quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

NO PARÁ POLICIAL COMANDAVA GRUPO DE EETERMÍNIO

"Temos a clara convicção de que o Cabo Pet comandava um grupo de extermínio, que agia como justiceiro e cobrava taxas diferenciadas de famílias e empresários, oferecia serviços de segurança privada, quase como uma imposição, pois quem se recusasse teria a casa invadida ou assaltada". Essa é a opinião do deputado Edmilson Rodrigues (Psol), autor e membro da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura a existência de grupos de extermínio no Pará.
Nesta quarta-feira (7), a CPI  colheu vários depoimentos, na Assembleia Legislativa do Pará. Entre eles, foram ouvidos a diretora de Polícia Especializada, delegada Ione Coelho, e a ouvidora do Sistema de Segurança Pública, Eliana Fonseca.
Ao reafirmar a participação de policiais nesses grupos, Edmilson preocupou-se em não generalizar o envolvimento de membros da PM. "Cobra-se por uma proteção que deveria ser pública. É inadmissível que pessoas usem o cargo de policial para atender interesses próprios".
O deputado reivindicou do governo uma política efetiva que coíba o uso da força do estado para atender interesses particulares.
ASSASSINATOS
A CPI foi motivada pela chacina realizada em bairros periféricos de Belém, na noite de 4 de novembro deste ano. Dez pessoas foram assassinadas em ato que seria resposta à execução do cabo Antônio Figueiredo, o Pet, da Polícia Militar. Suspeita-se que as mortes foram realizadas por um grupo de extermínio que conta com a participação de militares. 

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