Hoje falaremos sobre a Ação Penal 536: o Mensalão do PSDB.
Vendo que não conseguiria nenhum benefício com a delação premiada na Ação Penal 470 (o julgamento do Mensalão Petista), o publicitário – e operador do esquema – resolveu apelar para a denúncia de líderes do PSDB no suposto esquema apelidado de ‘Mensalão Tucano’.


Dino Maraglia, advogado de Nilton Monteiro, Valério entrou ao STF documentos que ligam diretamente o dito ‘Mensalão Tucano’ com a ‘Lista de Furnas’.
Para quem não sabe, a ‘Lista de Furnas’ é um esquema de distribuição de propinas liderado pelo PSDB que fora denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e que teria beneficiado, em 2002, 156 parlamentares de vários partidos com R$ 40 milhões.
Segundo a denúncia, tal valor teria sido dividido, ficando 68,3% para o PSDB, 9,3% para o extinto PFL, 6,1% para o PP, 5,9% para o PMDB, 3,6% para o PL, 3,4% para o PTB e 3,2% teriam sido divididos entre outros seis partidos.
No inquérito 3530 do Supremo constam acusações contra o partido como execuções e fazem com que caixa dois e compra de votos pareçam crimes menores.
Já nas denúncias contra o ‘Mensalão Tucano’, são também envolvidas cinco pessoas ligadas à CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), quatro à COMIG (estatal de infra-estrutura que antecedeu a CODEMIG), dois à Gráfica Graffar e um à COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), que desviariam dinheiro para a campanha de Azeredo.
Nesta sexta-feira (16/11) petistas do Amazonas deixam clara sua expectativa de que os casos de Mensalão do PSDB e do DEM sejam apurados com o mesmo rigor que o Supremo Tribunal Federal tem tido com o escândalo envolvendo o Partido dos Trabalhadores.
Com as eleições de 2014 se aproximando, a importância das investigações e eventuais condenações de tais casos se fazem de suprema relevância.