terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O BOPE DO RIO DE JANEIRO FEZ 37 ANOS, CONHEÇA A SUA HISTÓRIA

Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) é uma força de intervenção da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), responsável por atuar em situações críticas, sendo a reserva tática de pronto emprego da Corporação. Seu efetivo é voluntário, formado por policiais de elevado preparo técnico, tático e psicológico.
Hoje o BOPE é conhecido em todo o Brasil e também fora dele. Muito se fala, se escreve e se produz sobre a unidade. No entanto, trata-se de um batalhão com mais de três décadas de existência, com trajetória ampla e diversificada, na busca constante da excelência operacional. Seu atual comandante é o Tenente Coronel André Silva de Mendonça.

Histórico
A ideia de criar o BOPE surgiu após o trágico desfecho da ocorrência com reféns no Instituto Penal Evaristo de Moraes, conhecido como “Galpão da Quinta”, em 1974. Na ocasião o diretor do presídio, o Major PM Darcy Bittencourt, que era mantido refém pelos criminosos que tentavam fuga, foi morto juntamente com alguns presos após a intervenção da força policial. O então Capitão PM Paulo César de Amêndola, que presenciou o gerenciamento daquela crise, propôs ao Comandante Geral a criação de um grupo de policiais que fossem especificamente treinados para atuar em ações de extremo risco.
Dessa forma, em 19 de janeiro de 1978 foi criado o Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE), instalado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), em Sulacap.
Os policiais que formaram o NuCOE eram voluntários, dotados de comprovada integridade moral e alguns possuíam especialização nas Forças Armadas, tais como o Estágio de Operações Especiais, Curso de Guerra na Selva ou o Curso de Contra Guerrilha – CONGUE (origem do Curso Especial de Comandos Anfíbios – ComAnf).
Em 1982, o núcleo mudou sua designação para Companhia de Operações Especiais (COE), passando a funcionar nas instalações do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), no Estácio. Após seis anos, o COE transformou-se na Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), porém sua instalação continuou sendo dentro do BPChq.
Finalmente em 1º de março de 1991 foi criado o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), ficando extinta a CIOE, mas permanecendo no interior das instalações do BPChq.
Somente em dezembro de 2000, a unidade ganhou instalações próprias, um antigo prédio abandonado no alto da comunidade Tavares Bastos, em Laranjeiras.
Em 2011, o BOPE passou a fazer parte do Comando de Operações Especiais (COE), que também inclui o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), o Batalhão de Ações com Cães (BAC) e o Grupamento Aeromóvel (GAM) . Por conta dos planos de segurança para a Copa de Mundo e Olimpíadas, a sede da unidade tem previsão de mudança para a região de Ramos, na área de um antigo quartel do Exército, com localização estratégica na cidade, tendo ligação direta com as principais vias expressas da cidade.

Missão Pacificação

A partir dos anos 80, o Rio de Janeiro sofreu uma escalada da violência urbana por inúmeros e interligados motivos. Hoje os tempos são outros, a política de Segurança Pública está fortalecida e o carro chefe dessa mudança é a pacificação das comunidades.
Pelo Decreto nº 42.787 de 06 de Janeiro de 2011, ficou estabelecido o programa de pacificação, dividindo a implantação de UPP em quatro fases – 1) Intervenção tática; 2) Estabilização; 3) Implantação da UPP; e 4) Avaliação e Monitoramento. Inserido nesta dinâmica, o BOPE vem desempenhando desde 2008 as duas primeiras fases para implantação de uma UPP – a intervenção tática e a estabilização.

Dentro deste contexto, a unidade não somente ocupa o terreno, mas também promove atividades de interação com a comunidade, como reuniões, torneios esportivos, eventos religiosos entre outros. Essas atividades foram surgindo pela natural necessidade de interação com a comunidade e acabaram por facilitar sobremaneira e tornar mais produtivo o processo de pacificação das comunidades do Rio de Janeiro.

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