sábado, 1 de novembro de 2014

Operação retira 22 caminhões de lixo de casa de acumuladora em Limeira


Uma idosa de 70 anos acumulava dentro de casa lixo e objetos suficientes para preencher 22 caminhões, na Vila Queiroz, em Limeira (SP). Desde terça-feira (8) até quarta-feira (29), uma ação da Prefeitura retira os materiais do local e faz o transporte até o aterro da cidade. Móveis antigos, caixas, tecidos, bolsas, roupas, itens de cozinha, entre outros objetos estavam espalhados pelos cômodos e no quintal da residência, segundo a administração municipal. Uma pilha de lixo ultrapassava a altura do muro do imóvel.


Na cozinha da casa, por exemplo, não havia mais espaço em cima da pia e da mesa, que estavam cobertas de objetos como potes, panelas, garrafas, caixas, panos e até embalagens de produtos de limpeza. No quarto da idosa, a situação era semelhante. Havia roupas, caixas de papelão, toalhas e até panelas, que dificultavam inclusive o acesso até a cama da moradora.

A abordagem da Vigilância Sanitária (Visa) e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foi necessária após o governo notificar e até aplicar duas multas à idosa. Mesmo assim, de acordo com a Prefeitura, ela não limpava o local. "Acionamos a Justiça e conseguimos uma autorização judicial, pois o lugar apresentava risco iminente à saúde pública, além do risco de incêndio”, disse o diretor da Visa, Alexandre Ferrari.

Também segundo o diretor, houve a necessidade de derrubar uma parte do muro da casa para que uma retroescavadeira conseguisse entrar para realizar a limpeza. Segundo Ferrari, a moradora apresenta "uma compulsão muito forte por acumular todo tipo de objeto". Até às 17h desta terça, os materiais haviam preenchido 12 caminhões. Nesta quarta, a ação deve retirar mais 10 caminhões cheios, segundo o diretor.

Água parada
Além do lixo acumulado, havia recipientes com água parada espalhados pelo quintal da residência. No entanto, conforme informações do CCZ, nenhum deles tinha larvas do mosquito que transmite a dengue.

O Centro de Promoção Social (Ceprosom) acompanhou toda a abordagem. De acordo com a Prefeitura, a idosa faz acompanhamento no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) e o caso será levado ao Conselho de Idoso para que "novas providências sejam tomadas", mas a Prefeitura não informou que tipo de procedimentos serão adotados.

Sigilo
O governo municipal não divulgou o nome nem qualquer
contato da idosa e disse também não poderia informar mais detalhes sobre a saúde física ou mental da mulher por razões de "sigilo médico".

Fonte: G1 Piracicaba e região
Fotos: Wagner Morente/Prefeitura

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