quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Estudantes chamam Caiado de Latifundiário Assassino

A Faculdade de Direito da UFG e o Centro Acadêmico da mesma preparam uma palestra sobre “Reforma Política” com Ronaldo Caiado no dia 20 de junho, acreditando que os estudantes seriam afáveis e aplaudiriam esta raposa sanguinária. Porém, como não poderia deixar de ser, os estudantes fizeram um protesto denunciando quem é o senhor Ronaldo Caiado deixando bem claro que ele não é bem vindo em nossa faculdade.
Durante o protesto o diretor tentou calar os estudantes, mas teve a resposta da platéia que defendeu o direito de expressão dos manifestantes e teve que recuar, depois os cartazes de protesto que haviam sido afixados nos murais da faculdade foram arrancados mostrando que para alguns a Universidade não é um ambiente democrático.
A família Caiado está no poder no estado de Goiás desde a República Velha, sendo atualmente testa de ferro do latifúndio no Congresso Nacional. Existem milhares de acusações contra esta família cuja riqueza foi construída em cima do sangue dos camponeses. As denúncias são de trabalho escravo, expulsão de terras e até assassinatos. Ronaldo Caiado é deputado federal pelo DEM e foi criador e presidente da União Democrática Ruralista – UDR – entre 1986 e 1989, neste período ocorreram 240 assassinatos em quatro estados brasileiros sabidamente organizados por este grupo. O fato é que esta matança contra os camponeses em luta pela terra nunca cessou tanto que nos últimos vinte mais de 1500 camponeses foram assassinados e somente no início deste ano aconteceram 42 mortes.
É isto que Ronaldo Caiado representa: o latifúndio em sua face mais crua e nua, uma verdadeira máquina de perseguição e de morte contra os pobres e oprimidos. Ronaldo Caiado tenta escapar das acusações por não ser ele quem desfere o golpe fatal contra os camponeses, mas a realidade é que ele é reconhecidamente o mandante de bárbaros crimes. Os latifundiários são muito gratos a seus serviços, tanto que em 2007, no momento em que o governo do Pará (PT) deflagrou a famigerada “Operação Paz no Campo”, expulsando e torturando física e mentalmente milhares de pessoas (operação em cuja decorrência foram assassinadas já 13 ativistas e lideranças camponesas da região), Ronaldo Caiado foi chamado para receber prêmios porque era mentor de tal “Operação”.

O que os “ruralistas” defendem em relação ao Novo Código Florestal e a Reforma Política?
Somente nos dias em que eram aprovadas as alterações ao Código Florestal, por imposição do latifúndio e seus representantes, visando obter todo tipo de benesses do velho Estado, cinco camponeses foram assassinados na região amazônica. Além disso, nesse primeiro semestre já foram desmatados mais de 600 km2 naquela região, principalmente pelos grandes madeireiros (normalmente grileiros de terras da União). Isso demonstra a carta branca dada pelo gerenciamento de turno para o latifúndio seguir praticando indiscriminadamente seus crimes contra as massas camponesas, contra o país, contra todo o povo brasileiro enfim. E o sr. Ronaldo Caiado nada mais é que um típico representante dessa corja, coberto de lama e sangue como todos os seus cúmplices (Kátia Abreu, por exemplo, agora na “base governista”).
A posição de Caiado quanto à “Reforma Política” é de, assim como todos os que a defendem, dar uma nova pintura para seguir levando a frente esse podre Estado burguês-latifundiário, mantendo rigorosamente intactas suas carcomidas estruturas. E, se possível, conseguir, através dessa “reforma”, abocanhar mais um quinhão de poder para sua classe. Dizem que o povo não sabe votar e por isso está tudo errado, quando na verdade a podridão deste sistema está cravada em suas engrenagens que, como diz a música, “já sente a ferrugem lhe comer”.
É um verdadeiro insulto aos estudantes brasileiros essa múmia, representante de cinco séculos de latifúndio, ter a ousadia de pisar em uma universidade para dar palestras! E é também um insulto, talvez ainda maior, da parte daqueles que o convocaram. Esse Caiado, que como os de sua classe apoiaram e participaram do regime militar instaurado em 64, que incendiou e invadiu universidades, vir falar para estudantes, isso é inadmissível! Ainda mais, em uma Faculdade de Direito. O que ele teria a dizer para os estudantes? Certamente, sobre a conivência do velho Estado com o latifúndio, sobre a impunidade dos incontáveis crimes de grilagem de terras, trabalho escravo, assassinato de camponeses, sobre isso esse senhor muito entende, mas com certeza não foi com essa carapuça que a hiena se apresentou. O MEPR, juntamente com os estudantes conscientes, não deixaram esse absurdo passar em branco e esfregaram no focinho desse canalha que a luta pela terra segue despertando o apoio e a simpatia da juventude de nosso país.
Fora das universidades Caiado e todos os reacionários e facínoras desse país!
Morte ao latifúndio!



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