Passageiros assaltados em ônibus da Real Expresso reclamam da falta de assistência por parte da empresa. O fato aconteceu na madrugada de segunda-feira (20). O ônibus com 17 passageiros seguia para São Paulo e, próximo a Ituverava, aconteceu o assalto. O grupo decidiu retornar para Uberaba, e segundo a passageira Raquel de Freitas Tarquines, passaram toda a noite no terminal rodoviário e a empresa apenas ofereceu um táxi.
“O assalto foi um grande susto, vários homens entraram no ônibus com arma na mão, exigindo que entregássemos os nossos pertences. Logo após o assalto a empresa nos trouxe a Uberaba. Ficamos por horas no terminal, sem nenhum suporte, pois ficamos sem dinheiro e documentos. Não foi possível nem mesmo me alimentar. Não nos ofereceram comida. Para ir ao banheiro um senhor me emprestou dinheiro”, explica Raquel.
A passageira afirma que, assim que chegaram, a funcionária da empresa que estava no guichê disse que naquele momento apenas poderia oferecer o transporte de táxi. “Mas isso foi inútil, pois não moro em Uberaba, e não tenho para onde ir, nem mesmo dinheiro para um hotel. E não podia sair de Uberaba sem que fosse feito o boletim de ocorrência”, destaca.
Outra passageira, a advogada Silvana Aparecida Alves, também ficou indignada com a situação. Com viagem marcada para Itália, ela perdeu todos os pertences, como a passagem aérea e o passaporte. “Não sei o que fazer. Consegui remarcar o voo para o dia 25 de abril, mas não sei se consigo organizar meus documentos até esta data”, afirma a advogada.
Já a coordenadora de vendas da Real Expresso, Alessandra Cássia Degasperi, garante que foi dada toda assistência necessária. Para os passageiros que moram na cidade foram oferecidos táxi e alimentação e para aqueles que não moram neste município, além de comida, uma diária no hotel e a passagem para São Paulo, no ônibus das 7h. Porém alguns não aceitaram.
“Assim que o fato aconteceu, foi acionado o setor operacional da empresa, que fez boletim de ocorrência no local do assalto. Mas não foi possível disponibilizar aos passageiros, pois a delegacia mais próxima não estava aberta no momento. Assim, os passageiros não quiseram seguir viagem e pediram para retornar a Uberaba e atendemos esse pedido. Quando chegaram à cidade, alguns não aceitaram o que oferecemos, dizendo que queriam ser ressarcidos pelas perdas. Mas, pela norma da empresa, ressarcimentos materiais acontecem apenas em caso de acidentes, pois, assim como os passageiros, também somos vítimas”, explica.
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