sexta-feira, 26 de abril de 2013

GOVERNADOR USOU HACKER


A manchete da revista “CartaCapital” desta semana acusa o governo estadual de supostamente patrocinar uma rede de grampos telefônicos e de contas de e-mails de adversários e aliados de Marconi Perillo. O esquema seria comandado pelo casal de radialistas Luiz Gama e Eni de Aquino que se valiam dos serviços de um hacker de codinome “Mr. Magoo”, nome de um personagem de desenho animado.
De acordo com o texto preliminar da matéria, a identidade do hacker está prestes a ser desvendada pelo Ministério Público Federal (MPF). Seria um estudante de medicina que foi contratado em 2011 para grampear telefones, criar perfis falsos na internet e invadir a privacidade de dezenas de adversários e até de aliados de Marconi. O contato com o hacker era intermediado pelo casal Luiz Gama e Eni Aquino, ligados ao deputado estadual Fábio Sousa e ao apóstolo César Augusto. Sousa diz que o casal não trabalha mais para ele e para seu pai, o apóstolo César Augusto.
Segundo a matéria, pelos serviços, o hacker recebia entre 500 e 7 mil reais, a depender da complexidade do trabalho e do alvo em questão. O dinheiro sairia de duas fontes antes de passar pela mão do casal de radialistas, segundo documentos obtidos por “CartaCapital”. No início, o responsável pelos pagamentos era o jornalista José Luiz Bittencourt, ex-presidente da Agência Goiana de Comunicação (Agecom). Na fase seguinte, a operação passou a ser de responsabilidade de Sérgio Cardoso, secretário estadual extraordinário de Articulação Política e cunhado do governador.
A publicação afirma que, além da participação do governador e de assessores diretos no esquema de grampo e invasão de perfis na rede mundial de computadores, as trocas de mensagens dos radialistas com o hacker teriam revelado que o governo estadual também teria se utilizado de hackers oriundos de São Paulo e Minas Gerais. Na matéria, o radialista Luiz Gama teria sustentado que parte dos serviços importados chegou a Goiás por meio de um contrato firmado com a SMP&B, agência de publicidade que pertenceu a Marcos Valério de Souza, figura central dos escândalos dos “mensalões” do PT e do PSDB mineiro.

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