domingo, 27 de dezembro de 2015

Veja como está atualmente o casal dono do Mega FIlmes


Na manhã do dia 18 de dezembro, a Polícia Federal de Sorocaba deflagrou uma operação que gerenciava o site Mega Filmes HD, por meio da Operação Barba Negra.
E aqui no site da Fatos Desconhecidos, nós já mostramos para você uma matéria sobre os principais escândalos que pararam a internet brasileira. E nesta matéria está o caso da Mega Filmes HD que tanto repercutiu e gerou vários memes na internet.
Segundo afirmou a polícia, o grupo que gerenciava o site contava com um acervo de shows, documentários, séries de TV e cerca de 150 mil filmes.
Ela estima que as visitas no Mega Filmes HD giravam em torno de 60 milhões, nas quais 85% eram de brasileiros e 15% de países como Japão e Portugal. Ela afirma que a renda obtida estava estimada em R$70 mil, oriundos de publicidade exibida no site.
Os donos do site eram o casal Marcos Cardoso e Thalita Cardoso.Eles faziam transmissões de programas antes mesmos que eles estreiassem oficialmente.
A conta do casal foi bloqueada e foram indiciados pela prática de crimes de constituição de organização criminosa (pena de três a oito anos), e violação de direitos autorais, com a pena prevista de dois a quatro anos, além de multa.
Mas depois da prisão, o casal foi solto e respondem em liberdade. E o que eles estão fazendo agora?
Depois do ocorrido, eles tentaram mudar de vida e tentar recomeçar tudo do zero. O casal Thalita e Marcos Cardoso decidiram se aventurar no ramo de entrega de salgados.
Em entrevista ao portal G1, o casal afirmou que Marcos é o entregador utilizando um Voyage de 1987 emprestado pelo tio de Thalita, enquanto ela atende aos clientes recebendo pedidos na sua casa em Cerquilho(SP) e pelo Facebook, tendo a ajuda de sua tia, prima e a mãe na preparação dos alimentos.
O casal tinha veículos como uma BMW e um Jetta, que era chamado de “Jettão” que acabaram sendo apreendidos pela polícia. Em entrevista ao site, Thalita afirma que “Quando chegamos da prisão ouvimos coisas horrorosas, tem gente que nunca mais falou conosco. Mas a maioria, até pessoas desconhecidas, está do nosso lado. Alguns amigos e nossos parentes nos ajudaram muito com uma verba para começar a trabalhar e ferramentas para fazer os salgados, já que não sobrou nada de dinheiro. Já queríamos abrir um restaurante antes do que aconteceu. Então, estamos correndo para fazer dar certo. Além de fazer e entregar salgados, à noite trabalho como gerente em um bar da cidade”. 
Ela optou por uma jornada dupla de trabalho com os salgados e o bar à noite para tentar esquecer o que aconteceu com o episódio do site. O Marido da moça afirmou em entrevista que “Nunca tinha enfrentado algo como ficar dez dias preso, e olha que a prisão onde fiquei não era tão ruim pelo que os outros detentos falaram. O interessante é que todos são tratados iguais, ricos e pobres. Uns 80% dos presos queriam voltar a fazer crimes depois de sair. Mas eu estou fora”.

UM HERÓI EXECUTADO AOS 13 ANOS DE IDADE

Qbal Masih nasceu em 1983 em Muridke, uma cidade comercial fora de Lahore no Paquistão. Aos 4 anos, foi vendido como escravo pela sua família. A família de Iqbal pediram emprestados 600 rupees (cerca de $7,42) a um empregador local que tinha uma empresa de tecelagem de tapetes, e em troca, Iqbal ia trabalhar como tecedor de carpetes até a dívida estar paga. Todos os dias, ele acordava antes do nascer do sol e fazia o seu longo caminho pela estrada escura da sua cidade até à fábrica, onde ele e muitas outras crianças eram amarradas com correntes para impedir que fugissem. Ele trabalhava 14 horas por dia, sete dias por semana, apenas com um intervalo de 30 minutos, era pago em 3 cents por dia pelo empréstimo, mas não interessava o que Iqbal fazia, a dívida cada vez era maior e maior. Iqbal tinha menos de 1,20 metros e pesava apenas 27 quilos. 

Aos 10 anos, Iqbal fugiu da sua escravidão, depois de aprender que trabalho escravo era ilegal pelo Supremo Tribunal do Paquistão. Mas foi apanhado pela polícia e devolvido a Arshad tendo-lhe sido dito que o amarrasse de cabeça para baixo se ele tentasse escapar novamente. Pouco depois, a polícia foi subornada e Iqbal foi amarrado de cabeça para baixo de qualquer forma. Iqbal fugiu uma segunda vez e mais tarde juntou-se à Frente de Libertação do Trabalho Escravo (BLLF) do Paquistão para ajudar a acabar com o trabalho escravo infantil em todo o mundo. Iqbal ajudou mais de 3,000 crianças paquistanesas que estavam em trabalho escravo a fugir para a liberdade e, fez discursos sobre o trabalho infantil por todo o mundo. Iqbal decidiu receber educação durante este período, e completou quatro anos de escola em dois anos.

Iqbal levou um tiro fatal em Muridke a 16 de Abril de 1995, pouco depois de voltar da sua viagem à América. Tinha 12 anos na altura. Alguns dizem que foi morto por um agricultor, outros dizem que ele foi assassinado devido à sua influência sob o trabalho escravo. O seu funeral teve a presença de aproximadamente 800 pessoas. Existe um livro chamado O pequeno herói que partilha a história do seu legado.

A causa de Iqbal inspirou a criação de organizações como Libertem as Crianças, um movimento de jovens e de caridade canadiana, e a Fundação de Crianças Iqbal Masih Shaheed, que começou mais de 20 escolas no Paquistão. Em Janeiro de 2009, o Congresso dos Estados Unidos estabeleceu o prémio anual Iqbal Masih para a Eliminação do Trabalho Infantil.
Em 1994, Iqbal visitou a Escola Intermédia Broad Meadows em Quincy, Massachusetts, e falou para os alunos do sétimo ano sobre a sua vida. Quando os estudantes souberam da sua morte, decidiram angariar dinheiro e construir uma escola em sua honra no Paquistão.
A história de Iqbal foi contada num livro chamado Iqbal de Francesco D'Adamo, uma história ficcional baseada em eventos reais, do ponto de vista de uma criança chama Fatima.
O prémio Nobel da Paz de 2014 foi ganho por Kailash Satyarthi nos campos da prevenção do trabalho infantil e educação feminina. Satyarthi mencionou Masih no seu discurso, dedicando-o a ele e outros "mártires".