quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O TEMPO MUDOU OS BANDIDOS

28/11/2003 - 04h01

Drauzio Varella: A ética de Sete Dedos, Meneghetti, Promessinha


DRAUZIO VARELLA
Colunista da Folha de S.Paulo

O crime não compensa, dizia com ênfase o locutor no final. No tempo em que ter um rádio era privilégio de poucos no bairro do Brás, os vizinhos se reuniam religiosamente em casa de meu tio Constantino para ouvir um programa da Record que dramatizava as peripécias vividas pelos criminosos mais temidos.

De calças curtas, eu ouvia com a respiração presa as aventuras de Sete Dedos, Meneghetti, Dioguinho, Boca de Traíra, Promessinha, invariavelmente mandados para trás das grades pela diligente polícia paulista, para provar que o crime realmente não compensava. A licenciosidade do tio, que permitia aquele mergulho no mundo dos adultos, transformava-me em centro das atenções da molecada no dia seguinte.

Eu relatava as histórias nos mínimos detalhes, auscultando as reações da platéia ao ouvir a descrição das fugas espetaculares de Meneghetti, feito gato pelos telhados, da frieza de Sete Dedos, ao invadir as casas sorrateiramente enquanto a família dormia, e da perversidade de Promessinha, ao perguntar se a vítima preferia tiro ou beliscão, que era dado com alicate no umbigo dos que optavam pela segunda alternativa.

Depois vieram os anos 60, e surgiu no submundo a figura do bandido-malandro, mistura de ladrão, boêmio, contrabandista, traficante de maconha e anfetamina, explorador do lenocínio e das casas de jogo.

Eram marginais como Hiroíto, o "Rei da Boca do Lixo", Nelsinho da 45, Marinheiro, Brandãozinho e Quinzinho, célebre contador de casos, que concentravam suas atividades nas imediações das ruas Vitória, Santa Ifigênia, dos Gusmões, dos Andradas.

No final dos anos 80, quando iniciei meu trabalho na Casa de Detenção, conheci detentos mais velhos que haviam cumprido pena com esses marginais. Diziam que Sete Dedos era de educação exemplar, desde que não fosse chamado pela alcunha; o italiano Meneghetti, um senhor de respeito; o franzino e míope Hiroíto se impunha pela inteligência no relacionamento social. Eram homens respeitadores de três princípios sagrados no mundo do crime: jamais delatar, cumprir a palavra empenhada e respeitar os familiares dos companheiros.

No final dos anos 70, a cocaína se insinuou entre a marginalidade e se alastrou na forma de epidemia na década seguinte. A partir dos anos 90, a cocaína em pó cedeu lugar ao crack, que tomou conta da periferia de São Paulo e invadiu as prisões, subvertendo a hierarquia e os valores éticos.

A necessidade de divisão do trabalho para ganhar eficiência no tráfico e na distribuição da droga levou à formação de quadrilhas e associações de criminosos.

A velha ordem imposta pelos bandidos famosos por sua trajetória marginal foi desalojada pela lógica de mercado baseada no lucro, segundo a qual os personagens se tornaram peças anônimas e descartáveis.

Os princípios éticos do passado foram substituídos pela lei do mais forte: "Contra a força não existe argumento". Entramos na era do crime sem face humana, quadrilheiro, em que a vida do criminoso pode ser suprimida com a mesma imprevisibilidade com a qual ele tira a vida alheia.

SETE DEDOS E SUAS HISTÓRIAS


DOMINGO, 8 DE AGOSTO DE 2010

“Sete Dedos”, o Evangelizador (8 de agosto de 1958)

A notícia tem o seu sabor extraordinário. Benedito de Lima César, o famoso delinquente “Sete Dedos”, que por muito tempo ocupou os noticiários dos jornais pelas suas espetaculares fugas de diversos presídios do Brasil, óra recolhido à Casa de Correção de Belo Horizonte, confessou-se regenerado e disposto a ingressar no caminho do bem.

Vários processos de seus fenomenais crimes ainda estão em andamento. “Sete Dedos” tornou-se temível pelas incríveis fugas e pelo expediente utilizado para levar a cabo diversas evasões, tendo deixado a polícia completamente boquiaberta.

Agora, Benedito de Lima César, apegado à leitura da Bíblia, sentiu melhor o problema do espírito e decidiu-se, conforme confessou, a ingressar na vida normal da verdade, do trabalho e de honestidade. Tanto, que, do próprio cárcere, dirigiu veemente apêlo e consêlho ao não menos famoso “Promessinha”, para que abandone a vida marginal, para que se entregue à Justiça expiando os crimes e retorne depois para o caminho do bem!

Em entrevista concedida a um reporter, “Séte Dedos” declinou o “trabalho” de sua sensacional fuga da Penitenciária do Carandirú em 1951, através de um “túnel” que tinha 16 metros de comprimento e 9 de profundidade. A respeito, inocentou milicianos e funcionários da Penitenciária, alegrando que não houve nenhuma conivência com os mesmos.

Diz o reporter que “Séte Dedos” está mudado, que suas palavras são sensatas e nem de longe deixam transparecer o perigoso miliante do passado. Lendo a Bíblia, seguidamente, Benedito de Lima César principiou a sentir dentro de sí, aquilo que desconhecia: o amôr ao próximo, a necessidade do caminho do bem. Ficou impressionado com a história da vida de São Paulo. E declarou que o conforto que consegue através da leitura do Livro Sagrado, dá-lhe desejos de transmiti-lo aos demais infelizes que, como ele, se dedicaram à senda do crime.

A notícia, como dissemos, tem o seu sabor excepcional de extraordinário, pois recorda bem o dito antigo que nem tudo está per(d)ido entre os homens. Verdadeiramente, é uma lição. Lição de consciência, de reconhecimento, que mostra um espírito forte. Principalmente em nossos dias, quando poucas são as pessoas que tem a suficiente coragem moral e (h)ombridade de reconhecer seus e procurar corrigi-los, assumindo integralmente suas consequências.

No entanto, para muita gente, a notícia a respeito, não deixa de transparecer um pequeno véu de dúvidas. Estará mesmo o “Séte Dedos” falando a verdade, ou estará simplesmente (inteligente como é) tentando despertar o interesse e complacencias gerais, para, oportunamente, empreender outra de suas espetaculares fugas?

Nenhum juízo se poderá fazer. O tempo se incumbirá de confirmar ou não as declarações de “Séte Dedos”.

Extraído do Correio de Marília de 8 de agosto de 1958

UM POUCA DA HISTORIA DA PM BRASILEIRA!


As Polícias Militares brasileiras têm sua origem nas Forças Policiais, que foram criadas quando o Brasil era Império. A corporação mais antiga é a do Rio de Janeiro, a “Guarda Real de Polícia” criada em 13 de Maio de 1809 por Dom João 6º, Rei de Portugal, que na época tinha transferido sua corte de Lisboa para o Rio, por causa das guerras na Europa, lideradas por Napoleão. Foi este decreto que assinalou o nascimento da primeira Polícia Militar no Brasil, a do Estado da Guanabara. Essa guarda era subordinada ao governador das Armas da Corte que era o comandante de força militar, que, por sua vez, era subordinado ao intendente-geral de Polícia.

Em 1830, dom Pedro 1º abdica do cargo e Dom Pedro 2º, ainda menor, não podia assumir o poder, de forma que o Império passou a ser dirigido por regentes, que não foram muito bem aceitos pelo povo que os consideravam sem legitimidade para governar. Começaram em todo o país uma série de movimentos revolucionários, colocando-se contra o governo destes regentes, como a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, a Balaiada, no Maranhão e a Sabinada, na Bahia.

Estes movimentos foram considerados “perigosos” para a estabilidade do Império e para a manutenção da ordem pública e por causa desta situação, o então ministro da Justiça, padre Antonio Diogo Feijó, sugeriu que fosse criado no Rio de Janeiro (capital do Império) um Corpo de Guardas Municipais Permanentes. A idéia de Feijó foi aceita e no dia 10 de outubro de 1831 foi criado o Corpo de Guardas do Rio de Janeiro, através de um decreto regencial, que também permitia que as outras províncias brasileiras criassem suas guardas, ou seja, as suas próprias polícias. E a partir de 1831, vários estados aderiram a idéia e foram montando suas próprias polícias.

A partir da Constituição Federal de 1946, as Corporações dos Estados (as antigas guardas) passaram a ser denominadas POLÍCIA MILITAR, com, exceção do Estado do Rio Grande do Sul que preferiu manter, em sua força policial, o nome de Brigada Militar, situação que perdura até hoje. 

Mas mesmo antes da vinda da família real ao Brasil, havia o que os historiadores consideram a mais antiga força militar de patrulhamento. Ela surgiu em Minas Gerais em 1775, originalmente como Regimento Regular de Cavalaria de Minas, criado na antiga Vila Velha (atual Ouro Preto). A então “PM” de Minas Gerais (paga pelos cofres públicos) era responsável pela manutenção da ordem pública, na época, ameaçada pela descoberta deriquezas no Estado, especialmente o ouro.

As divisões e especializações da Polícia Militar

Com a maior consciência do brasileiro da necessidade de preservação danatureza e de seus animais, foi criada, em todo o país as polícias Ambientais ou Florestais, que também são de batalhões especiais da PM e que tem a função de tentar inibir o corte ilegal de árvores, o tráfico de animais silvestres e a destruição de nossas florestas. Estas polícias, ao contrário do que se possa pensar, não trabalham só nas matas não. Nas grandes cidades há batalhões e postos das polícias ambientais e florestais porque, principalmente os traficantes de animais, trazem os bichinhos para as grandes cidades para revendê-los aos que ainda não têm consciência de que estes animais devem ficar em seu habitat natural e não para ornamentar gaiolas. Um policial florestal de um posto na zona leste de São Paulo, contou ao ComoTudoFunciona que as apreensões são constantes: “apreendemos ao menos uma vez por semana, cargas com jabutis, araras, e outras aves muitas raras e outros animais que são tirados da natureza e trazidos para São Paulo pelos traficantes de animais, que são levados para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que os reconduzem a natureza, ou, em caso de estarem muito machucados, os entregam a criadouros para que sejam tratados. É triste de ver como o homem destrói a natureza por causa do dinheiro”.



A Polícia Montada, aquela que anda a cavalo, é também uma especialização da PM que existe em todos os Estados brasileiros. Em alguns destes estados o Esquadrão de Polícia Montada ou Regimento da Cavalaria, vem ajudando na reabilitação de deficientes físicos e mentais, através da Equoterapia, como acontece em São Paulo e no Piauí. É um método terapêutico que é usado paralelamente a terapia tradicional, que usa o cavalo e a equitação para ajudar estes pacientes buscando o desenvolvimento bio-psico-social de pessoas portadoras de deficiências. É a PM fazendo trabalhos sociais além de ostensivos. Na ilha do Marajó, no Pará, a Polícia montada tem ainda outra peculiaridade. Além dos cavalos, eles usam búfalos para o seu trabalho.

Todas estas divisões especiais têm seus próprios batalhões que funcionam em prédios distintos e cada uma tem um comando especifico e cada um dos comandantes destas unidades da PM estão subordinados ao Comandante Geral da PM, sempre um coronel, que fica no Quartel General, chamado popularmente de “QG”. 

O que difere um PM comum, aquele responsável pelo patrulhamento ostensivo e estes policiais de batalhões especiais, é o tipo de treinamento e o limite de ação. Um PM de um batalhão especializado, como o do Choque, por exemplo, recebe mais treinamento do que um policial comum que trabalha no dia-a-dia, circulando pela cidade em sua viatura. São treinamentos mais cansativos e especiais, além disso os policiais militares comuns só podem atuar dentro de uma determinada área, numa região determinada, circundada por onde fica seu batalhão de trabalho. Já os policiais de batalhões especiais podem atuar em qualquer lugar do Estado ou da cidade, sem limites, bastando ser designado pelas chefias.

Conforme a população aumenta e, principalmente, conforme a criminalidade aumenta a polícia vai acompanhando as mudanças e se adaptando a elas, criando novas divisões e, especialmente, as polícias especializadas. Assim nasceu, em todo o Brasil, as polícias de Elite, como o Bope (Batalhão de Operações Especiais), COE (Comando de Operações Especiais), Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e outras, que hoje existem em todos os comandos da PM em todo país.
Site da Polícia Militar do Paraná
Cavalaria da Polícia Militar do Paraná

São policiais especiais para tratar de crimes e casos especiais, como combate ao tráfico, casos de assaltos com reféns e desativação de bombas.

Foram criadas unidades especiais como a Cavalaria, a de Cães e os grupos de Choque, que têm como função acabar com motins e rebeliões em presídios e também a de manter a ordem nas ruas, durantes protestos e manifestações. É uma das polícias mais criticadas porque agem com rigor, muitas vezes, com violência desnecessária. Em São Paulo a PM tem até um Canil, onde treina seus cães para serem usados nestas situações.

Hoje a PM, integrada ao mundo moderno e para acompanhar os bandidos que se usam de tecnologia para planejar seus crimes, tem um departamento de Inteligência, cujo trabalho é, através de escutas telefônicas, monitorar as conversas de bandidos, descobrir seus planos e impedir que cometam os crimes que pretendam, sejam assaltos ou ataques, como os que aconteceram em São Paulo, orquestrados pelo PCC – Primeiro Comando da Capital, em 2006 e que vitimou muitos policiais.

Informações exclusivas, obtidas pelo ComoTudoFunciona, dão conta de que o comando criminoso iria repetir a dose e fazer outros ataques em São Paulo, em fevereiro de 2008. Mas desta vez o Setor de Inteligência da PM estava alerta e, através de escutas telefônicas, descobriu o plano, que foi frustrado com a prisão de pessoas aqui do lado de fora e transferência de presos ligados ao PCC para presídios de Segurança Máxima.

As PMs têm ainda batalhões especiais para cuidar do trânsito nas cidades e multar os que não cumprem as leis de trânsito. Igualmente a PM tem a Polícia Rodoviária que cuida das estradas e dos motoristas que insistem em burlar as leis. E, a partir de junho de 2008, a PM também ficou responsável por fiscalizar os que bebem antes de dirigir. Com a Lei Seca (que proíbe motoristas de dirigirem se tiverem ingerido qualquer quantidade de álcool) os policiais militares passaram a ter mais trabalho nas ruas e estradas dos estados brasileiros.

POLICIA CIVIL E POLICIA MILITAR!


As polícias civil e militar estão separadas há muitos anos

A Polícia Civil já existia nas antigas “províncias” e fazia o trabalho local de investigação, enquanto cabia ao Exército o trabalho de repressão. No início do século 20, depois da a instauração da República, as províncias se constituíram em Estados autônomos e logo os governadores destes Estados passaram a constituir pequenos exércitos estaduais, as chamadas “Forças Públicas” ou as “Brigadas”, que depois se transformaram na Polícia Militar. Eles usavam uniformes para se diferenciar da Polícia Civil, que desde seu início trabalhava com roupas comuns. 

Assim, com a criação de seus próprios mini-exércitos os Estados criaram uma segunda polícia no país, e passamos a ter duas polícias, como é até hoje.

Muitos criticam a existência destas duas polícias ou por ser um modelo antigo e ultrapassado de segurança pública ou por gastos excessivos, já que tendo duas policiais, tudo é em dobro: o número de pessoas, o número de imóveis, o número de viaturas... 

Aqui cada polícia segue sua carreira distintamente, em academias diferentes, com treinamento diferente. Não há uma “sintonia” entre elas. Ao contrário, ambas criticam a atuação uma da outra.

Não há uma integração: se um policial civil quiser ser militar ele não pode simplesmente ser transferido. Vai ter que começar tudo de novo: fazerconcurso, fazer curso. Vice-versa também é verdadeiro: um PM não pode virar policial civil por simples transferência. 

Nos Estados Unidos, para se ter idéia, a polícia tem como chefe oficial o prefeito e não o governador, como é no Brasil. Também tem os policiais de rua e os dos distritos, mas a polícia é uma só. Os policiais que trabalham nas ruas usam uniformes e nos distritos trabalham à paisana. Mas o policial de rua, após um ano de trabalho, pode prestar concurso e passar para a área investigativa, ocupando cargos de agentes ou delegados. É uma polícia só, com “diferentes” carreiras. Outra diferença entre a policia americana e a brasileira: aqui um soldado da PM de São Paulo, por exemplo, começa a carreira ganhando R$ 1.500, lá, o policial começa ganhando US$ 2.500.

No Canadá todos os policiais são de caráter civil e os que trabalham nas ruas usam uniformes para que sejam identificados mais rapidamente pela população. Os que trabalham nos postos policiais trabalham à paisana durante as investigações. Lá a polícia não é judiciária, ou seja, não cabe a ela a instalação de inquéritos policiais. Os crimes são sempre apurados pela promotoria.

Já aconteceram aqui no Brasil algumas tentativas de unificar as polícias, mas só ficaram no papel. Há resistências de ambas as polícias, que preferem continuar como estão. A civil reluta na mudança porque ela também prevê que fique para o Ministério Público a competência da investigação. A militar teme que, a exemplo do que acontece na Franca, Itália e Portugal, por exemplo, a unificação resulte no fim dos tribunais e auditorias militares, que hoje permitem aos policiais militares do Brasil, em caso de prática de crimes, serem julgados por estes tribunais e não pela justiça comum. Ou seja: hoje eles são julgados por eles mesmos e a unificação das policias acabaria com esta exceção, já que os policiais civis não têm tribunais próprios e, no caso, de praticar crimes são julgados pela justiça comum.

Há ainda uma terceira polícia no país, a Polícia Federal, que é como se fosse uma polícia civil para crimes de âmbito nacional, como investigação de fraudes e corrupçãotráfico de armas e drogas, contrabando, imigração entre outros crimes. A Polícia Federal, como o próprio nome diz é subordinada ao governo federal. A Polícia Civil dos Estados não é subordinada a PF e, se chamada, pode auxiliar nas investigações em seu Estado. Os Estados Unidos também têm sua polícia federal, que é a FBI.

UM BANDIDO AUDACIOSO:


TALISCA

                 Em meados dos anos 60, Belo Horizonte se tornou palco de misteriosos furtos noturnos, quando o ladrão invadia casas sem violência contra as pessoas e subtraía os bens disponíveis. Foram dois anos de incursões na casa do alheio. As casas eram frágeis para arrombamentos, com janelas de madeira e venezianas de taliscas, que eram usadas para entrada de ar. O marginal, usando da destreza que lhe tornou famoso, retirava com facilidade as taliscas, abria a janela, penetrava nas casas e retirava furtivamente objetos diversos. Ao ser preso em 1967, Sebastião Euclides Bonjorni, o “Talisca”, confessou dezenas de furtos e foi condenado a 82 anos de cadeia. Após o cumprimento de sua pena, em torno de 20 anos, foi liberado e tornou-se um dos clássicos casos na crônica policial mineira de reabilitação de um preso.

OS LADRÕES JÁ NÃO SÃO MAIS OS MESMOS!



Quando era menino, com sete, oito anos, morando no interior do estado de São Paulo, me deliciava e arrepiava com as estórias contadas pelo pai de um amigo, que era servente de um grupo escolar(naquela época, as escolas de primeiro grau, até o quarto ano primário, eram chamadas de grupo escolar).
O velho Sr. Alcides adorava contar os feitos dos principais personagens da crônica policial paulista, um ladrão e batedor de carteiras cujo nome não recordo, mas era conhecido como “Sete Dedos”, e outro famoso assaltante chamado Meneghetti.
Sete Dedos, apesar de sua deficiência, fruto de uma carona infeliz num trem da Estrada de Ferro Sorocabana que lhe custou três dedos da mão direita, era um hábil punguista, capaz de subtrair a carteira dos transeuntes num piscar de olhos, sem jamais ofender ou agredir o surrupiado.
Meneghetti só atuava de terno, tratando suas vítimas com respeito e sem jamais molestá-las. Era especialista em assaltos a residências.
Comentava-se na época, que muitas vítimas, principalmente as senhoras, torciam pela reincidência do fato, tal a educação e deferência com que eram tratadas pelo fino meliante.
Mesmo presos algumas vezes, não havia cadeia que resistisse a argúcia dos malandros, especialistas em abrir cadeados e fechaduras com na maior delicadeza.
Era só aguardarem as horas sonolentas da madrugada, quando os heróicos e vigilantes guardas sucumbiam nos braços de “Morfeu”, para saírem de fininho, retornando a suas costumeiras atividades.
Convém lembrar, que naqueles anos inocentes existiam apenas cadeias públicas, sem necessidade de prisões especiais ou de segurança máxima, como ocorre atualmente.
Os raros bandidos de então eram verdadeiros “gentlemans”, até mesmo necessários para justificar a existência das pequenas forças policiais, que limitavam-se a prender bêbados e intervir em disputas familiares.
Que saudades dos velhos e bons tempos de outrora.
Nos dias atuais, ladrões com nove e dez dedos roubam desbragadamente, sem o menor pudor. Assassinos e traficantes se multiplicam, matando e cometendo todas as espécies de crimes, horrorizando a população que vive sitiada e confinada, com o medo estampado nas faces.
Ladrões de colarinho branco roubam a merenda das escolas, desviam verbas destinadas a compra de remédios, superfaturam equipamentos de hospitais, desviam recursos de todas as obras construídas com nosso suado dinheiro, duramente extorquido via impostos escorchantes.
Vivemos em pleno império da roubalheira, dos crimes violentos e da impunidade.
E o pior de tudo, é que olhamos o cenário atual, analisamos os acontecimentos e como verdadeiros cordeiros marchando para o abate, chegamos a triste conclusão: “estamos ainda longe do fundo do poço, sem avistarmos qualquer resquício de luz no fim do túnel”.
Com grande pesar e com o coração apertado voltamos nossos olhos ao passado e concluímos:
“já não se fazem mais ladrões como os de antigamente”.

BRINCANDO DE SER PREFEITO

ENQUANTO ISSO EM UMA CIDADE DO BRASIL!
ANDANDO PELA A CIDADE,
VI O DESCASO DO GOVERNO.
O ABANDONO DAS AUTORIDADES,
DEIXANDO A CIDADE NO DESPREZO,
É SÓ VÊ AS RUAS E ESTRADAS,
E O POVO NA INCERTEZA!

DURANTE A CAMPANHA TINHA SOLUÇÃO,
PARA TUDO QUE ESTAVA ERRADO.
A DESCULPA AGORA É NÃO,
CULPA DO GOVERNO PASSADO.
ASSIM ESSA ADMINISTRAÇÃO,
CONTINUA PARALISADA!

NOSSAS RUAS EMBURACADAS,
A CIDADE NO MATAGAL.
É LIXO  POR TODO LADO,
É ENTULHO EM GERAL.
ALGUNS VEREADORES CALADOS,
DIZENDO: NOSSO PREFEITO É LEGAL!

MUITOS BAIRROS NA ESCURIDÃO,
ESQUECIDOS DO PODER.
FALTA ILUMINAÇÃO,
VISITE AS PRAÇAS PARA VÊ.
QUE EU TENHO RAZÃO,
QUANDO EU FALO PRA VOCÊ!

TÊM MUITA FALAÇÃO
E BASTANTE BLÁ, BLÁ, BLÁ.
POR PARTE DESSA ADMINISTRAÇÃO,
QUE NÃO QUER TRABALHAR.
PENSA QUE É SÓ RECEBER O DINHEIRÃO,
E NA PREFEITURA PASSEAR.

A CIDADE NÃO PARA,
SEJA QUAL FOR  O PREFEITO.
MUDA APENAS A CARA
E NUNCA OS DEFETOS.
O QUE ENTRA SE PREPARA,
TEM QUE TRABALHAR DE TODO JEITO!

NÃO SE DEVE BRINCAR,
DE QUERER SER PREFEITO.
SER PREFEITO É TRABALHAR,
E TRABALHAR DIREITO.
O POVO VAI COBRAR,
ACORDA PREFEITO!

OS PROBLEMAS ESTÃO AUMENTANDO,
POR CAUSA DA INCOMPETÊNCIA.
ELES MUITO ESTÃO FALANDO,
MAS POUCO ESTÃO FAZENDO.
ELES VIVEM DESCONVERSANDO.
E O POVO CONTINUA NO SOFRIMENTO!

A SAÚDE CONTINUA MAL,
ISSO NÃO SE PODE NEGAR.
ELES VÃO GASTAR COM CARNAVAL,
FARRA É O QUE SABEM REALIZAR.
ESTE É O GOVERNO DO LEGAL,
ONDE O POVO CONTINUA APANHAR!

PROPAGANDA NO RADIO E TELEVISÃO,
NA INTERNET E NO JORNAL.
TUDO NÃO PASSA DE ILUSÃO,
ATÉ PARECE SENSACIONAL.
MAS É PURA ENGANAÇÃO,
UM  GRANDE FESTIVAL!

A VACA ESTAR DANDO LEITE
E O BOLO FOI REPARTIDO.
É CARGO PARA AMIGO DO PEITO,
É NOMEAÇÃO DE PARTIDO.
A CIDADE NÃO TÊM JEITO.
COM ESSE GRUPO DE POLÍTICOS!

A ÁGUA CONTINUA FALTANDO,
E OS ENTULHOS NOS QUINTAIS.
A PREFEITURA NÃO ESTAR PEGANDO,
NEM ACABANDO COM OS MATAGAIS.
O POVO ESTAR RECLAMANDO
E ELES SÓ CARNAVAIS E CARNAVAIS!

AUMENTO SALARIAL NEM PENSAR,
DIANTE DE TANTA ENGANAÇÃO.
MUITOS MESES VÃO PASSAR,
E A MESMA ENROLAÇÃO.
O AUMENTO, O  FUNCIONÁRIO SEM GANHAR,
E ELES SÓ NA JUSTIFICAÇÃO!

SÓ DEUS PARA NOS SALVAR,
DESSA GENTE SEM  AMOR.
VAMOS TODO DIA ORAR,
CLAMANDO AO SALVADOR.
PARA QUE POSSA NOS LIVRAR.
DESSE GOVERNO DE  TERROR!


                            POR: ROBSON MAIA, O POETA DO POVO.
















DEPOIS DE 26 DIAS DE VIDA CRIANÇA É ESTRUPADA


  PAI ESTUPRA FILHA DE 26 DIAS EM SANTA HELENA DE GOIÁS
   Escrito por Léo Penteado - Visto: 
   Marcos Pereira Machado (33) vulgo Marquinhos, natural de Araporã “ MG, amasiado com (V.37), tendo como estudo 4º série do 1º grau, trabalhava em uma Usina como servente, recebendo R$ 800,00 (oitocentos reais) bebia muito e já tinha uma passagem pela Policia por furto.
De acordo com a declaração da mãe da recém nascida (26 dias), dada a Policia, Marquinhos o pai, no dia 01 de janeiro de 2011, por volta das 11 horas chegou bêbado e mandou que ela saí­sse de casa, porque ele queria dormir na cama junto com o bebe. Quando ela estava saindo de casa recebeu um tapa nas costas e o companheiro disse: se você retornar vou quebrar sua cara, a mulher então com medo ficou no quintal escondida. Marcos ligou o som alto, passados quinze minutos a mãe entrou em casa e viu Marcos beijando a boca da criança, esta estava gritando e chorando muito, notou também que o macacãozinho do bebe estava aberto na região genital. Marcos empurrando a mãe saiu correndo, tendo fugido do local. Ela acionou a Policia Militar mas estes não conseguiram achar o maní­aco. No dia 02 por volta das 22 horas, Marcos retornou para sua residência bêbado, foi até o quarto e segurando sua filha pelos pés de cabeça para baixo balançando-a e batendo a cabeça dela na parede, dizendo que queria matar a criança. A mulher então gritando chamou sua irmã, Marcos então mandou que ela saí­sse porque aquilo não era problema dela e continuou balançando a criança. A mãe conseguiu arrancar o bebe das mãos do autor e ele gritou que iria matar as duas. Ela então acionou a Policia Militar e Marcos mais uma vez fugiu. Os Policiais o procuraram durante toda a noite, mas não o encontraram. No outro dia Marcos reapareceu para tomar banho, mas uma vez os policiais foram acionados e ai conseguiram deter o mesmo. O bebe foi levado ao Hospital e constataram lesões na vagina e no anus da recém nascida. A mãe disse que o pai tinha o costume de beijar a filha na boca, passava a barba no rosto, alem de retirar a roupinha dela e introduzir o dedo no anus e na vagina, lambendo sua genitalha, desde que a criança nasceu e que ela nunca denunciou o ocorrido porque ele a ameaçava de morte.
O mesmo foi conduzido a Autoridade confessando tais atos, tendo sido autuado em flagrante delito e levado ao presí­dio. O bebe se recupera  das agressões sofridas.