quarta-feira, 21 de maio de 2014

O VERDADEIRO REI DO FUTEBOL NUNCA FOI PELÉ, MAS O DIAMANTE NEGRO

Em ano de Copa do Mundo nunca é demais lembrar grandes craques do futebol brasileiro, especialmente os que marcaram toda uma geração, criaram dribles e levaram as torcidas à loucura.
Este é o caso de Leônidas da Silva, o inicialmente apelidado Homem Borracha, e, depois, com o título final de Diamante Negro.
Para os estudiosos do tema, o Diamante Negro é considerado um dos mais importantes jogadores da primeira metade do século XX. Tetracampeão carioca pelo Botafogo, em 1935, pentacampeão paulista pelo São Paulo e astro no Flamengo.
Tendo jogado no Uruguai, pelo Peñarol, ao retornar ao Brasil em 1933, foi jogar no clube carioca Vasco da Gama. Foi no Botafogo que conquistou o bicampeonato carioca e em 1939, pelo Flamengo, chegou ao tri-campeonato estadual, por três equipes diferentes. Neste último, foi um dos primeiros jogadores negros a jogar pelo clube.
Foi no início dos anos 1940 que Leônidas jogou no São Paulo, tendo sido cinco vezes Campeão Paulista, tornando-se um dos maiores ídolos do clube. Por isso foi homenageado no museu do SPFC com uma réplica de uma bicicleta que ele executou.
No Brasil, obviamente deveria haver outros tantos jogadores que criavam e desenvolviam lances de plástica no futebol, mas a conhecida Bicicleta só ganhou maior notoriedade com Leônidas da Silva, a quem se defere a autoria da jogada.
Na Copa do Mundo de 1938, pouco antes da 2ª Grande Guerra, o Diamante Negro aplicou a bicicleta com sucesso, mas o juiz da partida anulou o gol por desconhecer e considera irregular a bicicleta como recurso no futebol.
O jornalista André Ribeiro, autor da biografia "Diamante Negro", que relata em detalhes a vida do craque, diz que “não houve nada parecido na época. As manchetes eram escandalosas. O São Paulo foi buscar no Rio o que havia de melhor na época e pagou uma grande quantia para tanto”.
Faleceu em janeiro de 2004, deixando uma bela história no futebol brasileiro e ganhando, inclusive, um chocolate homônimo, da Lacta. A empresa só pagou dois contos de réis à época, sendo que Leônidas nunca mais cobrou nada pelo uso da marca.

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