José Vicente Matias, conhecido como Corumbá, vai ser submetido a júri popular pela morte da turista israelense Katryn Rakitov, ocorrido em abril de 2004, em Pirenópolis. O julgamento está previso para ser realizado em julho deste ano. O réu ganhou repercussão internacional por ser acusado de matar seis mulheres, três delas estrangeiras, em rituais de magia negra, ocorridos em quatro Estados brasileiros. Pelo mesmo crime, ele já havia sido condenado por latrocínio a 27 anos de prisão, mas a conduta, agora, foi desclassificada para homicídio doloso.
Corumbá está preso no Maranhão, Estado em que cometeu dois dos assassinatos. Com a nova decisão de pronúncia, proferida na comarca de Pirenópolis, pelo juiz Sebastião José da Silva, o réu será recambiado para julgamento em Goiás.
Consta da denúncia que Katryn Rakitov era namorada do acusado. Ela estava embriagada quando foi morta a pedradas. Após o crime, Corumbá confessou ter bebido o sangue da vítima e, ainda, ter roubado seus pertences e a quantia de € 15 mil. Como o dinheiro nunca foi encontrado e, posteriormente, o réu mudou o seu depoimento quanto à subtração dos valores, a defesa postulou a desclassificação para homicídio doloso que, diferente do latrocínio, impõe submissão ao Tribunal do Júri.
Na sentença anterior, Corumbá teve a conduta enquadrada como roubo seguido de morte, destruição e vilipêndio de cadáver, com agravante de o crime ter sido cometido por traição ou emboscada. No recurso que acatou a tese da defesa, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) analisou o caso, julgou pela desclassificação e remeteu o processo de volta à comarca.
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