domingo, 15 de março de 2015

PARABÉNS INHUMAS PELO O SEUS 84 ANOS

Situado as margens da Estrada Real, estrada que levava a cidade de Goiás, então capital da província, Inhumas surgia com o nome Goiaberia. Por ser ponto de descanso para tropeiros, o vilarejo surgiu a partir da referência de um extenso goiabal, o que mais tarde se tornou uma fazenda de gado.
Devolutas, as terras no interior goiano, eram apropriadas sem nenhum rigor da lei. Assim, foram sendo utilizadas em Inhumas duas forças de trabalho: a do agregado e a do posseiro.
No entanto poucos posseiros requeriam em Goiás as concessões de terras ou sesmarias. Em Goiabeira (Inhumas), esse aspecto seria conseqüência das condições impostas aos requerentes, os quais, ao receberem a concessão, deveriam cultivar a área recebida em dois anos.
Poucos tinham condições para cumprir essas exigências, preferindo ficar sem a escritura de suas posses, o que posteriormente geraria conflitos, principalmente quanto à demarcação das propriedades.
Pela falta de registros da Fazenda Cedro talvez ocorrido por conflitos pela posse da terra ou pela inviabilidade de seu dono de torná-la produtiva em dois anos sob pena de perdê-la, os documentos oficiais de registros apontam a fazenda Goiabeira de Félix Rodrigues, como a origem de Inhumas.
As terras foram adquiridas por Félix Rodrigues ao comprar uma parte da fazenda Cedro e a registrou com a denominação de "Goiabeira" em 20 de Setembro de 1858. O custo das terras foi de R$40.000,00 (quarenta mil réis), cuja extensão compreendia uma légua em comprimento e largura, localizada à beira da Estrada Nova (caminho para a Província de Goiás), entre terras ocupadas por João Ramos, ao nascente, José da Barra, ao poente, pelo córrego Cemitério, ao sul e ao norte, com terras devolutas”.
Quanto a criação do Distrito de Goiabeiras este se deu em 27 de março de 1896, sob a lei nº 04, quando o então intendente (prefeito) de Curralinho (hoje Itaberaí), Cel. Antônio Primo de Faria nomeou o sub intendente do povoado de Goiabeira (vice-prefeito) Sr. Virgíneo Pereira Cunha.
O presidente do Conselho Municipal João Elias Caldas, promulgou a lei nº 40, de 02/12/1908, alterando o nome de Goiabeira para Inhumas. A escolha deu-se pela existência desta ave na região.
Com a morte de Vicente Bueno Fernandes, político local, seus adversários políticos conseguiram a suspensão do Distrito de Inhumas do Município de Itaberaí pela lei municipal nº 50, de 11/12/1909. E o Distrito voltou à simples povoado. Situação que só seria retomada em 23/11/1912 quando o Conselheiro Francisco de Paula Mendonça apresentou projeto de Lei restaurando o Distrito de Inhumas aprovado e sancionado em 09/01/1913 pelo Intendente de Itaberaí, Cel. Antônio Gardêncio Garcia, e a condição definitiva de distrito.
Pelo decreto nº 31 de 27 de janeiro de 1930, Inhumas foi elevada, a Vila, graças aos esforços dos Srs. Sizelísio Simões de Lima, Elpídio Luiz Brandão, Sebastião Almeida Guerra, José de Freitas Borges e Cesário Silva, processo que iniciara desde 1926, contexto da Revolução de 1930.
Em 1930, Pedro Ludovico Teixeira, interventor Federal no Estado de Goiás, assina o Decreto Estadual nº 602, de 19/01/1931 tornando Inhumas município, estando nomeado em 03/1931 como primeiro prefeito constitucional o então Cel. José Rodrigues Rabelo.

Desenvolvimento

Com o trabalho de todos e em especial de imigrantes sírios-libaneses, espanhóis, italianos, japoneses e portugueses Inhumas destacou-se em 1930 como "Princesinha do cerrado".
Região de terra roxa reserva de mata cultivável, ótima para a cultura do café, muito valorizada nesse período, despertou grande corrente imigratória, principalmente com a chegada da ferrovia até Anápolis e a proximidade à capital Goiânia.
A marcha para o Oeste promovida pela revolução de 1930 fortaleceu o interesse dos imigrantes pelas terras inhumenses. Os sírio-libaneses (família Asmar, Sahium, Raiza, Chalub, Mahmud, Gebrim, Charter, Sebba, Nacruht...) os responsáveis diretos pela abertura do comércio na rua princpial – Rua Goiás: construíram os primeiros sobrados, chamados bungalows, que por lei estava determinado que sua construção isentava de IPTU seus proprietários.
A colônia japonesa (Família Watanabe, Momonuke...) dedicou-se exclusivamente a horticultura, mudando acentuadamente os modos alimentares da comunidade.
Em menor número, aparecem os italianos com participação especial, na formação sócio-econômica. Dedicados à agricultura, desbravaram matas, cultivaram o café e ocupam terras na região mais nobre de Inhumas, o Serra Abaixo. Topografia que lembra regiões da Europa da a elevação dos morros. Apesar das dificuldades encontradas, os italianos,(Famílias, Qualhato, Serravali, Balestra, Quintanilha, Jácomo...) inseriram-se no contexto municipal participando inclusive das decisões políticas, o que pode-se perceber ainda hoje.
A família Vila Verde (descendente dos espanhóis...) se fixou numa grande faixa de terras, conhecida como Serra Abaixo, cultivaram o café. Assim como os demais imigrantes, os portugueses dedicaram-se a cafeicultura (Família Pires).

Em men








ESSA FOI BOA: ROSEANA EM MIAMI E ATESTADO PARA O STF

Roseana Sarney pediu um atestado no curso de línguas que frequenta em Miami, na Flórida, para mostrar ao STF por que não está no Brasil. O documento diz que as aulas terminam em 13 de abril, mas Roseana está disposta a antecipar o retorno.


Polícia Militar prende dupla "suspeita" de tráfico em Tuntum-Ma

Numa ação articulada pela 5° Companhia de Polícia de Tuntum, que comumente age com informações privilegiadas, foram presos, por volta das 11h de hoje (15), os suspeitos de tráfico de drogas, Welner Rick Campos dos Santos, natural de Tuntum, domiciliado na Vila Luisão, e Joelson Bispo dos Santos, rua Afonso Pena, de Dom Pedro.
Com os suspeitos a guarnição da polícia apreendeu de 200 a 300 gramas de maconha, inclusive dez papelotes prontos para serem comercializados.  Com os suspeitos ainda foi apreendida uma moto roubada, modelo Pop, oriunda do município de Colinas.  Com eles ainda foi encontrada uma pequena quantia em dinheiro, possivelmente da venda dos produtos. Os dois não resistiram a prisão e logo depois do flagrante foram conduzidos a Delegacia Regional de Presidente Dutra, onde irão ser indiciados pela Polícia Judiciária pelo crime de tráfico de entorpecentes, e, possivelmente, também, por roubo.
Segundo o comandante da Companhia de Polícia de Tuntum, capitão Aécio, a prisão dos suspeitos de tráfico é fruto do empenho diário da corporação que vem fazendo um trabalho rigoroso de fiscalização, forma mais eficaz de combate a violência e outros tipos de crimes contra a paz e ordem pública. O comandante ainda afirmou ao blog, que as ações de combate a qualquer tipo de criminalidade irão persistir na medida da necessidade.

Evangélico é morto a facadas após ler a Bíblia em frente a uma festa; Polícia prendeu suspeitos

Um rapaz evangélico foi assassinado a facadas e pedradas por ter lido passagens da Bíblia Sagrada em frente a uma casa onde acontecia uma festa.
O crime aconteceu no último domingo, 08 de março, em Carpina, município da Zona da Mata Norte em Pernambuco.
Fábio da Silva Tavares, 25 anos, torneiro mecânico, voltavam da casa da mãe quando passou em frente a uma residência próxima à sua casa e resolveu ler passagens da Bíblia. As pessoas que estavam na festa não gostaram e atacaram o rapaz com facadas.
O jovem conseguiu fugir e foi até sua casa, quando foi novamente alcançado e enquanto pedia por socorro, foi novamente esfaqueado e apedrejado pelas mesmas pessoas.

A polícia prendeu três suspeitos de ter assassinado Fábio: José Severino Pereira, Marlene Cândido de Oliveira e Maria Roberta da Silva. O trio negou ter matado o rapaz, mas não apresentaram álibi.
O delegado responsável pelo caso disse que até o atual estágio da investigação, a impressão é que o crime foi resultado da embriaguez dos criminosos: “[A] motivação foi muito álcool na cabeça desse pessoal. Muitos, na hora que beberam, botaram os pés pelas mãos. Talvez já tivessem uma índole violenta. O motivo não se explica por si só, porque o cara recitar a Bíblia em um lugar que as pessoas estão bebendo não justifica”.
Os investigadores agora procuram um quarto suspeito de ter se envolvido no crime. Um homem identificado como Marcos Antônio do Nascimento Filho, que também estava na festa e teria ajudado no homicídio, é considerado foragido.

GRUPOS QUE LEDERARAM AS MANIFESTAÇÕES NESTE DOMINGO TROCAM TAPAS E ACUSAÇÕES

“O ‘Vem pra Rua’ não defende o impeachment, então a gente considera que eles não sejam bem-vindos no dia 15. Sem foco, fica a bagunça dos protestos de 2013″, diz Kim Patroca Kataguri, coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL).
“O Marcello Reis (fundador do ‘Revoltados On Line’) já defendeu militarismo e um projeto absurdo de restrição a cinco partidos: extrema direita, direita, centro, esquerda e extrema esquerda”, continua o ex-estudante de economia de 19 anos, em entrevista à BBC Brasil por telefone. “Imagina isso. Liberal, só a gente.”
Unidos pelo descontentamento comum com o governo Dilma Rousseff e pela habilidade em agregar seguidores nas redes sociais, Vem Pra Rua, Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre contam juntos mais de um milhão de fãs só no Facebook.
Em contagem regressiva para a série de protestos marcados em vários Estados no dia 15 de março, eles se revezam entre até 200 postagens diárias de fotos, vídeos, memes e reportagens críticas ao governo federal – além de convites para os protestos.
Mas a reta final para as manifestações também revela disputas, críticas mútuas e a ausência de uma agenda política comum entre os grupos.
O fogo cruzado começa em torno da autoria dos protestos.
“Outros movimentos participarão como convidados, mas não estão na organização”, diz o porta-voz do MBL, que reivindica para si a criação das manifestações do dia 15 e critica os “oportunistas que queiram promover pautas em cima do nosso movimento”.
O administrador de empresas Marcello Reis, de 40 anos, fundador do Revoltados On Line, discorda. “Não é verdade. A iniciativa do dia 15 veio pelo Whastapp espontaneamente, foi popular. O MBL só foi o primeiro a protolocar.”
Também por telefone, Rogério Chequer, 46 anos, sócio de uma consultoria “especializada em apresentações corporativas” e criador do Vem Pra Rua, questiona:
“Algum grupo confirmou a você ter sido convidado?”, perguntou. “Ninguém foi convidado. A manifestação é absolutamente livre e começou por em mensagens SMS para milhares de brasileiros, mas ninguém sabe a fonte”, diz.

Para CNBB, impeachment de Dilma enfraqueceria instituições.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou nesta quinta-feira (12) que o país passa atualmente por uma crise “ética e moral” na política, mas que não há indícios que justifiquem um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que poderia “enfraquecer” as instituições do governo. Bispos da entidade se reúnem nesta tarde com a presidente, a convite dela.
“Existem regras para se entrar com um pedido inicial de impeachment. Creio que não chegamos a esse nível”, disse o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. “A reação que nós sentimos também é que as manifestações de rua são de discordância, muitas vezes ideológicas, o que é normal e necessária e democrática, mas propor um impeachment seria enfraquecer um pouco as instituições.”
“Pelo que a gente tem como informação do Supremo Tribunal [Federal], não há nenhum indício de algum ato que possa justificar qualquer denúncia quanto à presidente da República”, disse o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis.
“Segundo o STF, a presidente só poderia ser indiciada depois de uma investigação, um processo, caso houvesse algum delito, alguma denúncia contra algum fato cometido por ela durante o seu mandato”, afirmou Damasceno.
Para a entidade, a organização de manifestações públicas, como as marcadas para este fim de semana em várias cidades do país, são resultado do escândalo de corrupção na Petrobras somado às medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo, inflação alta e a crise entre o Executivo e o Legislativo, que causaram um “mal-estar” na sociedade.
“Vemos denúncias novas a cada dia e vamos ficando, de certo modo, assustados. Isso vai gerando um mal-estar em toda a população, diante da crise ética e da moral do nosso país”, disse o presidente da CNBB. “Sabemos que a corrupção sempre existiu, continua existindo, e não só no Brasil, mas em toda parte, mas é fundamental que a Justiça realmente puna os condenados e os corruptores.”
Em nota, a CNBB disse que as denúncias de corrupção devem ser “rigorosamente apuradas” e os corruptos e corruptores, punidos. “Enquanto a moralidade pública for olhada com desprezo ou considerada empecilho à busca do poder e do dinheiro, estaremos longe de uma solução para a crise vivida no Brasil”, diz a nota. No texto, a entidade também pede o fim do fisiologismo político e uma reforma política.
O secretário-geral Dom Leonardo afirmou ainda ser importante o diálogo entre o Congresso Nacional e a presidente para tentar superar o momento de crise. “Há um mal-estar da sociedade de um modo geral, ainda mais nessa crise ética e moral a qual estamos passando, em relação à [operação] Lava Jato e outros setores também”, disse.
“Por isso, insistimos na importância do diálogo da presidente do Executivo com o Congresso Nacional e com as organizações da sociedade civil e da igreja, que não se furta a participar desse diálogo quando necessário e oportuno.”
O Conselho Permanente da CNBB está reunido em Brasília desde o dia 10. Os bispos vão se encontrar nesta tarde com a presidente Dilma Rousseff, mas o motivo da reunião – a primeira visita oficial de membros da entidade com a presidente no segundo mandato dela – não foi divulgado.
Manifestações populares e golpe militar
Os bispos disseram que, embora não tomem partido em nenhuma das manifestações populares, apoiam o ato de protestar. “Sabemos das manifestações programadas para os dias 13 e 15, e a CNBB considera essas manifestações legítimas num regime democrático, contanto que transcorram no respeito ao patrimônio público e particular, com respeito às pessoas”, disse Damasceno.
O presidente da CNBB disse ainda não acreditar que a crise atual leve a um novo golpe militar ou a um conflito civil. “Ninguém quer passar por essa experiência novamente. Creio que não há esse perigo. Vejo como normal essas manifestações em um regime democrático”, disse. “Não podemos nos levar por sentimento, emoção, acirramento de posições ideológicas, acima de tudo temos que estar bem no mundo, no nosso país.”
O Conselho Permanente da CNBB se reuniu esta semana para dar continuidade à preparação da 53ª Assembleia Geral da CNBB, que vai eleger a Presidência da CNBB e os presidentes das comissões episcopais pastorais entre 15 e 24 de abril. Durante a reunião, o conselho debateu a realidade atual do país e divulgou nota alertando sobre o possível enfraquecimento do Estado.

A VERDADE SOBRE AS MANIFESTAÇÕES NESTE DOMINGO, DIA 15 DE MARÇO

Não é só o trava-línguas: para o líder do MBL (Movimento Brasil Livre), a estratégia de mobilização do MPL (Movimento Passe Livre) é fonte de inspiração.
Mas as semelhanças entre o grupo que liderou as manifestações de junho de 2013 e a articulação que pretende reacendê-las no próximo domingo não vão muito além.
“Em termos de estratégia, nos inspiramos no MPL. Nas redes sociais, sim, pensamos de forma semelhante”, diz Kim Kataguri, coordenador nacional do MBL, que defende o livre mercado e o impeachment de Dilma Rousseff. “Ideologicamente, somos opostos. E os protestos deles têm sempre vandalismo.”

Procurado, o MPL agradeceu a inspiração do quase xará. “A gente tem uma forma própria de agir e qualquer movimento pode se inspirar”, afirma Heudes Oliveira, porta-voz do grupo.
Além dos objetivos políticos distintos, características como modelos de financiamento, remuneração de equipes e investimentos em imagem dão personalidade própria aos movimentos da que irão às ruas neste domingo para manifestações contra o governo.
Depois de ganhar projeção nacional durante as eleições, os antigovernistas Vem Pra Rua, Revoltados On Line e MBL intensificaram sua atuação nas redes e nas ruas às vésperas dos atos.
A seguir, eles dão exemplos à BBC Brasil de suas principais estratégias:

Financiamento

Todos os grupos frisam ser apartidários e não receber dinheiro de partidos ou políticos.
Rogério Chequer, criador do Vem Pra Rua, diz que seu grupo é financiado por “centenas” de “doações espontâneas de pessoas envolvidas na coordenação do movimento”, mas não revela seus nomes.
A BBC Brasil teve acesso ao registro do site vemprarua.org.br (imagem ao lado), URL oficial usada pelo movimento nas eleições. O domínio foi comprado pela Fundação Estudar, do empresário Jorge Paulo Lemann, sócio da cervejaria Ambev, da rede de fast food Burger King e diversos sites de comércio eletrônico.
No fim de 2014, o site foi excluído e o Vem Pra Rua mudou de endereço online. Em nota, a Fundação Lemann se disse “apartidária” e atribuiu o caso a uma “iniciativa isolada” de um ex-funcionário.
“A Fundação Estudar esclarece que não detém o registro e não hospeda em seu domínio o site vemprarua.org.br. A associação do nome da Fundação com este site ocorreu erroneamente por uma iniciativa isolada e individual de um colaborador, que já não faz mais parte do quadro da instituição.”

MBL e Revoltados On Line afirmam recorrer à contribuição financeira de seguidores e aos próprios bolsos para promover seus atos e divulgá-los nas redes.
Já o ‘Revoltados’, além de publicar a conta pessoal de seu criador em diversas postagens, aposta em “moda impeachment”. Uma camisa polo preta com aplicação da frase “Impeachment já” e faixa presidencial estilizada é oferecida por R$ 99,99. O kit completo – polo, boné e cinco adesivos – custa R$ 175.
A renda gerada é um mistério. “Não tenho esse balanço fechado, eu não fechei ainda”, diz Marcello Reis, responsável pelo movimento, que tem entre os alvos a crise na Petrobras. “Não quero tornar isso público. O valor só será divulgado para os associados e não para gente que só quer perturbar.”
Kataguri, do MBL, diz à reportagem ter arrecadado R$ 7 mil em doações de seguidores para o protesto do dia 15.

Investimentos e imagem

Na internet, como os defensores da tarifa zero, os grupos anti-PT apostam no maior volume possível de postagens diárias e no bombardeio de convites para “grandes manifestações”. Também promovem “aulas públicas” – reuniões em espaços abertos para apresentação de pautas do movimento.
A promoção paga de suas postagens na internet está entre suas diferenças.
“A gente promove posts no Facebook”, diz à reportagem o fundador do Vem Pra Rua. “Não é para ganhar visibilidade, é para direcionar para um ‘universo'” – ele não revela quais as características do público-alvo.

Já o Revoltados On Line, líder em número de seguidores, centraliza sua comunicação em torno de seu criador – que aparece diariamente em vídeos caseiros e “selfies” com adeptos do movimento.
“Temos uma equipe fixa de 15 pessoas”, diz o ‘revoltado’ Marcello Reis. “Os administradores não têm remuneração. Alguns profissionais, editores de vídeo, fotógrafos, eles são remunerados.”
Na internet, Vem Pra Rua e MBL investem em vinhetas profissionais ao fim de seus vídeos, linguagem, fotos e cartazes bem elaborados.
Também contam com a participação voluntária de famosos, como os músicos Paulo Ricardo, do RPM, e Roger, do Ultraje a Rigor. Eles fazem convites para os protestos.
Autor de frases como “Justiça social é outro nome para caridade com dinheiro alheio”, o MBL investe em campanhas inusitadas para o engajamento de seus seguidores. Numa delas, convida fãs a enviarem discursos em vídeo.

“O melhor será convidado para discursar do carro de som”, anuncia o grupo.
A cartilha dos ‘Revoltados’ tem linguagem agressiva: defensor do impeachment, o grupo usa recorrentemente termos como “ladra”, “vaca”, “sapo barbudo” e “cachaceiro” quando se refere a líderes petistas.
O funkeiro carioca Mr Catra foi o famoso escolhido recentemente pelo grupo em um de seus vídeos.

CUIDADO, VOCÊ FOI MANIPULADO: PSDB financia protestos pelo impeachment em Curitiba


O construtor Percy Russ Tiemann é quem financia e organiza os protestos pelo impeachment da presidenta Dilma, no dia 15 de março, em Curitiba, informa o colunista social Reinaldo Bessa, do jornal Gazeta do Povo . Militante histórico do PSDB, Tiemann fez doações para a campanha de Beto Richa nas eleições de 2014 e participou da campanha à presidência de Geraldo Alckmin em 2006. 
Frequentador assíduo da alta sociedade curitibana e figura carimbada nas colunas sociais , o tucano é dono de uma série de empreendimentos nas regiões mais valorizadas de Curitiba, entre eles o Tiemann Headquarter . O prédio comercial na Alameda Dr. Carlos de Carvalho terá 25 andares e o pé-direito mais alto do país. Cada unidade, com 700 metros quadrados, custará mais de R$ 4 milhões. 
É dono ainda de um estacionamento de luxo com cinco pisos de garagens subterrâneas, o Go Ahead Ultimate Parking, com 500 vagas e serviço vip de valet, loja de conveniência, café e lava jato. Tudo 24 horas. Entre os negócios, está também a empresa “Bom Ar Climatização”, especializada em instalação de ar condicionado em ambientes comerciais. 
Em 2014, segundo a prestação de contas disponível no site do TRE-PR, o financiador dos protestos pelo impedimento da presidenta petista doou R$ 1 mil à campanha do governador reeleito Beto Richa. 
Em 2006, o próprio colunista Reinaldo Bessa registrou que o ricaço “substituiu as duas enormes bandeiras do Brasil que hasteou no topo de seus edifícios, o Mansão Le Mirage e o Maison Paris (este em construção), ambos no Batel, por uma amarela que traz estampado o número 45 em azul. É sua contribuição ao tucano Geraldo Alckmin, que, ao menos lá, está acima de Lula.”