segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Sargentos da PM de Goiás foram contratados para dar fim a cigano ; veja vídeo

O PM Marcelo Vieira foi morto pelo filho da vítima
Um tiroteio ocorrido no meio da rua, na tarde deste domingo (04), em Linhares, culminou com a morte de um policial militar do estado de Goiás e de um cigano. Um outro PM, também de Goiás, foi ferido na troca de tiros.
Segundo o titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Linhares, André Jaretta Ardison, os militares vieram ao Estado com o objetivo de assassinar o cigano, identificado como Valdeir e conhecido como Cigano Lopes. Eles teriam sido contratados por outros ciganos de Goiás para matar Valdeir.
O que a dupla não esperava era a reação do filho da vítima, que estava com o pai no momento do crime. O homem estava armado e viu quando o pai foi assassinado. Ele sacou um revólver e atirou contra os sargentos Marcelo Vieira, de 39 anos, que morreu na hora, e em Jorgelino Rodrigues da Silva, 45, que foi socorrido para o Hospital Rio Doce.
"O alvo dos atiradores era o cigano. Eles chegaram com o intuito de matar a vítima e conseguiram acertá-lo, mas, logo em seguida, o que não esperavam: um filho de Valdeir, que estava próximo, viu a ação, reagiu, em tese em legítima defesa, vindo a matar um dos autores e ferindo gravemente o outro", explicou.
O motivo do crime seria uma desavença entre a família da vítima e ciganos que moram em Goiânia. "Os primeiros levantamentos do caso indicam que alguém da família de Valdeir teve um problema com outros ciganos de Goiás. Ainda não se sabe o que motivou esse problema entre eles".

A família da vítima, segundo o delegado, saiu de Goiás para Bahia e, depois, veio para o Espírito Santo. Os ciganos estavam em Linhares há 15 dias. Para o delegado, o crime foi planejado.
"As investigações mostram que um dos policiais já tinha chegado há uns 10 dias em Linhares e estava hospedado em um hotel da cidade. Ele realizou levantamentos, como a rotina do cigano, para fazer uma execução perfeita”, contou.
Jaretta explicou que, a princípio, Marcelo veio de Goiás em um Fiat Strada e, aqui instalado, conseguiu uma motocicleta na cidade de Viana. 
Posteriormente, ele veio da Grande Vitória trazendo a motocicleta em cima da picape. Já o Jorgelino teria chegado no sábado de avião. "certamente, após o crime, eles abandonariam a moto e fugiriam com a Strada".
Autuação
O sargento ferido foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e encontra-se sob escolta policial no hospital. "Caso venha sobreviver e receba alta, ele será encaminhado ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar".
Jaretta disse ainda que o filho da vítima não é considerado foragido porque não há mandado de prisão contra ele. "Em tese ele tentou defender o seu pai que estava sofrendo os disparos", disse.
A Assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Goiás esclareceu que foi um fato isolado envolvendo dois integrantes da PM do Estado. Disse ainda que o sargento Marcelo se encontrava afastado por licença médica e o sargento Jorgelino, de férias.
Ainda segundo a PM de Goiás, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo e será acompanhado pela Corregedoria e pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Goiás.


Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (05), o titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Linhares (DCCV), André Jaretta, revelou que os militares envolvidos numa troca de tiros em Bebedouro são dois sargentos da Polícia Militar de Goiás. Marcelo Vieira, de 40 anos, que estava de licença médica, e foi morto, e Jorgelino Rodrigues da Silva, de 45 anos, que estava de férias, teriam sido contratados para dar fim ao cigano de pré-nome Valdeir ou Cigano Lopes e que residia no distrito há 15 dias. A motivação do crime, segundo Jaretta, teria sido um desentendimento entre a vítima e ciganos do estado de Goiás. O filho do cigano ainda não se apresentou à Polícia e ainda não foi identificado.

O corpo da vítima ainda não foi reconhecido e continua no Serviço Médico Legal de Linhares. Jorgelino está internado em estado grave no Hospital Rio Doce sob a escolta da Polícia Militar e teria sido o autor dos disparos. Segundo Jaretta ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e se condenado poderá pegar de 20 a 30 anos de prisão. Ao receber alta, Jorgelino será encaminhado para o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo.

Um exame de balística irá indicar que se a pistola .40 utilizada pelo policial era da corporação goiana. O filho do cigano utilizou uma pistola 9mm e nenhuma das duas armas foram localizadas. Apenas um revólver calibre 38, que estava nas proximidades da moto, foi recolhido pela perícia. O filho do cigano, que teria agido em legítima defesa, ainda não se apresentou à Polícia. "Tudo indica que ele agiu em legítima defesa e não há o desejo de prendê-lo, já que nem há mandado de prisão expedido contra ele”, disse o delegado.

Strada é apreendido

Jaretta informou que um Fiat Strada de cor preta, placas HCM 0686, da cidade de Itumbiara (GO), foi apreendido na manhã de hoje e era utilizado pelos policiais. Foi este carro que transportou a moto utilizada no crime da Grande Vitória até Bebedouro. As primeiras investigações apontam que Marcelo teria chegado a Linhares no dia 29 de setembro e se hospedado num hotel da região para conhecer a rotina da vítima. Já Jorgelino chegou no último sábado, provavelmente de avião e se encontrou com Marcelo. Eles teriam seguido para Linhares no domingo no Fiat Strada já para executar a vítima. 

"Acredito que eles iriam abandonar a moto e em seguir fugir no Strada que estava estacionado numa rua próxima ao crime”, acrescentou Jaretta. Nem o veículo e nem a moto não possuem restrição de furto ou roubo. Dentro do veículo apreendido, os policiais civis encontraram vários objetos como um binóculo. As primeiras apurações da Polícia Civil indicam que o possível autor dos disparos foi Jorgelino.

PM de Goiás se manifesta

A Polícia Militar de Goiás se manifestou por meio de Nota e informou que o crime trata-se de um fato isolado. De acordo com a PM, o caso é investigado pela Polícia Civil do Espírito Santo e será acompanhado pela Corregedoria e o Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Goiás. A Nota é assinada pelo Tenente Coronel Ricardo Mendes.


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