quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

As divisões e especializações da Polícia Militar

Com a maior consciência do brasileiro da necessidade de preservação danatureza e de seus animais, foi criada, em todo o país as polícias Ambientais ou Florestais, que também são de batalhões especiais da PM e que tem a função de tentar inibir o corte ilegal de árvores, o tráfico de animais silvestres e a destruição de nossas florestas. Estas polícias, ao contrário do que se possa pensar, não trabalham só nas matas não. Nas grandes cidades há batalhões e postos das polícias ambientais e florestais porque, principalmente os traficantes de animais, trazem os bichinhos para as grandes cidades para revendê-los aos que ainda não têm consciência de que estes animais devem ficar em seu habitat natural e não para ornamentar gaiolas. Um policial florestal de um posto na zona leste de São Paulo, contou ao ComoTudoFunciona que as apreensões são constantes: “apreendemos ao menos uma vez por semana, cargas com jabutis, araras, e outras aves muitas raras e outros animais que são tirados da natureza e trazidos para São Paulo pelos traficantes de animais, que são levados para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que os reconduzem a natureza, ou, em caso de estarem muito machucados, os entregam a criadouros para que sejam tratados. É triste de ver como o homem destrói a natureza por causa do dinheiro”.



A Polícia Montada, aquela que anda a cavalo, é também uma especialização da PM que existe em todos os Estados brasileiros. Em alguns destes estados o Esquadrão de Polícia Montada ou Regimento da Cavalaria, vem ajudando na reabilitação de deficientes físicos e mentais, através da Equoterapia, como acontece em São Paulo e no Piauí. É um método terapêutico que é usado paralelamente a terapia tradicional, que usa o cavalo e a equitação para ajudar estes pacientes buscando o desenvolvimento bio-psico-social de pessoas portadoras de deficiências. É a PM fazendo trabalhos sociais além de ostensivos. Na ilha do Marajó, no Pará, a Polícia montada tem ainda outra peculiaridade. Além dos cavalos, eles usam búfalos para o seu trabalho.

Todas estas divisões especiais têm seus próprios batalhões que funcionam em prédios distintos e cada uma tem um comando especifico e cada um dos comandantes destas unidades da PM estão subordinados ao Comandante Geral da PM, sempre um coronel, que fica no Quartel General, chamado popularmente de “QG”. 

O que difere um PM comum, aquele responsável pelo patrulhamento ostensivo e estes policiais de batalhões especiais, é o tipo de treinamento e o limite de ação. Um PM de um batalhão especializado, como o do Choque, por exemplo, recebe mais treinamento do que um policial comum que trabalha no dia-a-dia, circulando pela cidade em sua viatura. São treinamentos mais cansativos e especiais, além disso os policiais militares comuns só podem atuar dentro de uma determinada área, numa região determinada, circundada por onde fica seu batalhão de trabalho. Já os policiais de batalhões especiais podem atuar em qualquer lugar do Estado ou da cidade, sem limites, bastando ser designado pelas chefias.

Conforme a população aumenta e, principalmente, conforme a criminalidade aumenta a polícia vai acompanhando as mudanças e se adaptando a elas, criando novas divisões e, especialmente, as polícias especializadas. Assim nasceu, em todo o Brasil, as polícias de Elite, como o Bope (Batalhão de Operações Especiais), COE (Comando de Operações Especiais), Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e outras, que hoje existem em todos os comandos da PM em todo país.
Site da Polícia Militar do Paraná
Cavalaria da Polícia Militar do Paraná

São policiais especiais para tratar de crimes e casos especiais, como combate ao tráfico, casos de assaltos com reféns e desativação de bombas.

Foram criadas unidades especiais como a Cavalaria, a de Cães e os grupos de Choque, que têm como função acabar com motins e rebeliões em presídios e também a de manter a ordem nas ruas, durantes protestos e manifestações. É uma das polícias mais criticadas porque agem com rigor, muitas vezes, com violência desnecessária. Em São Paulo a PM tem até um Canil, onde treina seus cães para serem usados nestas situações.

Hoje a PM, integrada ao mundo moderno e para acompanhar os bandidos que se usam de tecnologia para planejar seus crimes, tem um departamento de Inteligência, cujo trabalho é, através de escutas telefônicas, monitorar as conversas de bandidos, descobrir seus planos e impedir que cometam os crimes que pretendam, sejam assaltos ou ataques, como os que aconteceram em São Paulo, orquestrados pelo PCC – Primeiro Comando da Capital, em 2006 e que vitimou muitos policiais.

Informações exclusivas, obtidas pelo ComoTudoFunciona, dão conta de que o comando criminoso iria repetir a dose e fazer outros ataques em São Paulo, em fevereiro de 2008. Mas desta vez o Setor de Inteligência da PM estava alerta e, através de escutas telefônicas, descobriu o plano, que foi frustrado com a prisão de pessoas aqui do lado de fora e transferência de presos ligados ao PCC para presídios de Segurança Máxima.

As PMs têm ainda batalhões especiais para cuidar do trânsito nas cidades e multar os que não cumprem as leis de trânsito. Igualmente a PM tem a Polícia Rodoviária que cuida das estradas e dos motoristas que insistem em burlar as leis. E, a partir de junho de 2008, a PM também ficou responsável por fiscalizar os que bebem antes de dirigir. Com a Lei Seca (que proíbe motoristas de dirigirem se tiverem ingerido qualquer quantidade de álcool) os policiais militares passaram a ter mais trabalho nas ruas e estradas dos estados brasileiros.

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