quinta-feira, 25 de junho de 2015

Ronaldo Caiado é desmascarado e amarga uma vergonha nacional mais uma vez!

A divulgação do documento foi feita pela rede social do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
O link que Ronaldo Caiado se refere (abaixo – grifado em azul) foi retirado do ar “estranhamente”
HabeasCorpus250615
“Lula ‘Brahma’ quer escapar da responsabilidade no escândalo do Petrolão/Lava Jato. Habeas Corpus prova que o ‘chefe’ foi identificado”, escreveu o parlamentar.
Um habeas corpus preventivo impetrado na Justiça Federal pede que o ex-presidente Lula não seja preso na Operação Lava Jato. O documento é do fim da tarde desta quarta-feira 24, mas de acordo com o Instituto Lula, não foi impetrado pelo petista.
Segundo a entidade, que respondeu à Folha de S. Paulo, qualquer cidadão poderia fazer isso. O instituto vê a ação como de “alguém preocupado com o ex-presidente” ou “como uma provocação”.
O Instituto Lula declarou que estranha que sua divulgação parta do senador Ronaldo Caiado, respondeu, em nota, o instituto, que concluiu que “o ex-presidente não é investigado na operação Lava-Jato”.
(BR29 com informações do Brasil 247)
No fim da manhã de hoje Folha de S. Paulo publicou uma notícia espetacular: "Lula pede à Justiça para não ser preso por juiz da Operação Lava Jato," dizia o titulo.
O site do senador Ronaldo Caiado (DEM-MS) divulgou a história. Eram 12:52 quando o roqueiro Roger celebrou no twitter: "Choro antecipado", disse o neo-golpista.
O problema é que se tratava de uma mentira. O pedido de habeas corpus a favor de Lula não foi uma iniciativa do ex-presidente nem de qualquer pessoa próxima.
Foi uma iniciativa de um cidadão de Campinas chamado Marcelo Ramos Thomaz, que entrou com o pedido na Justiça do Rio Grande do Sul. Marcelo apresenta-se como consultor e já fez isso outras vezes, embora com cidadãos menos famosos. Já entrou com um pedido de habeas corpus para Nestor Cerveró, condenado pela Lava Jato. Também apresentou o mesmo pedido para a secretaria Simone de Vasconcelos, denunciada na AP 470.
A comemoração antes da hora dos adversários do PT apenas reforça a necessidade de um cuidado elementar do jornalismo.
Se é necessário conferir toda notícia antes de sua publicação, é indispensável fazer uma checagem reforçada quando ela envolve uma personalidade de envergadura, quando cada informação — seja falsa, seja verdadeira — pode ter consequências maiores.
Outro cuidado envolve personalidades que não se encontram na lista dos mais queridos de uma publicação. A tentação de publicar uma notícia que agrade a direção é sempre maior. Exige mais cuidado de apuração, portanto.
O saldo é criar uma anedota inesquecível, como a de Mark Twain, que, ao ler num jornal a notícia da própria morte, reagiu de bom humor. Disse que era "um pouco exagerada."
A tentativa de apresentar Lula numa posição de fraqueza, sintetizada pela frase "pede para não ser preso" — como se um direito legal fosse um favor — é parte do esforço para atingir a imagem do ex-presidente. Não por acaso o guitarrista da treva celebrou.
Mesmo que Lula tivesse pedido o habeas corpus, nada mais estaria fazendo além de exercer um direito elementar dos regimes democráticos, nos quais os cidadãos podem solicitar a um juiz que garanta sua liberdade sempre que estão presos sem culpa formada. Durante a Operação Satiagraha, Daniel Dantas foi preso duas vezes sem culpa. Nas duas vezes, recebeu habeas corpus.
Descoberto o erro, a Folha corrigiu a notícia. Está certo. Mas faltou esclarecer os incautos — como o guitarrista da treva — que a notícia era falsa.
Faltou, é claro, fazer o óbvio: empenhar-se em evitar erro, o que seria possível, por exemplo, com um telefonema ao Instituto Lula. Em mensagem a ombudsman, o instituto afirmou: "Já sabemos que a suposta regra de outro lado no Manual da Folha e da checagem de informações é relativa quando se refere ao ex-presidente Lula. Mas o jornal, na figura desses dois repórteres, passou agora de qualquer limite."

Lula não entrou 
com pedido de Habeas Corpus

Sepulcro Caiado foi quem espalhou o factoide.
O senador de Goiás, Sepulcro Caiado, suspeito de ter ligações com Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres, lançou no Twitter uma informação falsa.

Lula nem o Instituto Lula entraram com o pedido de Habeas Corpus na Justiça Federal.

Lula ou o Instituto Lula não é objeto de investigação.

A não ser, no PiG.

Qualquer um pode entrar com um pedido de Habeas Corpus a favor de qualquer um.

Se houve um pedido de Habeas Corpus em favor de Lula, pode ter sido obra de um agente provocador simpático de Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres.


Paulo Henrique Amorim


Em tempo: o Conversa Afiada reproduz nota emitida pelo Instituto Lula:



É FALSA A NOTÍCIA DE QUE EX-PRESIDENTE ENTROU COM PEDIDO DE HABEAS CORPUS EM CURITIBA



Esclarecemos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não entrou com o pedido de habeas corpus impetrado em Curitiba, no dia 24/6/2015. Lembramos que esse tipo de ação pode ser feito por qualquer cidadão. Fomos informados pela imprensa da existência do Habeas Corpus e não sabemos no momento se esse ato foi feito por algum provocador para gerar um factóide.

O ex-presidente já instruiu seus advogados para que ingressem nos autos e requeiram expressamente o não conhecimento do habeas corpus.

Estranhamos que a notícia tenha partido do Twitter e Facebook do senador Ronaldo Caiado.

Em tempo2: nota do Juiz Moro: “A fim de afastar polêmicas desnecessárias, informa-se, por oportuno, que não existe, perante este Juízo, qualquer investigação em curso relativamente a condutas do Exmo. ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva”

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