sexta-feira, 13 de novembro de 2015

PISQUILA FOI EXECUTADO POR MEMBRO DO PCM DE INHUMAS

Mais duas denúncias foram oferecida pelo Ministério Público de Goiás contra integrantes da quadrilha denominada Primeiro Comando da Maloca (PCM), nome dado em razão de os integrantes do grupo serem moradores dos setores Vila América e Vila São José, em Inhumas, região conhecida como “Maloca”. As duas denúncias são por crimes de homicídio qualificado.
Uma das denúncias é contra Matheus Henrique Augusto de Sousa e Ítallo Gonçalves de Jesus, que são acusados da morte de Cléber Júlio de Paula, conhecido como “Pisquila”. O promotor de Justiça Carlos Alberto Fonseca, em substituição na 3ª Promotoria de Justiça de Inhumas, sustenta que no dia 22 de abril desse ano, a dupla estava próxima ao Bar do Bila, no Setor Santa Marta, junto com um adolescente, quando efetuaram diversos disparos contra a vítima.
Consta na denúncia que Pisquila tentou fugir entrando em uma residência próxima, mas Matheus Henrique o perseguiu e efetuou vários disparos contra ele, que morreu no local. Eles empreenderam fuga em seguida, uma vez que Ítallo de Jesus e o adolescente estavam em um carro dando cobertura para a ação. O carro utilizado no crime foi conseguido em permuta com um receptador, que recebeu dos réus um Gol que havia sido roubado dias antes por eles em Trindade.
Ao ser interrogado pela polícia, Ítallo confessou que participou do homicídio, que foi praticado por motivo fútil, decorrente de uma rixa existente entre dois setores da cidade, a Vila América, conhecida como Maloca, onde os denunciados moram, e a Vila Guerra, onde a vítima morava. Desse modo, Matheus e Ítallo estão sendo denunciados por homicídio qualificado, receptação e corrupção de menores (em relação ao adolescente que os acompanhava).
Mais um homicídio
A outra denúncia oferecida pelo promotor Carlos Alberto Fonseca é também contra Ítallo de Jesus e outros três réus, Diego César da Silva, conhecido como Charuto; Tyago Vinícius da Silva, o “Tiago Paulista”, e Kaíque Leão do Nascimento, apelidado de Gordinho. Segundo apurado, no dia 15 de abril, Diego e Tyago estavam em um posto de combustíveis quando identificaram a vítima, Wanderson Custódio dos Santos, que já estava saindo do local.
Eles o seguiram e pediram que ele parasse o veículo, o que foi atendido. Neste momento, Tyago desceu do carro como se fosse conversar com Wanderson Santos e, inesperadamente, efetuou dois disparos contra a vítima, que morreu no local. Apurou-se ainda que a dupla agiu a mando de Kaíque do Nascimento e utilizou uma arma de fogo cedida por Ítallo de Jesus. 
O motivo do crime seria o fato de, dias antes, Kaíque haver se desentendido com a vítima por um motivo banal, razão pela qual juntou-se a Diego, que é seu primo, para perseguir e matar Wanderson. Os quatro foram denunciados por homicídio qualificado.
Atualmente, Ítallo e Kaíque estão na unidade prisional de Inhumas. Já Tyago da Silva, que cumpria pena no regime semiaberto na cadeia do município, não se apresentou na unidade desde o dia 14 de abril, o que, para o promotor, corrobora em comprovar sua participação no homicídio. 
Assim, foi requerida ainda a decretação de prisão preventiva de Kaíque e Ítallo e a manutenção da prisão preventiva já decretada de Tyago e Diego. (Texto: Cristina Rosa / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO - foto: Banco de Imagem)
RELEMBRANDO O CASO:

Jovens são presos suspeitos de matar rivais e exibir fotos de vítimas:

Grupo trocava mensagens de celular para combinar crimes em Inhumas, GO.
'Vou dar [tiro] na nuca para largar de ser trouxa', enviou suspeito a amigo.


“Eles são frios e agiam sempre com muita crueldade. Combinavam de matar as vítimas por mensagem de celular e compartilhavam as fotos dos crimes entre eles", disse, nesta quarta-feira (26), o delegado Humberto Teófilo de Menezes Neto durante a apresentação da quadrilha.
Em uma das mensagens, um dos suspeitos escreveu: “Vo começa a mata agora [...] fica olhando mano (sic)”. Já em uma mensagem de voz, o mesmo rapaz planeja a morte de outro rival: “Ele vai vir pegar na minha mão e eu vou sentar o pau. Vou dar [tiro] na nuca para largar de ser trouxa”, disse.
As prisões dos quatro suspeitos começaram a ser feitas na última semana e só foram concluídas no domingo (23). Foram detidos Matheus Henrique Augusto de Souza, 19, apontado como líder do grupo, Itallo Gonçalves de Jesus, 18, Edson da Silva Junior, 20 e Kaíque Leão do Nascimento, 21. A polícia ainda procura dois integrantes da quadrilha que estão foragidos.
Crimes
O delegado responsável pelo caso explicou que o grupo agia há pelo menos um ano na cidade, mas que passou a cometer os homicídios em fevereiro deste ano.

"Nós prendemos um usuário de drogas que tinha ligação com o tráfico. Ele delatou o Edson, mas o grupo acabou matando ele. Uma testemunha desse homicídio procurou a polícia para dar informações sobre o crime e também acabou assassinada pelo grupo”, explicou Neto.
Segundo a polícia, além de queima de arquivo, a quadrilha também disputava com um grupo inimigo o controle do tráfico de drogas e do roubo de veículos.
"Uma das vítimas morava em um bairro rival [ao dos suspeitos]. O grupo do Matheus o viu em um bar e começou a atirar. Mesmo ferido, ele correu, invadiu uma casa para tentar esconder, mas foi executado com 15 tiros na frente dos moradores", relatou.
As investigações apontam que a quadrilha sempre usava carros roubados para cometer crimes. O delegado explicou que esses veículos geralmente eram furtados em outras cidades. Após matar as vítimas, os suspeitos abandonavam os automóveis com o objetivo de despistar os policiais.
Durante a apresentação, Matheus negou o crime. "Foi uma armação contra mim, não tenho envolvimento com nada". Os outros suspeitos não quiseram se manifestar.
Presos do semiaberto
Todos os suspeitos já possuíam passagens pela polícia por crimes como roubo e tráfico de drogas. Edson e Kaíque cumpriam pena no regime semiaberto: o primeiro por tráfico de drogas o segundo, tentativa de homicídio.

De acordo com o delegado, cada um dos integrantes da quadrilha deve ser indiciado por 12 crimes, como homicídio, roubo, receptação e associação criminosa. "Cada um deve ficar preso pelo menos 60 anos se for condenado", disse o investigador.

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