segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

CODÓ, MARANHÃO, PEDE SOCORRO FEDERAL

O clima é tenso no Povoado Vergel, distante 60 km da sede, depois que o corpo do líder comunitário Antônio Isídio Pereira da Silva, 52 anos, foi encontrado na comunidade, na tarde da última quinta-feira (24).  Segundo o pároco da Pastoral da Terra, a vítima estava desaparecida desde o último domingo (20) e já havia sofrido várias ameaças de morte.
Poucos codoenses sabem da dimensão deste conflito, apesar de perdurar desde a década de 80, onde pessoas perderam a vida, parece que tanto a Justiça, quanto a polícia judiciária e demais autoridades subestimam esta briga, que até o momento tem tido as derrotas apenas o lado mais fraco, o lado dos verdadeiros donos das terras.
O motivo dos homicídios e tentativas de assassinatos tem como principal alvo as intensas disputas por terra que ocorrem na região desde o ano de 1984, em razão, principalmente, de  direitos sucessórios vendidos ilegalmente por alguns herdeiros, mediante falsificação das assinaturas dos demais sucessores e da morosidade do Poder Judiciário, que não conseguiu julgar um inventário aberto no ano de 1984, há exatos 31 anos. Nos últimos dois anos a extração ilegal de madeira aumentou a tensão na localidade, políticos das cidades de Afonso Cunha, Coelho Neto e Codó, tentam através da força expulsar os poucos que ainda restam no local.
Durante o período em que esteve no comando da extinta 9ª Companhia Independente, em Codó e atual 17º BPM, o Tenente Coronel Jairo Xavier da Rocha, sempre que solicitado, mobilizou seu efetivo para realizar rondas na localidade, além de emitir relatórios para Ouvidoria Agrária da PMMA informando como andava a situação do momento. Dando ainda o apoio necessário aos membros da Pastoral da Terra, Ministério Público e demais órgãos, inclusive enviando policiais para acompanhar a realização de uma missa no ano de 2013, no período em que a Capela local havia sido destruída pelas pessoas que aterrorizavam o local.
São apontados como principais acusados de tamanha sequência sanguinária, Dário, Adonias e Domingos Garimpeiro, que estariam a serviço de Políticos do estado.
Ainda são acusações que pesam contra Garimpeiro, várias tentativas de intimidação, queimada da capela do Vergel, derrubada de árvores frutíferas, disparos de tiros com armas de grosso calibre,  morte de animais e ainda a proibição das mulheres da comunidade de quebrarem coco babaçu nas matas.
Apesar das denúncias contra Garimpeiro, o mesmo anda livremente pela comunidade, segundo moradores locais, armado e ameaçando os moradores.
De acordo com informações levantadas pelo Blog do Bezerra, um Deputado Estadual de Codó, teria interesse na área do Vergel, por conta da qualidade da madeira e a área poderia ser utilizada para a pastagem de gado.

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