quinta-feira, 21 de agosto de 2014

12 pessoas são presas pela polícia federal

O presidente do grupo Meio Norte, Paulo Guimarães foi conduzido pela PF em São Paulo para prestar esclarecimentos. A justiça expediu ainda mandados de condução coercitiva, um deles cumprido com o diretor financeiro da Alemanha Veículos, Luis Carlos. Ao total, 12 pessoas foram conduzidas pela Polícia Federal, duas em São Paulo e outras 10 em Teresina e Timon.

 

A maioria são pessoas do primeiro e segundo escalão do Grupo Meio Norte, entre gerentes e diretores de empresa, que seguem na sede da Polícia Federal prestando esclarecimentos.

 

Segundo a nota, o grupo que possui ampla área de atuação comercial, é investigado pela sonegação de tributos, que em 2013 chegaram ao valor de R$ 896 milhões. As investigações mostraram que a organização usava “laranjas” e empresas de offshore, sediadas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens. Para driblar a investigação o grupo realizava sucessivas mudanças nos quadros societários das empresas devedoras do fisco para afastá-las de seus verdadeiros proprietários e transferiu seus ativos para novas pessoas jurídicas também constituídas com o emprego de “laranjas” e offshores, deixando as devedoras “desmontadas”, apenas com as dívidas.

Para evitar o efetivo pagamento dos débitos tributários e impedir a persecução penal em desfavor dos responsáveis, os envolvidos nas fraudes aderiram a programas de recuperação fiscal, legalmente previstos em conformidade com a Receita Federal, arrolando, em garantia, bens de baixos custos (cadeiras e aparelhos de ar condicionado, por exemplo), com o que conseguiam estabelecer parcelas mensais ínfimas, cujo pagamento integral nunca será concretizado.

 

 

A Operação Sorte Grande contou com a participação de 85 policiais federais, entre delegados, peritos, escrivães e agentes, além de 18 auditores e quatro analistas tributários da Receita Federal.

O Grupo Meio Norte, liderado por Paulo Guimarães, atua nas áreas de comunicação (TV, rádio e jornal), venda de veículos (concessionárias), empreendimentos imobiliários (construção de shopping centers e outros imóveis), educação (faculdades) e de saúde (hospital e operadoras de plano de saúde). São cerca de 50 empresas que estariam envolvidas no esquema de fraude.

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