sexta-feira, 17 de junho de 2016

Envolvidos em homicídio cruel são julgados nesta sexta


Na sexta-feira, 17, a partir das 8h, serão julgados Enedina Aparecida Borges, Megue Aparecida Borges, Alcimar de Melo e Caio Arruda denunciados pelo MP pela prática de homicídio consumado e qualificado pelo motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima Danilo José Freitas. Os envolvidos prevalecendo-se de relações domésticas destruíram o cadáver da vítima. O fato ocorreu em 22 de outubro de 2013, às 22h, na Fazenda Monte Alto e, em uma estrada vicinal que dá acesso à Cachoeira da Ventania, zona rural de Araxá. De acordo com a denúncia, a vítima e Enedina conviveram em união estável por mais de quinze anos. Como Danilo manteve relacionamento amoroso com outra mulher que gerou filhos gêmeos dele, Enedina furiosa planejou matá-lo e exteriorizou esta intenção para a filha Megue, que aderiu ao macabro plano e se valeu do companheiro Alcimar. Os três chegaram a contratar a testemunha Wesley Eugênio Lúcio para a empreitada criminosa, mas este se esquivou da execução mediante evasivas, restando-lhes cooptar o auxílio do também réu Caio para que o homicídio finalmente acontecesse. 

No dia do crime, a vítima teria que vir para a zona urbana de Araxá pagar a pensão alimentícia dos filhos. Então, Enedina valeu-se desse compromisso para também ir à cidade na companhia dele e sob o pretexto de uma consulta médica. Ela combinou com a filha Megue que na volta parariam como de hábito num bar situado na Boca da Mata, antes de retornarem até a fazenda em que residiam. No bar, Enedina buscou o neto de quatro anos, enquanto Danilo se embriagava e Megue e Alcimar buscavam Caio para atocaia-lo ao chegar à Fazenda Morro Alto. Danilo chegou à propriedade com Enedina e a criança Ataídes, neto dela. 

Ainda dentro do veículo, Enedina desferiu uma facada em Danilo e se retirou em seguida com a criança. Danilo tentou fugir em vão, saiu do carro e já recebeu um golpe com a barra de ferro portada por Caio que o atingiu na nuca e na cabeça. Enedina retornou do interior da casa com uma espingarda que entregou a Alcimar que deu golpes com o cano em Danilo, desmaiando-o. Alcimar e Caio colocaram a vítima no porta-malas do carro com o auxílio de Megue para desová-lo. Então, constatando que Danilo ainda estava vivo porque se mexia no interior do porta-malas, Megue deu uma faca a Alcimar que de novo o golpeou na parte posterior do pescoço, desacordando-o novamente. Eles pararam com o carro num matagal, quando perceberam que Danilo conseguira sair do porta-malas e estava no banco detrás do carro, então, Caio transfixou-lhe o pescoço com novo golpe de faca quase o degolando e, finalmente, o matou. Depois, ele e Alcimar encharcaram um pano com álcool e atearam fogo no interior do veículo com o intuito de carbonizar o cadáver da vítima, evadindo-se do local. Caio recebeu como pagamento pelo homicídio uma motocicleta que pertencia à vítima.  Os acusados foram presos temporariamente em 28 de novembro de 2013. Depois, a prisão foi convertida em preventiva e agora serão julgados pelo crime.

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