justiça de Transição. A obra pretende auxiliar a Comissão Nacional da Verdade (CNV) no reconhecimento oficial de 1.196 casos de camponeses mortos e desaparecidos no campo em função das diversas formas de repressão política e social entre setembro de 1961 e outubro de 1988, período indicado pela Lei 9.140/1995 – a primeira a reconhecer que pessoas foram assassinadas pela ditadura militar (1964-1985).

Apesar do número expressivo (3,5 vezes acima do total de reconhecidos oficialmente como mortos por perseguição política), apenas 51 casos foram analisados pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e, desses, 29 tiveram a causa da morte relacionada à questão política.
“É importante para os trabalhadores rurais, para os camponeses brasileiros recuperar essa história, porque muito dessa história ainda é atual e o estado tem a responsabilidade de apurar os crimes e, com a Comissão da Verdade, fazer com que isso seja colocado a limpo”, disse o coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, Gilney Viana, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), que elaborou o estudo que resultou no livro em parceria com a Comissão Camponesa da Verdade. 

De acordo com o livro, há mortes durante o regime militar e também durante o regime civil. Quatro pessoas foram assassinadas antes do golpe de abril de 1964; 756 foram mortas durante a ditadura (sendo 432 na abertura política após 1979); e 436 após março de 1985, na transição civil (governo Sarney). Segundo o documento, o aumento da violência no campo a partir da distensão e ao longo da chamada Nova República tem a ver com a organização política dos trabalhadores rurais.
Os estados que acumulam o maior número de pessoas assassinadas (lideranças ou não) são o Pará (342 mortes); o Maranhão (149 mortes); a Bahia (126 mortes); Pernambuco (86 mortes) e Mato Grosso (82 mortes). Mais de 96% dos assassinados eram homens.
Grande parte das mortes não ocorreu pelas mãos dos “agentes do Estado” (policiais e militares), 15% do total (177 casos); mas por “agentes privados” (milícias e pistoleiros contratados). Na avaliação de Viana, a participação de agentes do Estado nem sempre é tão clara porque, no campo, a repressão acabava sendo exercida pelos latifundiários. "O poder do Estado lá era delegado a um fazendeiro, a um coronel que atuava às vezes como preposto da ditadura. É uma situação política que exige uma nova interpretação da lei [que criou a Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil]", defendeu.
Sem-terra de Parauapebas no Pará, Francisco Moura, região que permanece campeã em conflitos pela posse da terra, relata que alguns casos permanecem na memória das novas gerações. “Como nós moramos na região que é das mais conflituosas hoje na questão da luta pela terra, nós conhecemos muito a história de alguns desses personagens que estão no livro”, disse.
A obra foi encaminhado à Comissão Nacional da Verdade que, na terça-feira (21), fez o balanço  de seu primeiro ano de atividades.
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

POR QUE EU ODEIO O MST? VEJA A RESPOSTA AQUI, AGORA!

Petrolina (PE), Santa Maria da Boa Vista (PE)  – Faz 40 anos que a chuva não faltou assim em Pernambuco. A seca de 2012, que levou 122 municípios a decretar estado de emergência, matou de fome cerca de 200 mil animais (outros 300 mil foram abatidos antes que a falta de chuva os matasse). Entre os mais de 1 milhão de sertanejos vitimados pela estiagem, os que vivem da roça perderam 100% das lavouras de milho e feijão; e 80% dos açudes e barragens do sertão viraram pó. É o que contabiliza o governo do Estado.
 Localizada às margens do rio São Francisco, a região de Petrolina, segunda maior cidade do Estado, também é sufocante nesta época do ano. Quem deixa o município pela BR-122 rumo a Lagoa Grande mergulha em uma paisagem cinza de Caatinga ressequida. O ar tremula oleoso de quentura, e à passagem do carro, urubus preguiçosos apenas saltitam de esguelha ou levantam um vôo curto para rapidamente voltar à carcaça da vaca morta na beira da estrada. Vez por outra, cabritos mais desatentos, que vagam feito retirantes pelos acostamentos, botam susto no motorista.
Percorridos pouco mais de 140 quilômetros pela BR, pode-se quebrar à direita numa brecha de cerca sem sinalização, e seguir por uma estradinha de terra que desemboca em uma pequena agrovila. Chegou-se ao assentamento São José do Vale. Algumas curvas além, um verde desatado engole a Caatinga. Aqui, parreirais, campos de melancia, goiabeiras, mangueiras e pinha, que se revezam nos pequenos lotes, contam a história de um outro sertão.
 São José do Vale é um dos 32 assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) do lado pernambucano do Vale do São Francisco, no trecho entre Petrolina e Santa Maria da Boa Vista. Os cerca de 120 hectares do atual assentamento pertenciam à Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco), que os havia arrendado ao falido projeto Sanrisil para produção de goiaba e plantas medicinais. Em 1996, a área foi ocupada pelo MST, e um ano e dois despejos depois, no final de 1997 sua posse foi emitida para os sem terra. Com 36 famílias, São José está entre os 10 assentamentos do MST na região que se beneficiam de uma estrutura operante de irrigação.
 Do quase nada ao muito melhor
Nativo de Bodocó, Pernambuco, Francisco Regivaldo dos Santos deixou a terra seca dos pais em 1992 e se empregou como trabalhador em um projeto de produção de goiaba nas cercanias de Petrolina. O trabalho e o patrão não eram ruins, mas as histórias de uns e outros que conseguiram terra próprio na região mexeram com ele. Em 2000, resolveu raspar o tacho das economias e tentar a sorte em um dos lotes que vagou no assentamento de São José do Vale.
 Confortavelmente instalado à sombra de uma árvore no espaçoso quintal de sua casa, Francisco sorri quando lembra o passado. “Quando cheguei aqui não havia produção na terra. Tive que desmatar a caatinga por conta própria, e no começo passamos fome mesmo. Eu acordava todo dia às 4 horas da madrugada, saía sem comer, porque não tinha, e quando chegava em casa era só um cuscuz com café. Construímos nosso primeiro barraco debaixo da mangueira”.
Assim na aparência, pouco na vida de Francisco hoje lembra aquele começo difícil. Há quatro anos, a família terminou a construção da casa (grande até para padrões da cidade) na beira do rio. Ao lado, montou uma estrutura para receber amigos e visitantes nos finais de semana, com cozinha, churrasqueira e bar; e na garagem guarda sua caminhonete prateada.
 Da varanda da casa, separado apenas por uma ruazinha de terra, pode-se avistar o plantio de pinha e atemóia de Francisco, que ocupa 1,6 hectares. Ao lado, segue o meio hectare de manga, e pouco adiante se estendem os dois hectares de uva de mesa da família – tudo irrigado. Pelos seus cálculos, o assentado tira hoje cerca de R$ 3 mil por mês com a produção de frutas, mas já teve vez que a renda mensal chegou a R$ 10 mil. “Um ano em que tudo teve preço”, lembra. “Só posso dizer que nos últimos 12 anos a minha vida melhorou muito”, assegura rindo, só para reafirmar.
 Se a qualidade de vida melhorou, a demanda de trabalho continua a mesma. Ou melhor, aumentou. Tanto a pinha quanto a atemóia são culturas rentáveis, mas que precisam ser polinizadas manualmente, explica Francisco. Isso significa introduzir manualmente o pólen nas flores de cada planta para garantir a frutificação.  Já o manejo da uva – carro-chefe dos assentados de São Jose, e que rende duas colheitas anuais –, exige uma dedicação que pode inviabilizar áreas maiores.
 Grosso modo, o custo inicial para a estruturação de um hectare de uva de mesa irrigada em São José do Vale é de cerca de R$ 50 mil, contando-se a aquisição dos mourões, dos arames e da estrutura de irrigação por gotejamento (bomba de água, dutos e mangueiras).
Comprar itens usados pode diminuir os gastos – paliativo adotado por vários assentados, muitos dos quais se estruturaram basicamente com verbas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) –, mas o manejo no período de produção é invariavelmente trabalhoso e caro: depois da florada, é preciso uma primeira varredura do parreiral para ralear os cachos de forma a permitir uma produção uniforme e de qualidade. Uma segunda varredura é feita quando a uva está amadurecendo, e, com muito cuidado, examina-se cacho a cacho e retiram-se os frutos danificados, para que os demais não sejam contaminados e perdidos. Depois da colheita, segue-se a poda do parreiral, e uma espera de 60 dias para que as plantas reiniciem o ciclo produtivo.
“Aqui todo mundo é apaixonado pela uva, mas nosso maior problema é achar e pagar a mão-de-obra necessária. Uma diária está saindo por volta de RS 27, e tem mulher ganhando até 80 reais por dia para ralear uva. É caro demais ter que contratar; nessa atividade não dá pra ter funcionário”, explica Francisco, que, no entanto, já paga cinco ajudantes.
 A capacidade do assentamento de ser praticamente autossuficiente no que tange a mão-de-obra – quando as próprias famílias não dão conta do trabalho, a ajuda vem dos vizinhos – lhe confere uma vantagem considerável sobre os grandes projetos de fruticultura irrigada da região, explica o coordenador regional de produção do MST, Edinaldo Ramalho Leite, o Neguinho. “Tem duas coisas que temos que levar em conta: o pequeno produtor tem que diversificar as culturas para garantir uma renda estável. E não pode exagerar na área de uva. Independente da variação do preço da produção, o pequeno se segura. Já os grandes estão quebrando”, afirma Neguinho.
Por outro lado, a organicidade dos assentamentos também confere aos assentados uma vantagem sobre a agricultura familiar convencional na região. De acordo com Nildo Martins, coordenador estadual do setor de produção do MST, não há estatísticas comparativas sobre a renda de uma família assentada e de uma não assentada, mas a diferença é considerável, tendo em vista o custo de produção, as dificuldades no acesso ao créditos, a descontinuidade tanto da liberação dos recursos (quando se consegue liberar) quanto no acompanhamento técnico, e a falta de equipamentos para irrigação. Assim, o que para uma família individual são problemas de difícil solução, nos assentamentos muitas vezes é encaminhado em negociações coletivas, fortalecidas pela intervenção do MST.
Nesse sentido, avalia Nildo, apesar da inexistência de dados organizados sobre a média dos vencimentos de uma família assentada, é possível afirmar que as condições de vida são superiores às da média regional. “A criação de pequenos animais e a produção de hortaliças, grãos e frutíferas tanto nas áreas de produção quanto no entorno das casas, garantem parte dos alimentos que vão diretamente à mesa do assentado. Com a comercialização da produção excedentes das parcelas, em boa parte dos assentamentos calcula-se – a partir de relatos dos assentados – uma renda de aproximados de 1,5 a 2,0 salários mínimos/mês”.

No final da década de 1990, o economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Jorge Luiz Mariano da Silva, estudando os modelos de irrigação adotados por pequenos produtores na região do Vale do São Francisco, descreveu o sistema como tendo promovido “uma nova dinâmica na região semiárida, principalmente no que se refere à inserção de famílias de baixa renda na produção de frutas. Os projetos de irrigação permitiram a transformação da agricultura familiar tradicionalvoltada para a produção de subsistência em uma agricultura diversificada e dinâmica, direcionada para a produção comercial”.
De fato, desde 1995, quando promoveu a primeira ocupação de uma área falida no chamado perímetro da uva e fruticultura (região entre os municípios de Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista), o MST tem buscado interferir na estrutura socioeconômica da região priorizando: a) o aumento da população produtiva e b) a universalização da infraestrutura de irrigação para os pequenos agricultores.
No tocante ao primeiro ponto, o movimento foi exitoso: promoveu o assentamento de cerca de 2,8 mil famílias em 32 áreas ao longo do São Francisco. Já quanto à instalação, consolidação ou expansão da infraestrutura de irrigação nos assentamentos, o principal problema é a lentidão e a burocracia dos órgãos federais (Incra e Codevasf), afirma o MST. Diante disto, o movimento passou a investir pesadamente em negociações com o governo estadual de Eduardo Campos (PSB).
Em reunião realizada no início de novembro entre representantes dos 18 assentamentos da BR-428 (que liga Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista), dirigentes do MST e da Secretaria de Agricultura do Estado no assentamento Vitória – que, com 16 anos e 260 famílias, ainda não tem abastecimento de água para consumo humano –, os agricultores pontuaram os principais entraves ao desenvolvimento de boa parte dos assentamentos da região.
No caso do Vitória, que ocupou a área de um projeto (falido) de 260 hectares de acerola, coco, manga e goiaba, a antiga estrutura de irrigação por pivô central era tão dispendiosa em energia que os mesmos custos que causaram a falência da fazenda mergulharam os assentados em uma dívida que levou ao corte da eletricidade por anos e só foi quitada em 2012. Agora, o assentamento quer celeridade na revitalização dos 2 km da adutora já existente e um novo modelo de irrigação, mais econômico e viável. “Temos um projeto com a Codevasf, mas faz dois anos que estamos esperando a implementação. Temos 300 hectares de terra pronta, limpa e preparada para o plantio, e só estamos esperando a água chegar”, explica uma das lideranças do assentamento.
Acostumado a se mover com desenvoltura no tabuleiro político-partidário nacional, o MST é estratégico ao privilegiar o governo de Eduardo Campos, presidente do PSB – cujos bons resultados nas últimas eleições municipais fortaleceram o partido e suas chances no pleito de 2014 – como principal interlocutor em Pernambuco. Na reunião de novembro, o dirigente nacional do movimento Jaime Amorim foi direto ao ponto: assentamentos e assentados são um enorme potencial do ponto de vista político – nas eleições municipais houve apoio do MST a vários candidatos do PSB na região –, mas é preciso investimento na melhoria da capacidade produtiva e da qualidade de vida dos agricultores. A resposta às demandas não foi menos direta: vamos fazer; e o que extrapolar as possibilidades orçamentárias do Estado será cobrado politicamente da Codevasf.
Política à parte, para entender melhor o projeto socioeconômico do MST, pode-se tomar como exemplo o caso do assentamento Safra. Atualmente com 220 famílias, o Safra foi fruto da primeira ocupação do movimento no sudeste pernambucano em 1995, que reuniu cerca de 2,5 mil pessoas. Enquanto as famílias excedentes, que não puderam permanecer na área, foram conquistando novas terras (na sequencia do Safra, surgiram nove novos assentamentos do MST na região), as que permaneceram receberam cada uma 10 hectares. Destes, apenas 1,1 hectare por família é irrigado.
Diferente de São José do Vale, onde grande parte dos assentados já trabalhava em projetos de produção de uva (o que acabou consolidando a cultura como principal atividade do assentamento), o Safra é formado majoritariamente por ex-meeiros, explica o assentado José Felizberto.
 Nascido em Pena Forte, no Ceará, seu José é uma das lideranças mais antigas do Safra. Como tantos outros, ele fugiu da grande seca que se abateu sobre a terra natal entre 1975 e 1977, e em Pernambuco foi tocando a vida como pequeno arrendatário em fazendas alheias. “Um dia apareceu pras nossas bandas o Levi [um dos primeiros dirigentes do MST no Estado], falando de coisas como conquistar um pedaço de terra e vida digna. Gostei. Marcamos o dia da ocupação, mas quando chegamos na fazenda a polícia já estava esperando na cancela. Aí o Levi cortou a cerca e fomos todos pra beira do rio”, conta o assentado. Para evitar o despejo, os sem-terra permaneceram acampados às margens do São Francisco – área de Marinha pertencente à União e, portanto, imune ao pedido de reintegração de posse por parte do fazendeiro – por um ano, até a desapropriação e destinação para fins de reforma agrária das terras.
Anfitrião zeloso (e orgulhoso), seu José oferece uma visita guiada à parte irrigada do assentamento, cerca de 300 hectares com cultivo predominante de goiaba, manga, mamão, melancia e culturas de subsistência, como feijão, milho e macaxeira.
O Safra é verdadeiramente bonito. Deixando-se a agrovila com suas ruas arborizadas, casas bem cuidadas e quintais floridos, passa-se imediatamente às áreas de roça. Aqui, a lógica do sertão-miséria foi revirada do avesso. Contrariando as estatísticas que apontam perda total da produção de grãos no Estado por conta da estiagem, os milharais crescem vigorosos. Ladeada de coqueiros carregados, a roça de macaxeira consorciada com mangueiras recém plantadas irradia verdes de todas as tonalidades. Até mesmo os pequenos trechos de vegetação nativa são suáveis e gentis, oferecendo sombra em lugar da dureza ressequida que caracteriza a Caatinga nesta época do ano. E é em um desses “bosques” que seu José surpreende um grupo festivo em almoço familiar (porque era sábado), e apresenta Gilmar Lucas da Silva, dono do lote.
Conhecido entre os amigos como Amado Batista, Gilmar é considerado um conversador de primeira. Baiano de Belém de São Francisco, perdeu a mãe cedo e, aos 16 anos, assumiu a criação de seis irmãos. Foi trabalhar de meeiro em Itaparica, mas a construção de uma hidrelétrica inundou a fazenda do patrão e acabou com seu ganha-pão. Assim como muitos outros, não recebeu indenização alguma e seguiu na vida sem quase nada além de uma capacidade monumental de trabalhar.
Aos 23 anos, Gilmar se casou. Ainda cuidava de dois irmãos, mas logo vieram seus próprios filhos, cinco no total. “Quando surgiu a oportunidade de conseguir uma terrinha no assentamento, pensei: passar necessidade no que é seu é melhor do que bucho cheio na terra dos outros. E vim”.
Caminhando pelas plantações de goiaba e mamão irrigados, sua principal fonte de renda, o baiano conta das desventuras e venturas que lhe aconteceram depois que fincou pé no Safra. Pegar o jeito do cultivo irrigado deu um pouco de trabalho e muitas despesas – foram R$ 6,5 mil de gastos só com canos, e no início a conta da energia chegava a R$ 240/mês (hoje é de R$ 70) -, mas a vida mudou muito. “Hoje tenho casa com água e luz, antes era barraco de taipa e candeeiro”, ri. Mas a maior felicidade, confidencia, é ter dois filhos formados como técnicos agrícolas e um, o mais velho, estudante de medicina em Cuba.
“Filho médico é merecimento que a gente tem”, explica. Mas tem que cuidar: “Comprei um computador pra ele e todo mês tento mandar um dinheirinho, porque sabe como é: médico tem que estudar demais, o menino mora em um alojamento coletivo, mas precisa comprar suas coisinhas. Então não tem jeito, às vezes fico devendo na loja. Mas nunca por muito tempo”.
Pelos cálculos do presidente da associação dos assentados do Safra, Samuel Ferreira Barbalho, a renda média das famílias gira em torno de R$ 800/mês. “Aqui ninguém precisa de cesta básica, e apenas seis famílias ainda dependem de ajuda do governo para sobreviver. É verdade que 60% recebem bolsa-família, mas é apenas para ajudar na permanência das crianças na escola”, explica. Prioridade máxima, o projeto de educação no Safra inclui uma escola para todas as crianças até a 8ª série, além de duas turmas do projeto Saberes da Terra (espécie de supletivo de 5ª a 8ª séries, com ensino voltado à realidade dos agricultores familiares) para jovens entre 18 e 25 anos.Além disso, todos os educadores do assentamento estão cursando pós-graduação em educação no campo.
A maior preocupação do Safra, no entanto,  é estender a estrutura de irrigação para os 1.100 hectares restantes do assentamento, cultivados parcialmente apenas na época das chuvas. Uma adutora para levar água a 400 hectares já existe há cerca de cinco anos, mas nunca chegou a funcionar, e agora está avariada. Aproveitando a reunião com o secretario de Agricultura do Estado naquele mesmo dia, Samuel apresentou a demanda por verbas para ativação da adutora, mas ponderou que, simultaneamente, existe a necessidade de instalação de um sistema de drenagem, devido à ameaça de salinização das áreas irrigadas (ver box). Arrancou do governo a promessa de uma visita à área na semana seguinte.
Ver o verde “tomar de conta” também a área de sequeiro do Safra é o sonho de muita gente. João Leite, outro veterano do assentamento, lembra com saudade dos primórdios, mas se diz preparado para as pelejas do presente. “A nossa foi a melhor luta do Vale do São Francisco. O Safra foi onde tudo começou, tem o melhor solo de todos. Mas agora queremos mais, temos mais de mil hectares pra irrigar, e vamos à luta”. Já Samuel sonha alto. “Quando começar a funcionar este novo sistema de irrigação, calculamos que a renda mensal familiar saltará para cerca de R$ 2 mil. E mais: com apenas 400 hectares irrigados adicionais, podemos gerar cerca de mil empregos. Na época da colheita, esta demanda dobra. Aqui vai ter trabalho e renda suficiente para todos”.