quinta-feira, 6 de novembro de 2014

PSDB NÃO MORAL DE FALAR EM COMBATE A CORRUPÇÃO

Segundo o auxiliar do doleiro Alberto Youssef, o empresário Leonardo Meirelles, que prestou depoimento à Justiça federal nesta segunda-feira 20; segundo ele, além do senador Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, falecido em março desse ano, outros tucanos se beneficiaram da propina de contratos da Petrobras; impedido pelo juiz Sergio Moro de citar nomes, ele deu uma dica: um dos parlamentares seria da mesma região de Youssef, que nasceu em Londrina, no Paraná.
O senador Álvaro Dias é de Maringá (PR), mas estudou em Londrina, trabalhou em rádios de Londrina, foi candidato a prefeito em Londrina, vota em Londrina, e fez toda sua carreira política em Londrina. A distância em linha reta entre Maringá e Londrina (ambas no Paraná) é 79.53 km, mas a distância de condução é 100 km. Ou seja o único parlamentar que teve envolvimento com o doleiro em 1998, e em 2002 recebeu R$ 780 mil da empreiteira UTC para sua campanha, e em 2009 encabeçando juntamente com o presidente Sérgio Guerra a CPI da Petrobras, que logo depois foi esvaziada após o pagamento de R$ 10 milhões em propina, segundo declarado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Todas essas pistas, leva ao impoluto, nobre senador e autor da CPI da Petrobras versão 2014...

Ligações do doleiro com o senador Álvaro Dias é antiga

O Doleiro Alberto Youssef já havia fretado jatos para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) em 1998; e, pasme, o serviço foi pago com recursos desviados da prefeitura de Maringá, em 1998, uma investigação na prefeitura de Maringá descobriu que recursos do município foram usados para pagar jatos usados pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) em sua campanha. O responsável pelo fretamento era justamente Youssef o doleiro preso.
De acordo com a Procuradoria, cheques emitidos pela prefeitura tucana foram parar em contas de políticos, empresários, doleiros, laranjas e até religiosos. O rastreamento das contas já detectou cerca de 10 mil cheques para fins supostamente ilegais emitidos somente na gestão do prefeito Jairo Gianoto (ex-PSDB), somente em uma das contas a Procuradoria já apurou que houve um desfalque de cerca de R$ 30 milhões pelos tucanos. Uma auditoria do Tribunal de Contas do Paraná já havia apontado que outros R$ 74 milhões foram desviados da prefeitura entre 1993 e 2000.
A Promotoria ainda não tem idéia sobre o total do dinheiro desviado pelos tucanos dos cofres públicos de Maringá. O montante agora está em mais de R$ 100 milhões -quase o Orçamento anual da cidade, em torno de R$ 110 milhões.O promotor José Aparecido Cruz acredita que, do dinheiro desviado, cerca de 30% permaneceram no Paraná, em contas particulares dos envolvidos. O restante foi para outros Estados e há indícios de que uma parte teria sido desviada para contas no exterior, provavelmente na Europa e corrupção, no depoimento, o ex-secretário da Fazenda de Maringá Luís Antônio Paolicchi afirmou que campanhas de políticos do Paraná como o governador Jaime Lerner (PFL) e o senador Álvaro Dias (PSDB) foram beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em operações que teriam sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto.
Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante sua campanha ao Senado.
“O prefeito (Gianoto) chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador tucano. E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta para pagar. (…) Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.

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