quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Professor de Universidade faz discurso racista

Momentos antes da manifestação, por volta das 15h, o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, anunciou que a primeira ação já foi tomada pela universidade com o afastamento do professor Manoel Luiz Malaguti, que não dará mais aula para a turma de Ciências Sociais. A decisão, segundo ele, foi em comum acordo com o centro do curso. 

Centoducatte também informou que a Ufes abriu sindicância para apurar a denúncia de racismo protocolada pelos estudantes contra o professor e de um inquérito administrativo para analisar as infrações cometidas por ele, além de estabelecer sanções. O primeiro procedimento tem até 30 dias para ser concluído, mas de acordo com o reitor, o próprio docente já confirmou à imprensa que deu as declarações sobre o sistema de cotas, por isso o processo pode durar menos tempo. Já o inquérito administrativo pode durar até 90 dias.

“É constrangedor. Para nós, traz um sentimento de perplexidade”, declarou Centoducatte sobre as afirmações de Malaguti. Ele enfatizou que a Ufes foi uma das primeiras universidades a aderir ao sistema de cotas, em 2007, antes de ser implementada a lei de reserva de vagas nas instituições federais. “A nossa universidade é contra qualquer tipo de discriminação racial, social, opção sexual ou de gênero”, ressaltou o reitor. 

O professor de economia já possui alguns processos administrativos na universidade por não dar aula e não comparecer a reuniões de departamento. 

MPF vai apurar conduta de professor 
O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) instaurou procedimento investigativo criminal que vai apurar a conduta de professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) por ato de racismo.

A apuração será conduzida pelo procurador da República Ercias Rodrigues de Sousa que expediu ofício, nesta quarta-feira (05), para o reitor da Ufes solicitando que em 48 horas a Universidade apresente o nome do professor; a lista de presença do último dia 03 de novembro da disciplina de Introdução à Economia Política, do 2º período do curso de Ciências Sociais; e a cópia da representação dos alunos da Ufes solicitando a apuração das ofensas que teriam sido proferidas pelo professor. O procurador também solicitou informações quanto às providências internas já adotadas pela Ufes.

“Solicitamos informações ao reitor da Ufes e a partir daí vamos ouvir os alunos que presenciaram o fato e também o professor”, explica o procurador da República Ercias Rodrigues de Sousa.



O procedimento do MPF/ES foi instaurado após representação apresentada pelo desembargador Willian Silva, noticiando que “um professor do Departamento de Economia da Ufes, lecionando aos alunos de Ciências Sociais adotou um discurso evidentemente preconceituoso em relação aos alunos negros, destacando a necessidade de utilizar linguagem mais acessível e baixar o nível do ensino para que tais discentes pudessem acompanhar a aula”.

Um comentário:

  1. MEU DEUS A CADA DIA QUE PASSA TENHO MAIS NOJO DE MINHA RAÇA E O QUE FIZERAO COM OS NEGROS,PESSO PERDAO A OS NEGROS PELO O QUE MINHA RAÇA OS FEZ....DEUS TENHA PIEDADE DOS MEUS ANSESTRAIS,POIS EU NAO TENHO.....E O QUE MAIS ME DEIXA TRISTE E VER NEGROS OPRIMINDO E BATENDO EM SUA PROPRIA RAÇA....ME PERDOE POR SER BRANCO,LES DIGO QUE EMBORA TER NASCIDO BRANCO NAO TENHO PARTICIPAÇAO DISTO...MALDITA SEJA A ESCRAVATURA! Nao tenho email do google mas nao vo ficar no anonimato meu nome é Cristiano R. Portela

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