segunda-feira, 11 de julho de 2016

DEPOIS DE 05 ANOS, MÃE AINDA BUSCA PELO O FILHO

No último domingo (10), o assassinato brutal da menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, ocorrido dentro do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, onde ela estudava, completou sete meses sem nenhuma resposta quanto à autoria do responsável – ou responsáveis – pelo crime. Mas não é apenas a família de Beatriz que vive a dor da perda da menina. A comunitária Luciana Neuza Alípio, de 29 anos, também vive atormentada por um grande mistério.
Há mais de cinco anos ela encampa uma luta sem tréguas na busca pelo seu filho desaparecido da comunidade ribeirinha da Ilha do Porto, próximo ao Balneário das Pedrinhas. Na época o garoto, Gustavo Henrique, tinha apenas um ano e oito meses.
Em entrevista ao Programa ‘Manhã no Vale’, da Rádio Jornal, nesta segunda-feira (11), Luciana acusa a ex-patroa dela, Helen Teixeira, de estar por trás do desaparecimento do seu filho. À época, Luciana e o marido trabalhavam na ilha, de propriedade de Helen e do marido. Ela contou ter deixou o menino sob a responsabilidade da ex-patroa, enquanto lavava roupas a pedido de Helen.
O pai de Gustavo também foi acionado pelo marido de Helen para cuidar de outros serviços na ilha. Foi nesse intervalo de tempo que o menino desapareceu. Luciana levanta fortes suspeitas de que o filho tenha sido entregue a um casal de São Paulo, que estava na ilha a convite dos proprietários, e coincidentemente foi embora logo após o fato. O delegado responsável pelas investigações, Agílio Marques, encerrou o inquérito policial concluindo que Gustavo morreu afogado. “Ele justificou que o corpo do meu filho foi comido pelos peixes. Mas não desistirei. Tenho certeza que meu filho está vivo. Não existe crime perfeito. O que existe é crime mal investigado”, desabafou Luciana, sem conter a emoção.
Pistas
Ela disse ainda que, por se tratar de uma família humilde, o caso não tem a devida atenção das autoridades como deveria. “A justiça está do lado de quem tem (recursos)”, criticou. Luciana revelou ainda que muitas pessoas da comunidade sabem o que aconteceu naquele dia e pediu, encarecidamente, a colaboração de quem puder ajudar a esclarecer o mistério. Atualmente Luciana tem uma filha de pouco mais de quatro anos. Ainda assim, ela confessa que só conseguirá ter  uma alegria por completo quando reencontrar o menino.

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