segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

ELE JÁ SABIA E O POVO DE CALDAS NOVAS TAMBÉM

DIÁRIO DA MANHÃ
SILIO JUNQUEIRA
Aproveitando que nesse momento acontecem as finais dos campeonatos nacionais de futebol, e com isso é fácil ver torcedores erguerem faixas e cartolinas nas arquibancadas com a frase “Eu já sabia!”, assim também eu digo e repito: Eu já sabia que seria um fracasso total a atual administração de Caldas Novas. 
Neste mês serão completados 24 meses de total desadministração municipal – um caos, diga-se de passagem – e como fiscal do povo tenho a obrigação de narrar fatos estarrecedores que também aconteceram em seus outros dois mandatos como prefeito, e que continuam vergonhosamente acontecendo. 
Já denunciei, com provas, a compra escandalosa de pneus e câmaras de ar por parte da prefeitura de um único fornecedor. As cifras alcançam a casa dos milhões. Não obstante, é necessário citar a compra muito suspeita de materiais elétricos. Ainda na esfera administrativa é importante salientar as denúncias diárias que recebo da falta de medicamentos básicos na farmácia da prefeitura. Fato este que tentei comprovar através de fotografia, mas fui impedido de ter acesso ao “estoque” por ordem de superiores da Secretaria de Saúde. 
Por falar em saúde, o que se vê semanalmente são manchetes de jornais locais, estaduais e até nacionais sobre a as mortes que ocorreram nos centros de Saúde do município. Um caso emblemático é de uma gestante que faleceu no hospital do município e foi sepultada com o bebê dentro do ventre, sem o menor zelo possível com o a vida de um ser humano que era aguardado. 
Além das compras supersuspeitas e do caos instalado na rede municipal de Saúde, é pública e notória a falta de ética do dono da caneta municipal, que ao invés de se comportar com decência e hombridade necessários ao exercício do cargo que ocupa, prefere, segundo o Ministério Público, pedir votos utilizando-se da máquina administrativa: o prefeito de Caldas Novas é acusado do maior escândalo da história política da cidade ao utilizar funcionários públicos para angariar votos para candidatos apoiados por ele na última eleição. 
A audácia foi tão grande que pessoas carentes, simples e humildes foram convocadas para uma reunião e ouviram da boca do prefeito: “Se não votarem em meus candidatos o dinheiro vai embora.” De tão torpe a situação, o Ministério Público pediu, através de seus competentes promotores de Justiça, a condenação do distinto por improbidade administrativa, com fartas provas. 
Outra questão que veio à tona dez anos depois do ocorrido, e tomou mais uma vez as manchetes policiais de grande parte da mídia estadual, foi a suposta fraude em uma Lei Municipal que previa doação de terrenos. Caso seja comprovada a acusação feita pelo MP, todos os atos assinados pelo prefeito estão sob suspeita. É uma assinatura totalmente fantasma. 
Para finalizar, pois o espaço democrático que me é concedido não comporta a narrativa de tantas travessuras, para não dizer outro adjetivo, afirmo que com essa gama de processos e atos administrativos desplanejados, faz-se necessário afirmar que é um governo perdulário, fraco, mentiroso, apático e sem nenhuma perspectiva de melhora. 
Afirmo e vou continuar afirmando que caso o sujeito permaneça no cargo, a população estará à beira do abismo administrativo. Resta-nos confiar na justiça de Deus e na justiça do homem, pois a maior estância hidrotermal do Mundo não merece o desmazelo administrativo que atravessa. Da mesma forma que o mais alto escalão da República foi parar na Papuda, e os mais altos executivos do País estão presos através da Operação Lava Jato, pode-se supor que as peripécias acontecidas em Caldas Novas parem no Cepaigo. Mesmo antes que a farra com o dinheiro público começasse, eu já sabia.
(Silio Junqueira, bacharel em Direito, vereador em Caldas Novas)

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