
“Não há nada que comprometa” a lisura do
processo eleitoral, avaliou na sexta-feira o corregedor-geral da
Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha.
Noronha chegou a classificar como
“prejudicial” à democracia o pedido. Outros ministros usam a expressão
“desserviço” e “antidemocrático” para se referir ao pedido, mas destacam
que o plenário vai discutir o tema inclusive para “esclarecer” o
processo eleitoral à sociedade.
A decisão da Justiça Eleitoral de só
divulgar o resultado parcial da apuração quando a votação já estava
praticamente definida também é levantada pelos tucanos. Os dados só
foram divulgados às 20 horas, pois a Justiça esperou o encerramento da
votação no Acre, que está três horas atrás do horário de Brasília em
razão do fuso horário em vigor.
O TSE destaca ainda que os partidos
políticos, inclusive o PSDB, participam das cerimônias de verificação do
software das urnas eletrônicas e tiveram as equipes jurídicas
participando de todo o processo eleitoral.
Torquato Jardim, ex-ministro do TSE,
analisou a peça do PSDB. A avaliação do advogado especialista em direito
eleitoral é de que ela “não aponta qualquer fato objetivo”. “Não há
prova ou fato objetivo que coloque o sistema em dúvida”, disse.
Já o ministro Marco Aurélio Mello, do
Supremo Tribunal Federal e ex-ministro do TSE, defende o afastamento das
dúvidas “para que continuemos admirando o sucesso das urnas”.