quarta-feira, 18 de março de 2015

CALDAS NOVAS JOGADA AO SUBMUNDO DA CRIMINALIDADE

Dia sim e outro também a gente fica sabendo de alguém, um parente, um amigo, que teve a casa violada pelos “amigos do alheio”. Daqui a pouco não poderemos referir a quem rouba como sendo ladrão. Melhor nos acostumarmos a utilizar essa expressão atenuadora, não é verdade? Afinal, por aqui menor de idade rouba e mata, mas na imprensa não se pode publicar foto nem citar o nome “dimenor”, só as iniciais. E olha como tem uma galera novinha na bandidagem desse Goiás.

Enquanto isso, os caras estão aí barbarizando de verdade. À luz do sol, os “malas” arrombam casas e fazem aquele limpa geral. Nada de valor, evidentemente, é esquecido. Quando eles não destroem aquilo que não levam o assaltado fica até com uma pontinha de gratidão. Não faz muitos dias, um amigo meu teve a casa indesejadamente visitada 3 vezes por ladrões, num espaço de menos de 30 dias. É uma loucura. Prender os bandidos até que a polícia prende, mas a legislação penal e sua aplicação é mamão com açúcar e os elementos são postos em liberdade quase que num piscar de olhos. E voltam a delinquir, diga-se. Feito aquela música... “Tô nem aí...”.

Roubos de carros, especialmente caminhonetes, em Trindade virou uma festa. Hoje mesmo fiquei sabendo de dois roubos destes utilitários de luxo, objeto de consumo da maioria dos brasileiros, ali nas imediações do Colégio e Faculdades Aphonsiano. A ação da bandidagem não escolhe mais a noite ou lugares ermos, sem ninguém. O sistema agora é bruto e o marginal mete a “máquina” na cara do motorista onde quer que esteja, levando o carro consigo. Quando não desfere umas porradas na vítima ainda ficou de bom tamanho para quem perdeu. É um absurdo!

Mas se o ladrão rouba certamente é porque o produto roubado será passado adiante, ora pois. Tem alguém na sequência dessa cadeia criminosa que, desconfio, seja o cabra que realmente mais ganha “din-din” na parada. O tal do receptador fica numa boa, às vezes até faz a encomenda e o bandido vai ao “mercado” em busca do produto. Combater apenas o “peão” (o assaltante) dessa atividade comercial, porém criminosa, deve se dar também onde o produto é vendido e quem está comercializando carros inteiros ou desmanchados. Como não lembrar que a gente até se refira a locais de comércio de peças de carros como “Robauto”. O povo brasileiro, goiano, goianiense, trindadense, é um povo bacana mesmo”.

Na modesta forma de pensar sobre essa roubalheira de carros, de casas, de tudo enfim, aqui a nossa volta, tem a ver com a necessidade de se combater a “cadeia produtiva” e criminosa como um todo. O assaltante, evidentemente, mas não apenas ele. É preciso chegar até quem compra a mercadoria sim, senhor. Tem gente que jura que carros caros são roubados para servirem de moeda de troca no mercado das drogas. Uái, é daí? Tudo que é roubado, imagino, é porque o ladrão sabe que o objeto tem “liquidez”, não é verdade?

Essa realidade é revoltante demais da conta, deixa-nos fragilizados, amedrontados em grau elevadíssimo, convém salientar. E o pior é que não há sinais no horizonte de que a coisa vai mudar muito não. Principalmente no curto prazo, digamos, aí nos próximos 6 meses. O sossego da gente acabou e faz tempo. O serviço de segurança pública não tem conseguido dar jeito nisso, parece. E dessa forma vamos fazer o quê mesmo? Claro, pedir a benção ao Papa Francisco e orar muito e fervorosamente ao Divino Pai Eterno, em busca de proteção dos céus, porque aqui na Terra “a coisa tá feia, a coisa tá preta”.

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