terça-feira, 17 de novembro de 2015

Brasil: Tem seu próprio Estado Islâmico: Menino é arrastado em chão de cascalho de escola por ser gago

ma esteticista acusa a direção de uma escola municipal em Ribeirão Preto (SP) de omissão por não adotar medidas para evitar que seu filho de 8 anos sofresse bullying por ser gago. Na última semana, o garoto chegou a ser arrastado pelas crianças sobre cascalhos. A Polícia Civil e o Ministério Público investigam o caso.
Em nota, a Secretaria da Educação informou apenas que instaurou uma sindicância para apurar fatos, e que a família do menino está recebendo todo o apoio necessário.
Essa, porém, não é a versão apresentada pela mãe do garoto, Viviana Ribeiro, de 40 anos, que procurou o Ministério Público e o Conselho Tutelar nesta segunda-feira (16), solicitando apoio na investigação do caso, bem como auxílio para transferir o filho de colégio.
Viviana contou que o filho estuda na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Paulo Monte Serrat há dois anos. Desde janeiro, porém, o menino passou a dizer que estava sendo alvo de piadas constantes, por parte dos colegas de sala, por causa da gagueira.
“Primeiro, começaram falando que ele era gago, fazendo piadinha. Chamavam ele de gago, diziam que era burro. Depois, começaram a empurrar. Até que, há dois meses, jogaram ele em cima de uma catraca. Ele ficou com um hematoma gigante na virilha”, afirmou.
A mãe disse que relatou o fato à direção da escola e sugeriu uma reunião com os pais dos alunos agressores, no sentido de conscientizá-los sobre o respeito às diferenças e a prática de bullying. Entretanto, a ideia não teria sido acatada.
Violência
Segundo Viviana, a situação continuou se repetindo até que, na última terça-feira (10), o filho saiu do colégio com marcas de arranhões nas costas e dizendo que havia sido arrastado por cinco colegas sobre cascalhos dentro da unidade escolar.
Inconformada, a mãe afirmou ter procurado a direção da escola no dia seguinte, mas não obteve sucesso. “A diretora disse que não poderia fazer nada porque estava fazendo um relatório para a Prefeitura. Eu achei aquilo um absurdo”, reclamou.
Entretanto, a mãe disse ter ficado ainda mais revoltada, depois que o filho chegou da escola relatando que havia sido castigado pela diretora. “Depois que eu fui embora, ela chamou os cinco que bateram nele e mandou todos lerem um texto. Como ele tem dificuldade de leitura, foi colocado de castigo”, afirmou.
Viviana registrou um boletim de ocorrência sobre a agressão. O menino passou por exame de corpo de delito e, desde então, tem se recusado a voltar para o colégio. A esteticista disse que procurou a Secretaria da Educação para solicitar a transferência do filho, mas foi informada de que não há vagas em uma unidade próximo ao local onde ela trabalha.
“Não tem como eu falar que as crianças têm culpa, porque elas não têm informação. Os pais também não têm culpa porque não foram acionados, não sabem o que está acontecendo. A única culpada por tudo isso é a direção da escola, que não soube lidar com o problema”, disse.
Sem respostas
G1 questionou a assessoria da Prefeitura de Ribeirão Preto sobre a versão apresentada pela mãe, de que a diretora teria castigado o menino após o episódio de agressão, mas a administração se negou a falar sobre o assunto.
A Prefeitura também não se pronunciou em relação às medidas adotadas para incluir o aluno com gagueira em sala de aula. Em nota, a administração limitou-se a informar que está apurando os fatos, e que preserva a imagem e a integridade do garoto.
“A Secretaria Municipal da Educação está instaurando uma sindicância para apurar fatos e responsabilidades, assim como preservar a imagem e integridade da criança. Todo apoio necessário à família está sendo prestado”, diz o comunicado.
Com G1

Qual o verdadeiro significado da Operação Sermão aos Peixes da policia federal do Maranhão:

 Padre jesuíta, conselheiro de reis, diplomata em cortes europeias. Antonio Vieira nascido em Portugal, mudou-se para o Brasil, com a família aos 7 anos de idade, estudou no colégio jesuíta de Salvador; fluente na língua tupi, padrei Vieira foi um missionário laborioso na defesa das tribos indígenas do Maranhão e do Pará. Tornou-se um pregador respeitado, cuja retórica ganhou fama pela firmeza, ora catequizando, ora fazendo política.
   Mesmo encarregado de missões diplomáticas importantes, ocupou-se de criticar os colonos donos de terras, combateu a escravidão dos índios, razão pela qual, foi expulso do Brasil junto com outros jesuítas. Voltou para Portugal, foi preso, depois anistiado, mudou-se para Roma, onde conquistou fama de grande orador. Regressa a Salvador, retoma a luta pelo indígenas até a morte, aos 90 anos de idade.
   Semana Santa, Peixe Santo... o momento não poderia ser mais propício para releitura dos sermões de padre Vieira. Habilidoso com as palavras, convertia mensagens bíblicas em sermões de críticas sociais e políticas. Utilizou o púlpito inúmeras vezes para fazer alegorias, algumas nem um pouco sutis, em defesa dos explorados.
   A alegoria dos peixes, o Sermão de Santo Antônio aos Peixes, foi proferido na cidade de São Luís do Maranhão, em 1654, pouco antes do jesuíta partir para Lisboa, depois de um litígio com os colonos, por causa da escravização dos índios. O título do Sermão foi retirado do milagre que se conta a respeito de Santo Antônio, que teria sido mal recebido numa pregação na cidade italiana de Arimino, foi perseguido, teria se dirigido à praia e pregado aos peixes, que o teriam escutado atentamente, ao contrário dos homens, que viraram-lhe às costas.
   O Sermão de Santo Antônio aos Peixes proferido por padre Antônio Vieira é uma pregação de imaginação e habilidade retórica surpreendentes, e tal como Santo Antônio, ele vira o púlpito para o mar e diz que se os homens não lhe querem ouvir, ela prega aos peixes. Fala aos peixes para censurar os homens, os vícios da dominação dos colonos portugueses, enumera os defeitos dos peixes, compara-os aos homens. De frente para o mar, proclama: “Vós sois o sal da terra”. O significado do sal iguala-se ao poder regenerador da palavra de Deus proferida pelos pregadores. Padre Vieira instiga e completa que as propriedades do sal é conservar e evitar a corrupção. Mas a terra já está corrompida e não se deixa salgar pela evangelização.
   Com ironia barroca, personifica os homens nos peixes e censura os peixes que se comem uns aos outros, os maiores aos menores e diz que entre os homens, tal absurdo também se passa; por ganância, os maiores exploram os desfavorecidos. Padre Vieira critica a hipocrisia, vaidade e cegueira na conduta do homem, citando alguns peixes: os roncadores, peixes que simbolizam a arrogância, a cobiça e a vaidade; os pegadores, que são dependentes, parasitas e oportunistas; os voadores, peixes que representam a ambição, o capricho de querer sempre mais e por último, o polvo, que é segundo o Padre Vieira, o símbolo dos vícios mais nocivos dos homens e, por isso, serve-se desse exemplo para, de forma implacável, censurar a hipocrisia, o fingimento e a corrupção dos colonos, responsáveis pela escravização dos índios brasileiros. Para o padre Vieira, a capacidade para se camuflar no camaleão é uma espécie de defesa, no polvo é malícia, traição, porque surpreende as vítimas de forma engenhosa. O polvo é assim, traiçoeiro como Judas.
   Embora tenha exaltado virtudes e defeitos, para o jesuíta, as virtudes naturais dos peixes não disfarçam o defeito incorrigível deles: “são eles gente que nunca se há-de converter”, conclui. O mistério reside na ideia da alegoria e nos exemplos. Os homens não se convencem senão pelo entendimento.
   Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e acadêmica de Ciências Sociais pela UFMT e escreve exclusivamente neste blog toda terça-feira - olga@terra.com.br

SÓ MENINO BOM, ESTÃO DE VOLTA DE ONDE NUNCA DEVERIAM SAIR:

Em ação conjunta das Polícias Civil e Militar foram capturados cinco foragidos da Justiça que estavam custodiados na delegacia de Zé Doca, a cerca de 360 quilômetros de São Luís. A ação criminosa iniciou na noite de sábado (14), por volta de 21h. Três homens entraram na delegacia, renderam um policial e uma carcereira, libertaram 22 internos e fugiram usando um veículo. Os criminosos levaram armas, munições, coletes e uma motocicleta.
As informações repassadas pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) são que os primeiros recapturados foram Geilson Oliveira Carvalho, 25 anos, conhecido como “Cobrão” e Hedson Alves da Cruz, 29 anos, o “Cabeludo”. Eles foram presos pela Polícia Militar quando estavam na BR-136 e se dirigiam para Boa Vista do Gurupi. Na sequência, foi preso pela Polícia Civil, o foragido João Pereira, o “João da Foice”. No domingo foi recapturado Ackilla Rodrigues Silva Sousa. Ele foi preso em Araguanã pela Polícia Militar. Ainda no domingo foi preso Adriano Fonseca Costa, o “Brinquedo”, no município de Santa Inês.
A SPCI informa que as investigações continuam no sentido de identificar e prender tanto os três criminosos que ajudaram na fuga, como todos os foragidos da Justiça. O superintendente ressaltou equipes de Bacabal, Viana, Santa Inês e outros municípios estão empenhados na busca dos foragidos.