Dos 27 médicos indiciados pela Polícia Federal de Santa Catarina, 3 médicos nunca foram ao hospital e os 27 tinham menos de 27% de frequência no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.
Mesmo assim, cada um recebia o salário de R$ 16.597,12. Os dados fazem parte da Operação Onipresença, deflagrada em quatro cidades catarinenses. A PF cumpre 52 mandados de busca e apreensão em hospitais públicos e privados, além de consultórios médicos.
Os oficiais investigam médicos que eram concursados no HU e não cumpriam a carga horária de trabalho no serviço público. Mesmo assim, recebiam integralmente, gerando um prejuízo de R$ 36 millhões nos últimos cinco anos aos cofres públicos.
Ainda segundo a PF, todos os 27 médicos indiciados nesta operação são funcionários do HU da capital. Destes, além do três com 0% de frequência, cinco deles têm menos de 15% de frequência, e salário de R$ 25.121,93, oito possuem 30% de frequência, com R$ 18.494,39 de salário mensal, e 11 têm 40% de frequência, ganhando R$ 19.930,12.
Os médicos indiciados vão responder por prevaricação, abandono de função pública, falsidade ideológica, estelionato contra a União e devem ressarcir o erário, ou seja, devolver aos cofres públicos o valor recebido sem trabalhar. Se condenados, eles também perdem o emprego público e direitos da aposentadoria.
A investigação durou um ano e meio, segundo a PF. A polícia recebeu as denúncias por meio de outros funcionários do HU e colocou agentes infiltrados na unidade. Os investigados não foram afastados dos cargos.
(Fonte: G1)
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