sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Oficial conclama policiais a matar executores de filho de PM e até seus familiares

O assassinato de um filho de policiais militares na noite de segunda-feira (14) produziu reações violentas de integrantes das duas polícias. O estudante Danilo Fernandes Roriz, de 19 anos, foi morto por volta das 22 horas de segunda-feira com uma rajada de pistola 9 milímetros, quando conversava com amigas na Praça do Violeiro, Setor Urias Magalhães, e um outro rapaz chegou e falou com eles. Investigadores acreditam que o alvo do homicídio era esse outro jovem e que o filho do militar morreu por engano. O jovem era filho do capitão Ricardo Roriz e da sargento Beatriz Roriz, ambos da Polícia Militar. As circunstâncias do homicídio ainda estão sendo apuradas, mas o jovem não tinha antecedentes criminais nem envolvimento com criminosos.
A reação quanto ao homicídio foi imediata e na manhã de ontem outro oficial postou uma mensagem de áudio no grupo de policiais dos grupos de intervenção rápida, conclamando-os a se unirem para vingar a morte do rapaz. O major PM Carlos Eduardo Belelli, que estava no interior, comentou no grupo que eles deveriam unir as forças para descobrir os autores do assassinato e executar todos, inclusive suas famílias.
A amigos o major Belelli comentou que os autores do homicídio não devem “receber voz de prisão”, ao contrário. Segundo ele os criminosos devem ser mortos de pronto quando forem identificados e que a sentença de morte deve ser estendida a seus familiares. “Se estão matando policiais e familiares devemos matar seus familiares também”, frisou ele.
A transcrição integral do áudio de 56 segundos tem a voz indefectível do major Belelli, que não negou a autoria da conclamação e tem o seguinte teor:
“Pessoal, é o major Belelli, eu tô [sic] aqui na 14ª Companhia, acabei de falar agora com o (capitão Ricardo) Roriz e eu peço aí a todo mundo, inclusive eu tô [sic] indo pra Goiânia também e já conversei com ele. Eu peço a todo mundo, os irmãos aí, vamos nos unir aí nessa hora né, esquecer os problemas pessoais, profissionais, as diferenças de categoria. Vamos todo mundo unir aí e vamos achar esse pessoal (que assassinaram o filho do capitão). Eu acho que nós entramos na polícia e nós enfrentarmos o problema é normal, mas agora mexer com família da gente, com filho da gente, aí não. Aí eu acho que passou dos limites. Vamos todo mundo unir e vamos atrás, vamos achar. Eu acho que tem de matar uns caras desses, matar a família, matar todo mundo. Mexer com filho não, aí é o fim do mundo, então vamos unir todo mundo aí e qualquer informação vamos passar pra rede aí, por favor. Obrigado, aí. Major Belelli”.
Texto, Foto e Fonte: Diário da Manhã

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