De acordo com a Polícia Civil, o parlamentar foi detido em um clube da cidade, onde recebeu R$ 25 mil em dinheiro do empresário. Ele vai responder pelo crime de concussão – quando é exigida vantagem indevida em razão da função pública.
Ainda conforme a polícia, as investigações começaram na segunda-feira, quando a vítima, dona de uma empresa de móveis planejados, informou que foi procurada pelo vereador para pagar R$ 80 mil em troca da facilitação para a doação do terreno. A polícia passou a monitorar a negociação, gravando áudios e vídeos.
Segundo a Polícia Civil, o valor foi negociado e fechado em R$ 60 mil, divididos em duas parcelas: R$ 25 mil, entregues nesta terça-feira, em um clube, e outros R$ 35 mil, que seriam pagos no primeiro dia útil do mês de janeiro de 2016.
O vereador foi preso quando saiu de um clube. Com ele, os policiais encontraram os R$ 25 mil em dinheiro.
Yokota foi encaminhado para a delegacia de Umuarama. Aos policiais, ele disse que passava por um momento financeiro complicado e que o dinheiro era para pagar um empréstimo.
O advogado do vereador, Doroteu Trentini, informou que não vai se pronunciar enquanto não tiver conhecimento mais amplo do caso.
A assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Umuarama informou que também aguarda mais informações sobre a prisão para se pronunciar sobre o assunto.
A Polícia Civil informou que vai abrir um inquérito para apurar se há o envolvimento de outros servidores públicos no caso.
Hemerson Yokota (PR) foi eleito em 2012 como o vereador mais votado de Umuarama. Ele recebeu 2.309 votos (4,1% dos votos válidos). Na Câmara, Yokota é membro das comissões de Economia, Finanças e Fiscalização e de Educação, Cultura, Bem-Estar Social e Ecologia.