terça-feira, 20 de maio de 2014

A EXATOS SETE ANOS ATRAS ELE FAZIA SEU MILÉSSIMO GOL


Há exatos sete anos eu alcançava um dos maiores feitos da minha vida, marcava meu milésimo gol, aos 41 anos. Um feito e tanto para um jogador de futebol, mas mais do que isso, um feito e tanto para pessoas que se propõem a fazer o melhor que puder sempre. Só pela Seleção Brasileira de Futebol, foram 71 gols, contagem do site Globo Esporte.

Em nenhum momento passou pela minha cabeça que eu não iria conseguir. Era só uma questão de tempo, mas a expectativa foi cruel quando só faltava um gol. Passei perto em vários momentos, recebi o apoio de torcedores de todos os clubes, fãs, outros jogadores e minha família. Todos vocês fizeram parte disso, por isso, agradeço a todos que sonharam comigo.

Balancei a rede muitas vezes e sei que marquei a vida de muita gente com meus gols. Foi até criado um site chamado "Ensina, Romário!". É muito bacana. Eles pegam o vídeo de um jogador perdendo um gol e, em seguida, mostram um lance igual, mas que eu marquei. Obrigado ao criador do site. Segue o link para quem quiser conferir: http://ensinaromario.tumblr.com/ 

GOVERNADORES ESTÃO APREENSIVOS COM AS AMEAÇAS DAS POLÍCIAS

Mobilização ocorre na esteira do fiasco da gestão pernambucana da crise na segurança pública. Categorias militares, civis e federais se unem para cobrar aumento salarial e melhores condições de trabalho

Para mergulhar um Estado na mais completa desordem, tudo o que a polícia tem a fazer é nada fazer – e os ladrões, traficantes, agitadores e saqueadores "profissionais" e de ocasião cuidarão do restante. As cenas de saques e vandalismo em Pernambuco, mergulhado numa crise de segurança pública após três dias de greve da PM e dos bombeiros, saltaram para o topo da pauta dos governadores, principalmente onde há cidades-sede da Copa do Mundo. Quem não acordou para o problema será despertado de forma estridente na próxima quarta-feira, quando está prevista uma paralisação nacional dos policiais, com convites às forças militares, civis e federais. O protesto, programado propositalmente para as vésperas da Copa, traz o risco de novas situações de tensão, com possíveis consequências nas urnas, a cinco meses das eleições de 5 de outubro.

É certo que o salário do policial no Brasil é baixíssimo. E também não há dúvida de que em qualquer movimento como o de agora há quem queira navegar nos ventos da convulsão social. O terceiro componente do problema é a forma desastrada como as negociações desse tipo têm sido conduzidas. Ex-secretário adjunto de Defesa Social de Minas Gerais e professor da PUC-MG, o sociólogo Luis Flavio Sapori avalia que governadores têm tratado reivindicações trabalhistas de policiais como afronta à autoridade. Em 2012, bombeiros, PMs e policiais civis rebelaram-se em vários Estados. A baderna maior se deu na Bahia, agravada pela postura vacilante do governo do petista de Jacques Wagner. Com militares de braços cruzados, Wagner deixou a situação correr, não estabeleceu um canal eficiente de negociação com os grevistas e custou a admitir que tinha perdido o controle da situação. Quando finalmente pediu ajuda da Força Nacional de Segurança (FNS), o prédio da Assembleia Legislativa da Bahia estava ocupado por grevistas, que entraram em choque com tropas do Exército, FNS e da PF.

A reputação do governador baiano ficou em frangalhos, mas a lição não surtiu efeito produtivo país afora. O governador pernambucano João Lyra Neto (PSB) recebeu do antecessor, Eduardo Campos, uma Polícia Militar em ponto de ebulição. Manteve a política de não negociar com grevistas, com a greve julgada ilegal. Os policiais ignoraram a decisão judicial, a cidade mergulhou no caos e quem pagou o pato foi a população. De quebra, enquanto as lojas de Recife eram saqueadas, a equipe da campanha publicou na internet uma foto de Campos com a mulher e o filho caçula viajando em um jatinho – a imagem foi retirada, mas o grito de guerra contra ele foi inevitável entre os grevistas.

Os policiais voltaram ao serviço nesta sexta-feira. A paz, não. Até que o policiamento se reorganize, a população está vulnerável, como esteve na madrugada e na manhã seguintes ao fim da greve, período em que houve assassinatos, assaltos e saques na Região Metropolitana de Recife. Os policiais, desgastados, acabaram ficando com o que já estava previamente negociado com o governo do Estado desde 2011: reajuste de 14,55% programado para junho, incorporação da gratificação por “risco operacional” também pelos militares da reserva e promessas de melhorias nas condições de promoção e de saúde no hospital da PM. “A sociedade pernambucana não pode pagar o prejuízo”, admitiu, na quinta-feira, um dos líderes da greve, o soldado Joel do Carmo.

“Há sempre interesses de partidos, de pessoas que aproveitam a liderança para ganhar projeção. Mas os governadores têm tratado essas greves com uma lógica de confronto. É o que Pernambuco fez agora. Mesmo em uma paralisação considerada ilegal, não se pode abrir mão de negociar. É fundamental criar canais de negociação. O corporativismo tomou conta desses movimentos. E os governadores pioraram a situação porque não tiveram capacidade de negociar”, afirma Sapori.

Pernambuco tem um histórico de greves de policiais desastrosamente conduzidas. Em julho de 1997, uma greve que durou doze dias deixou as ruas do Recife à mercê da criminalidade. O então governador, Miguel Arraes, solicitou apoio das Forças Armadas e foram enviados para o Estado 1.030 homens do Exército, com veículos blindados. No período da paralisação da polícia, houve setenta assassinatos, catorze postos policiais foram depredados, seis incendiados. Um soldado morreu com um tiro na cabeça, quando atuava em um assalto. Quatro anos depois, o Exército precisou voltar às ruas para socorrer os pernambucanos, no governo Jarbas Vasconcelos (PSDB). Os oficiais que haviam conduzido a primeira greve negociavam um adiamento da mobilização. Os praças, no entanto, cobravam aumento imediato do piso de 500 para 900 reais. Diante do impasse, os PMs marcharam, armados, até a Praça da República, onde fica a sede do governo. No dia mais tenso da mobilização, dois grupos de policiais militares se enfrentaram com tiros.

O pesquisador José Vicente Tavares, professor da UFRGS, dedicou-se a monitorar greves policiais desde a redemocratização. De tão recorrentes as demandas, acredita ele, greves desse tipo devem ser encaradas como uma crise estrutural da segurança pública. “O salário é a ponta do iceberg. Essas greves usam conjunturas favoráveis, como eleições ou Copa do Mundo, mas há uma crise institucional nas polícias”, afirma.

A repetição de movimentos grevistas nas forças de segurança favoreceu o surgimento de uma bancada de policiais nos Legislativos federal, estadual e municipal. Ao fim, esses movimentos serviram para impulsionar pretensões eleitorais. Mas, no poder, os sindicalistas-grevistas não contribuíram para amenizar os problemas que as paralisações de policiais causam nas ruas. “Greves policiais não são um problema deste ou daquele governo. Temos que encarar como uma questão social e política. Houve um incremento na presença de agentes das mais variadas corporações no Legislativo, mas as paralisações ainda ganham contornos dramáticos”, afirma Tavares.

Paralisação nacional – Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Gandra, que lidera o movimento, o protesto de quarta-feira será feito para cobrar “melhorias na segurança pública”. “A população deve ser compreensiva com o movimento”, diz Gandra. Não será fácil obter aprovação popular se as cenas de Pernambuco se repetirem. E é evidente que a mobilização nacional, e o momento escolhido para a manifestação, tem mais relação com salários do que com combate ao crime.

No Rio de Janeiro, os policiais civis penduraram em frente à Chefia de Polícia um grande cartaz lembrando ao governador Luiz Fernando Pezão que “a decisão é dele”. Os agentes, que reivindicam a incorporação ao salário de uma gratificação de 850 reais, decidirão em assembleia na próxima quarta-feira, no Clube Municipal, na Tijuca, se haverá paralisação em todas as delegacias do Estado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, a incorporação da gratificação vem sendo discutida com o governo do estado desde o ano passado. Em abril, a categoria estabeleceu um prazo, que se esgotou na última quinta-feira, para que o governador Luiz Fernando Pezão apresentasse o projeto de incorporação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O projeto, no entanto, não foi levado aos deputados. Segundo o Sindpol, o salário inicial bruto de um agente é de cerca de 4.500 reais, incluindo a gratificação Delegacia Legal. Com os descontos, o valor líquido cai para 3.500 reais. O ganho de um delegado no início da carreira, segundo planilha do Sindpol, é de 15.000 reais.

No Rio a arapuca está armada para Pezão, pré-candidato do PMDB ao governo: a Polícia Militar está pronta para, em caso de vitória dos colegas civis, deflagrar imediatamente um movimento reivindicatório. Ou seja: se Pezão não atender, complica-se com a Civil; se ceder, fica na mão dos militares.

PEC 300 – Na greve de 2012, como na de agora, a meta nunca alcançada pelos grevistas é a PEC 300 – que, em resumo, equipara os salários dos policiais de todo o país ao da PM do Distrito Federal, atualmente na casa dos 4.200 reais. Cada estado, é verdade, tem uma realidade econômica e um orçamento público próprios, com limitações e tamanhos diferentes. Acontece que, para surpresa – apenas – de quem não acompanha a novela desde o início, todos os Estados tiveram, há quatro anos, uma promessa de socorro para implantar a realidade salarial da capital. Fazer da PEC 300 uma realidade foi compromisso de campanha de Dilma Rousseff, pois, justamente pelas diferenças entre os estados, é necessário que a União complemente os salários nas unidades da federação mais estranguladas.

A PEC deixou de ser prioridade tão logo a presidente subiu a rampa do Planalto. Agora, quando está mais perto de descê-la do que em qualquer momento dos últimos quatro anos – como indicam as últimas pesquisas de intenção de voto – Dilma tem algumas contas a fazer. Uma, aritmética, diz respeito ao quanto custaria levar à frente a equiparação, comprometendo mais uma fatia do orçamento da União. A outra, estratégica e política, leva em consideração os efeitos dos levantes nos estados.

FONTE - VEJA.

É O FIM DA FAMÍLIA E O COMEÇO DE SODOMA

16/05/2014
 às 18:07

Escolas de SP acabam com “O Dia das Mães” e instituem o “Dia dos Cuidadores”. Viva o fim da família, prefeito Fernando Haddad!

Pois é, pois é… Recebi na Jovem Pan a informação de um pai indignado, morador de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. Na semana passada, as instituições públicas de ensino em que seus filhos estudam deixaram de comemorar o tradicional “Dia das Mães” para celebrar o inovador “Dia de quem cuida mim”.
O jovem pai, de 27 anos, tem dois filhos matriculados na rede municipal de ensino. O mais velho, de 5 anos, é aluno da EMEI Cecília Meireles, e o mais novo, de 3 anos, do CEI Monteiro Lobato, de administração indireta.
Ele afirma que conversou com a coordenadora pedagógica da EMEI e sugeriu que fossem mantidas as datas do “Dia dos Pais” e do “Dia das Mães”, além de incorporar ao calendário esse tal “Dia de quem cuida de mim”. Ele acha que essa, sim, seria uma medida inclusiva e não preconceituosa. A resposta que recebeu dessa coordenadora pedagógica foi a seguinte: “A família tradicional não existe mais”.
Isso quer dizer que, segundo a moça, família com pai, mãe e filhos acabou. É coisa do passado.
O produtor Bob Furya foi apurar. Tudo confirmado. A assistente de direção da Escola Municipal de Ensino Infantil Cecília Meireles afirmou que a iniciativa de criar “o dia de quem cuida de mim” partiu de reuniões do Conselho Escolar, do qual participam pais e professores e de reuniões pedagógicas entre os docentes.
O pai garante que não participou de consulta nenhuma. Ele assegura, ainda, ser um pai presente. E parece ser mesmo verdade. Para a escola, o fato de se criar “o dia de quem cuida de mim” permite a crianças órfãs, criadas por parentes ou por casais homossexuais que não se sintam excluídas em datas como o “Dia das Mães” ou o “Dia dos Pais”. Para esse pai, no entanto, trata-se do desrespeito à “instituição da família”.
Em nota, afirma a Secretaria de Educação: “Hoje em dia, a família é composta por diferentes núcleos de convívio e, por isso, algumas escolas da Rede Municipal de Ensino decidiram transformar o tradicional Dia dos Pais e das Mães no Dia de quem cuida de mim.”
Não dá! Você que me lê. Pegue o registro de nascimento do seu filho. Ele tem pai? Ele tem mãe? Ou ele tem, agora, cuidadores?
Qual é a função da escola? É aproximar os pais, não afastá-los. O que é? A escola pública vai agora decretar a extinção do pai? A extinção da mãe? A democracia prevê o respeito às minorias. Querem integrar os pais homossexuais? Muito bem! Os avôs? Muito bem! Extinguir, no entanto, a figura do pai e da mãe, transformando-os em cuidadores é uma ideia moralmente criminosa.
Nessas horas, sei bem o que dizem: “Ah, lá estão os conservadores…”. Não se trata de conservadorismo ou de progressismo. Todo mundo sabe que boa parte das tragédias sociais e individuais tem origem em famílias desestruturadas.
Uma pergunta: declarar o fim da família tradicional é o novo objetivo da gestão de Fernando Haddad?
Por Reinaldo Azevedo

Assim era o maravilhoso regime militar

João Baptista de Oliveira Figueiredo (Rio de JaneiroBrasil15 de janeiro de1918 – 24 de dezembro de 1999). Foi um militar e político brasileiro, sendo, entre 1979 e 1985, o último presidente da república no regime militar.

  • “Juro que farei deste país uma democracia”
Ao tomar posse, em 15 de março de 1979.
  • “Quem for contra a abertura, eu prendo e arrebento.”
Fonte: Teatro de Arena: palco de resistência, por Rafael Guimaraens, página 146, editora Libretos, ISBN 8588412128, 9788588412125
  • “Prefiro cheiro de cavalo do que cheiro de povo.”
Fonte: Brasil:uma história, por Eduardo Bueno, página 383, editora Ática,ISBN 8508082134, 9788508082131
  • “Não posso obrigar o povo a gostar de mim. Sou o que sou, não vou mudar para que o povo goste.”
Fonte: Brasil:uma história, por Eduardo Bueno, página 383, editora Ática,ISBN 8508082134, 9788508082131
  • “Se ganhasse salário mínimo, eu dava um tiro no coco.”
Fonte: História indiscreta da ditadura e da abertura: Brasil : 1964-1985, por Ronaldo Costa Couto, página 256, editora Record, ISBN 8501054682, 9788501054685
  • “O que eu gosto mesmo é de clarim e de quartel.”
Fonte: Brasil:uma história, por Eduardo Bueno, página 383, editora Ática,ISBN 8508082134, 9788508082131
  • “Me envaideço de ser grosso.”
Fonte: História indiscreta da ditadura e da abertura: Brasil : 1964-1985, por Ronaldo Costa Couto, página 256, editora Record, ISBN 8501054682, 9788501054685
  • “Eu não disse que fazia? Eu não disse que fazia?”
Ao assinar a Lei da Anistia, em 27 de junho de 1979.
  • "Peço ao povo que me esqueça"
João Baptista de Oliveira Figueiredo citado em "O corpo-a-corpo não pode ser assim", por Malu Gaspar e Alexandre Oltramari; Revista Veja, Edição 1 777 - 13 de novembro de 2002
  • “O turco não sentará no meu lugar de maneira nenhuma”
Sobre a possibilidade de Paulo Maluf ser eleito no colégio eleitoral.
Fonte: Na arena do marketing político: ideologia e propaganda nas campanhas presidenciais brasileiras, por Adolpho Queiroz, página 205, editora Summus Editorial, ISBN 8532302165, 9788532302168
  • “Tancredo never”
Trocadilho infame dito quando Tancredo Neves, presidente eleito do Brasil após o período da ditadura, morreu sem ter tomado posse do cargo.
  • “Sei que o Brasil é um país essencialmente agrícola. Viram, não sou tão ignorante quanto dizem”
Sobre a economia brasileira da época.
  • “Durante muito tempo o gaúcho foi gigolô de vaca”
Sobre as peculiaridades do Rio Grande do Sul.
Fonte: Do bestial ao genial: frases da política, por Paulo Buchsbaum, página 18, editora Ediouro Publicações,ISBN 850002075X, 9788500020759
  • “Minha mãe não está em pauta”
Em resposta a insultos que recebeu de estudadntes durante a visita a Florianópolis, Santa Catarina.
Fonte: Os caminhos da revolução, por Dias Gomes, página 665, editora Bertrand Brasil, ISBN 8528600874, 9788528600872
  • “O que sei é que no dia da posse vou embora de Brasília levando apenas minhas mulheres”
Sobre rumores de um possível golpe contra Tancredo Neves.
  • “É assim que ele se refere aos cavalos”,
-Primeira-dama, Dulce Figueiredo, esclarecendo a frase anterior proferida pelo presidente, diante do espanto dos que ouviam.
  • “Uma coisa que nunca entendi é porque todo artista, esse tal de Caetano Veloso por exemplo, tem de ser dessa tal de esquerda”
sobre a posição política da classe artística.
  • “AI-5? Quem é esse menino?”
-Em resposta ao jornalista José Luiz Azevedo quando perguntado se o Ato Institucional número 5 "faria aniversário".
  • “Tenho juízo, não sou maluco”
Em resposta à jornalista Leila Cordeiro, quando perguntado se o senhor João Baptista d Oliveira Figueiredo pretendia candidatar-se ao governo do estado do Rio de Janeiro.
  • “Bom, o povo, o povão que poderá me escutar, será talvez os 70% de brasileiros que estão apoiando o Tancredo. Então desejo que eles tenham razão, que o doutor Tancredo consiga fazer um bom governo para eles. E que me esqueçam”
Célebre "declaração de despedida" proferida durante uma entrevista com o jornalista Alexandre Garcia, na extinta TV Manchete.

Entrevista 1999[editar]

Entrevista concedida ao jornal O Globo, 4 meses antes de falecer e publicada em outubro de 1999:
  • “É um vagabundo sem vergonha.”
Sobre o cantor, compositor e diplomata Vinícius de Moraes.
  • “A solução pras favelas é jogar uma bomba atômica.”
Sobre a situação das favelas no Rio de Janeiro.
  • “Eu cheguei e as baianas já vieram me abraçando. Ficou um cheiro insuportável, cheguei no hotel tomei 3, 5, 7 banhos e aquele cheiro de preto não saía.”
Sobre a sua visita à Salvador na ocasião visitando o Senhor do Bonfim.

A POLÍTICA VIROU NEGOCIO DE FAMÍLIA E APADRINHADOS

Com discurso de mudança e renovação, as eleições para governador terão candidatos que levam para a disputa um rosto novo, mas um sobrenome que é velho conhecido dos eleitores do país.

São filhos de ministros, governadores, deputados e senadores que se preparam para concorrer pela primeira vez a uma vaga de governador.

Se eleitos, vão garantir a continuidade ou a volta ao poder de uma tradicional força política em seus estados.

“A democracia se faz com alternância, com renovação, com arejamento, com oxigenação. Por mais que algumas forças recalcitrantes da velha política não queiram, o novo sempre vem”, disse o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), ao lançar a pré-candidatura de seu filho, no último dia 5.

Um dos mais jovens na disputa deste ano, o deputado Renan Filho (PMDB), 34 anos, é da terceira geração e nova aposta do clã, que entrou na política de Alagoas com seu avô, o major Olavo Calheiros.

Desde então, quatro dos oito filhos do patriarca se alternam em cargos de prefeitos e parlamentares. O primogênito Renan ocupa pela terceira vez a presidência do Senado.

Outro candidato no Congresso é o filho do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), senador Lobão Filho (PMDB-MA), 49.

Edinho nasceu e viveu boa parte da juventude em Brasília. Foi lá que seu pai entrou na política – foi eleito deputado federal em 1978, pela Arena, partido que deu sustentação ao regime militar. Aliado da família Sarney, Edison Lobão também foi senador e governador (1991-1994).

“O povo quer uma mudança. E eu quero dizer a vocês, com toda tranquilidade: eu sou realmente e verdadeiramente essa mudança”, disse Edinho, durante evento na Assembleia Legislativa do Maranhão para lançar sua pré-candidatura.

Apesar do discurso, Edinho é o candidato que tem o apoio da atual governadora, Roseana Sarney (PMDB).

Como a maioria dos candidatos-herdeiros, Helder Barbalho, 34, começou na política do Pará como vereador, deputado estadual e prefeito. Agora, será o candidato do PMDB a governador, cargo já ocupado pelo pai, o senador Jader Barbalho (PMDB).

Além do sobrenome, Helder empresta do pai algumas de suas emissoras de rádio. Há mais de um ano, comanda o “Programa do Helder”, com várias críticas à gestão do governador Simão Jatene (PSDB).

Para alguns candidatos, ser filho de político não é garantia de ser lembrado. Após pesquisa mostrar que 40% dos eleitores da Paraíba não conheciam seu nome, o ex-prefeito de Campina Grande Veneziano Vital (PMDB) passou a percorrer o interior.

Filho do jurista e ex-deputado federal Antonio Vital do Rêgo e irmão do senador Vital do Rêgo Filho, Veneziano diz se orgulhar das raízes. “Só não gostaria do rótulo de cacique, porque soa pejorativamente”, pediu à reportagem.

No Tocantins, o ex-governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB) renunciou no mês passado para abrir caminho para a candidatura do filho Eduardo (PTB), 55.

A família tem forte influência política desde 1988, quando Siqueira Campos se tornou o primeiro governador eleito do Tocantins após liderar o movimento pela emancipação do estado.


SOLDADO É PRESO POR ESTUPRO

Na noite dessa segunda-feira (19), um soldado do Exército foi preso suspeito de estuprar uma jovem em Cristalina, Região Metropolitana do Distrito Fedeal. Bruno Barcelos Pinto, de 18 anos, foi detido após a jovem ligar para o namorado – que acionou a polícia – durante a perseguição.
Para a TV Record, a vítima contou que estava saindo de um curso quando percebeu a presença de dois rapazes. A moça tentou correr, mas foi alcançada pela dupla. Ela relatou que o soldado a encostou em uma árvore e tirou sua roupa.
O suspeito ainda ameaçou a jovem, dizendo para o comparsa terminar o "serviço" enquanto ele iria atrás de ajuda para buscar o seu corpo. Bruno Pinto está preso no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops ) de Cristalina. 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

CONHEÇA OS VEREADORES QUE VOTARAM CONTRA AS MELHORIAS NA SAÚDE DE CALDAS NOVAS

Câmara reprova projeto de lei que previa melhorias para usuários da saúde!
Isso mesmo!
O projeto de lei 022/2013, que dispõe sobre o TEMPO DE ESPERA para atendimento médico, exames, cirurgias eletivas em unidades de saúde do nosso município foi REPROVADO na Câmara de Vereadores, por 8 (oito) votos contrários ao projeto e 5 (cinco) a favor do povo. Votaram a favor de um atendimento digno para a nossa população os vereadores: Silio Junqueira ArlindoCeara Dantas Tony Marcus Tomatinho Marcos Primo Castello e Marinho da Câmara
Obs: Não estava na sessão o vereador Rodrigo Lima e não votou Ednaldo da Saúde. Todos os outros que não foram citados votaram CONTRA.
Fiquem atentos, cobrem de seus representantes. Com a saúde da população não se brinca.
Eu não consigo entender, como pode ser possível um parlamentar votar contra um projeto de lei que só iria beneficiar a população.

Ex-Prefeita continua presa

Um erro da defesa da ex-prefeita Dirce Maria Araújo, de Timbiras, culminou hoje com a manutenção da sua prisão, efetivada na sexta-feira da semana passada (16).
Os advogados dela deram entreda em habeas corpus, com pedido de liminar, no plantão do Tribunal de Justiça, mas, segundo a desembargadora Maria das Graças Duarte, não juntaram cópia do mandado de prisão.
Não consta nos autos a cópia do mandado, apenas a entrega do mesmo ao Delegado da Delegacia Regional de Codó, Dr. Rômulo Vasconcelos, conforme fl. 325. Logo, vejo, pelos documentos adunados, a ausência efetiva da execução do mandado de prisão, expedido em desfavor da Paciente, sendo que há apenas alegação de cumprimento da medida, razão pela qual entendo que a matéria não se encontra dentre as especificadas regimentalmente para ser conhecida no Plantão Judiciário”, despachou a magistrada.
A desembargadora, então, decidiu não conhecer o pedido e mandou a matéria para análise das Câmaras Criminais. E Dirce Maria segue presa.
Blog: Gilberto Leda

IRMÃO ATROPELA O PRÓPRIO IRMÃO

Governador Valadares - Uma tragédia em família. Assim pode ser descrito um acidente ocorrido na BR-381, na tarde de sábado. Antônio dos Santos Silva, de 54 anos, morreu após ser atropelado por um caminhão conduzido pelo próprio irmão.
Conforme o que foi apurado até o momento, Antônio seguia no banco do carona, no caminhão Volkswagen, dirigido por seu irmão, de 43 anos, de São Paulo para o Nordeste. Quando passavam pelo trevo que dá acesso à BR-116, em governador Valadares, o motorista se confundiu e pegou o sentido errado.
Antônio saiu do caminhão no intuito ajudar o irmão a manobrar o veículo para voltar a rota correta. Em um dado momento, o motorista, não percebendo que estava atrás, deu réu, atingido Antonio que morreu no local.

Uma Viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve n local e tomou conta da ocorrência.

O corpo foi removido para o IML da cidade.

NÃO TENTEM ENGANAR NOSSAS CRIANÇAS NAS ESCOLAS:

QUANDO ALGUÉM QUISER CONTAR A HISTÓRIA POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DE DETERMINADO POLÍTICO, PARA AS NOSSAS CRIANÇAS,  TEMOS QUE CONTAR A HISTÓRIA REAL E VERDADEIRA! COM CERTEZA VAMOS ENCONTRAR A VERDADEIRA HISTÓRIA DE FRAUDES,  ROUBOS, DESVIOS DE DINHEIRO E LEMBRAR DE VÁRIOS PROCESSOS QUE ESTÃO NA JUSTIÇA CONTRA ESTE SUJEITO, QUE NA VERDADE TEM UMA HISTÓRIA NEBULOSA DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.
É PRECISO CONTAR A HISTÓRIA REAL E NÃO TENTAR ENGANAR NOSSAS CRIANÇAS. CERTOS EXEMPLOS POLÍTICOS SÃO  NEGATIVOS PARA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS BRASILEIRAS. LUDIBRIAR NOSSAS CRIANÇAS COM HISTÓRIAS DE POLÍTICOS CORRUPTOS PODE INFLUENCIAR ESSAS CRIANÇAS NO CAMINHO DO MAU E DA DESORDEM. POLÍTICOS  CRIMINOSOS  DEVEM SEREM EXPOSTOS AS NOSSA CRIANÇAS COMO TAL E NÃO COM EXEMPLO DE VIDA HONESTA OU LIMPA. 

Preso suspeito de matar esposa e filha

Um homem identificado como João de Deus foi preso na noite deste domingo (18), na região de Matões do Norte, Estado do Maranhão.Segundo a polícia, ele é suspeito de assassinar a esposa, identificada como Luciane Ferreira da Silva, de 25 anos, e a filha, Ana Vitória Rodrigues, de 4 anos, no município de Cantanhede-Ma.

Os corpos foram encontrados em estado de decomposição, por volta das 19h desse domingo, por um parente das vítimas. Haviam neles sinais de estrangulamento.

Policiais da 8ª Companhia da Polícia Militar de Itapecuru-Mirim conseguiram prender o suposto suspeito do duplo homicídio. João de Deus nega envolvimento no crime, mas, segundo a polícia, não demonstrou preocupação com a morte da esposa e filha.

Testemunhas contam que ele foi visto com as duas em uma pizzaria na noite de sábado. Ao chegar na delegacia populares queriam linchar João de Deus. 


SALVOU O NAMORADO E ACABOU ASSASSINADA

Ao salvar a vida do namorado uma jovem de dezoito anos acabou sendo assassinada com dois tiros na cabeça, no início da madrugada desta segunda-feira(19), no bairro do Tapanã, em Belém. Daniele Rosário da Costa foi friamente morta porque teria travado luta corporal com os criminosos, após o namorado fugir e deixá-la sozinha na mira deles. O crime foi na Quarta Rua do Conjunto Residencial Cabano. O alvo da “execução” fugiu ileso e nem sequer voltou para olhar o corpo da namorada ou dar explicações à polícia.

De acordo com informações da polícia, o namorado dela, de prenome “Moisés”, conhecido também como “Surack” era quem os assassinos queriam matar. O suspeito do crime foi identificado como “Gordo” e seria um vizinho da vítima.

Conforme relato do cabo PM Américo da viatura 1015, pertencente ao 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a suspeita é que o crime tenha sido motivado por supostas dívidas do namorado da vítima com o traficantes de drogas.


“De acordo com testemunhas, o suspeito do crime e um comparsa chegaram a pé aqui no local e abordaram o namorado dela, efetuando vários tiros, mas ele conseguiu fugir sem ser ferido. Em seguida, ela (Daniele) tentou lutar contra o assassino e acabou sendo morta no lugar do rapaz. Nós suspeitamos que ele estava jurado de morte por traficantes aqui da área. Até o momento ele não foi encontrado”, disse.


 Os familiares de Daniele contaram que foram ameaçados de morte por “Gordo” - principal suspeito do crime. Segundo depoimentos de parentes que não preferiram não se identificar, “antes de fugir com o comparsa em uma moto, ele teria dito que retornaria para matar tanto ‘Moisés’, como os outros irmãos da vítima e os pais dela”.  Eles contaram ainda que “Surack”, antes de namorar Daniele, morava no bairro da Cabanagem e, que teria uma “antiga desavença” – de motivo não revelado – com o suspeito, o “Gordo”. De acordo com eles, por conta disto, nos últimos meses estaria sendo vítima de constantes ameaças de morte.

Todas as informações apuradas no local do crime foram coletadas pela Divisão de Homicídios (DH), que deverá encaminhá-las para a Seccional Urbana de Icoaraci, para que o assassinato seja investigado. Até o final da madrugada de ontem, o suspeito do crime ainda não havia sido encontrado pela polícia. De acordo com testemunhas, ele moraria na Terceira Rua, localizada no mesmo conjunto onde ocorreu o crime. Os familiares de Daniele também não tinham informações sobre o paradeiro de “Moisés”, que sobreviveu, mas perdeu a namorada.

CUIDADO BRASIL A COISA PODE FICAR PIOR DO QUE ESTÁ

Governo tucano privilegia acionistas da Sabesp e população paulista fica sem água
Segundo especialista, a principal causa do racionamento é a falta de investimentos em novos mananciais porque o dinheiro foi repartido entre acionistas da empresa
Por Lúcia Rodrigues, especial para o Viomundo
A falta de água em São Paulo não pode ser atribuída à ausência de chuvas no último período. A principal causa para o esvaziamento do sistema Cantareira, maior reservatório da região metropolitana, se deve à falta de investimentos do governo do Estado na ampliação de novos mananciais. Essa é a conclusão do professor aposentado da Escola Politécnica da USP e engenheiro de hidráulica e saneamento Julio Cerqueira Cesar, um dos maiores especialistas na área.
Ele explica que estiagens são comuns em outros países e nem por isso a população fica sem água potável nas torneiras. “O que está acontecendo em São Paulo, acontece em qualquer lugar do mundo. Faz parte do ciclo hidrológico. A chuva não é a culpada. O problema é que o sistema de abastecimento de água tem de ter a capacidade de suprir essa variação na precipitação, e isso não ocorreu aqui”, enfatiza.
“O governo não investiu na ampliação de mananciais, são os mesmos de 30 anos atrás. Nesse período, a população cresceu em 10 milhões de pessoas (saltou de 12 milhões para 22 milhões). Os mananciais existentes não são capazes de atender a essa demanda. Essa é a grande causa da falta de água em São Paulo”, ressalta.
A falta de investimento na ampliação de novos mananciais tem explicação. Segundo o professor Julio, até o início da década de 1990, o objetivo da companhia era atender a população com saneamento básico, para manter a saúde pública em níveis adequados. “Até 90, a companhia era comandada por engenheiros sanitaristas, depois disso a Sabesp aderiu ao lucro de corpo e alma. Deixou de se preocupar com seus usuários e de se preocupar com seus acionistas. Hoje quem comanda a Sabesp são economistas e advogados. O objetivo da empresa mudou. É para dar lucro para os acionistas.”
Para o geólogo e deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), líder da minoria (PT – PSOL – PCdoB) na Assembleia Legislativa de São Paulo, a lógica do lucro na Sabesp é anterior à década de 90, e remonta à época da ditadura militar. “Vem desde o Maluf, mas os tucanos intensificaram a mercantilização da água ao abrir o capital da Sabesp em Bolsa. Isso agudizou o problema, porque os acionistas não querem abrir mão do lucro para se fazer os investimentos necessários, por exemplo, na ampliação dos mananciais.”
Apesar de não ter sido privatizada nos moldes tradicionais, na prática a Sabesp deixou de ser pública. Em 2000, a companhia teve inclusive seu capital acionário aberto na Bolsa de Nova York. “Com a abertura do capital, a companhia deixou de ser uma empresa de saúde pública e virou um balcão de negócios. Só se preocupa com o lucro dos acionistas, que estão muito satisfeitos”, afirma o professor Julio.
Com faturamento anual na casa dos R$ 10 bilhões e lucro líquido em torno de R$ 2 bilhões, a Sabesp tem repassado anualmente a seus acionistas aproximadamente R$ 500 milhões. “Os acionistas estão dando risada, enquanto os usuários choram”, ironiza o professor, ao se referir à falta de água que atinge os moradores da região metropolitana de São Paulo.
O professor conta que dez anos após o capital da companhia ter sido aberto na Bolsa de Nova York, a Sabesp foi premiada nos Estados Unidos por ser a empresa que mais se valorizou no período. “Sucesso financeiro e fracasso completo em saúde pública…”, sentencia.
Lucro X Investimento
Para ele, a abertura das ações na Bolsa de Nova York é um dos principais motivos da falta de investimento na ampliação dos mananciais para o abastecimento de água da população de São Paulo. “Não investe porque só quer ter lucro para repassar aos acionistas. Estar na Bolsa de Nova York é sintomático. A Sabesp entrou na lógica do lucro, deixou de se preocupar com água e saneamento básico, para se preocupar com seus acionistas.”
O deputado petista destaca que o comportamento da Sabesp é diametralmente oposto ao da Petrobras, que também tem ações em Bolsa, mas não abriu mão de investir. “A Petrobras não deixou de fazer os investimentos necessários, tanto é que descobriu o pré-sal”, alfineta. Adriano Diogo também é critico em relação ao valor da tarifa cobrada dos usuários pela Sabesp. “É uma das contas de água mais caras do mundo. Isso é para dar lucro para os acionistas.”
Para o ex-governador do Paraná, senador Roberto Requião (PMDB-PR), “o aumento da tarifa e a fantástica distribuição dos lucros nas bolsas” são consequências da privatização do interesse público. “O objetivo não é mais o saneamento básico e a purificação da água, mas dar lucro aos acionistas. Transformaram a água numa commodity [mercadoria]”, critica.
Requião afirma que o resultado de uma empresa de água deve ser medido pelo serviço que presta à população e não pelo lucro que gera a seus acionistas. Ele teme que seus adversários também abram o capital acionário da Sanepar, a companhia de água e saneamento do Paraná, em Bolsa. Parte dela já havia sido vendida por seu antecessor.
“Empresa de água tem de ser pública. Quando saí do governo, deixei em caixa na Sanepar R$ 1 bilhão. O Beto Richa (atual governador do Estado) chegou e aumentou a participação (dos acionistas) de 25% para 50% e passou a não fazer mais investimentos. O Estado não tem de tirar dinheiro da empresa, tem de reinvestir.”
O governador Beto Richa, do Paraná, é do mesmo partido de Geraldo Alckmin, seu colega paulista: PSDB.
Medo da eleição
Mas a falta de investimentos em novos mananciais devido à preponderância na valorização dos interesses dos acionistas em detrimento do bem-estar da população está se tornando o grande pesadelo do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB).
A falta de água representa um risco real à sua reeleição. “O governador não assume o racionamento porque quer ser reeleito e acha que se fizer, não será. Está empurrando a crise da água em São Paulo, com a barriga, politicamente… É impressionante a desproporção entre o tamanho do problema e a pequenez das soluções adotadas pelo governo”, critica o professor.
Além da crise que atinge os moradores da região metropolitana neste momento, três milhões de pessoas já sofriam com a falta de água antes desse problema. “A Sabesp faz ligação de rede pra todo mundo, porque assim cobra a tarifa, só que depois não leva a água até a casa das pessoas. Diz que o cano furou… Infelizmente são os pobres que pagam…”
Ele revela que há um déficit de 13 metros cúbicos de água por segundo entre o que é oferecido pela Sabesp e o que é demandado pela população. Os reservatórios fornecem em torno de 72 metros cúbicos por segundo, quando deveriam liberar 85.
A situação é gravíssima. Um técnico da companhia que não quer se identificar com medo de represálias, porque a Sabesp persegue quem aponta seus erros, reforça a preocupação do professor. “Este ano há o risco de um colapso.”
“A Cantareira seca no próximo mês”, frisa Julio. “E o Alto Tietê deve secar até no máximo novembro, se as coisas continuarem do jeito que estão”, completa o funcionário.
Desperdício
Um dos problemas levantados pelo técnico para o agravamento da crise é o desperdício de água pela própria Sabesp, que hoje ultrapassa os 30% do volume produzido, segundo dados da Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp). Esse percentual de desperdício é suficiente para abastecer uma cidade como Campinas.
Os vazamentos em grande medida são fruto da política adotada pela companhia, que optou por terceirizar parte de seus serviços. “Isso tem reflexo na qualidade do serviço prestado. Não dá pra comparar o trabalho de um funcionário da Sabesp com o de uma (empresa) terceirizada. Quem é terceirizado não recebe a mesma formação que nós, a rotatividade dessas empresas é muito grande. Por isso, não é raro que logo depois de se instalar uma rede, ela esteja vazando”, explica.
Ele revela como essa política também pode aumentar drasticamente o valor da conta de água. “Quando falta água, entra ar nos canos e o hidrômetro começa a girar que nem louco. Isso faz com que a conta de água aumente muito, sem a pessoa saber o porquê. Se são técnicos da Sabesp, fazem ventosas no sistema para retirar esse ar, mas os terceirizados não fazem isso…”, lamenta.
Racionamento vai perdurar
Para o professor Julio, a população vai pagar pelo erro do governo do Estado de São Paulo. Ele considera inevitável o racionamento no curto e médio prazo. O próximo ano deve ser ainda mais difícil. Ele prevê que o racionamento dure em torno de dois anos.
“Se (Alckmin) quisesse resolver tecnicamente o problema, já deveria ter começado o racionamento em dezembro do ano passado e tomado uma série de providências, mas não fez isso. O governador quer empurrar o problema para depois das eleições.”
“A boa notícia é que temos água em condição de ser trazida para as cidades, o problema é que essas obras demoram muito para serem concluídas.”
O professor se refere à bacia hidrográfica localizada no Vale do Ribeira. “Lá há pouca gente e uma quantidade enorme de água. Não vai afetar em nada a vida dos moradores.”os e passou a se