sábado, 24 de maio de 2014

UM BILHÃO É O TAMANHO DO ROMBO NA SABESP, GOVERNO DO PSDB

Está no Estadão de hoje: a SABESP, a estatal que fornecia água à população do Estado está envolvida em mais um escândalo, dessa vez coisa que envolve algo em torno de R$ 1 bi. Escrevemos fornecia, porque na capital, Grande São Paulo e em um grande número de municípios do entorno da Região Metropolitana, ela já não fornece mais plena e nem satisfatoriamente, implantou o racionamento das 22 h às 6 h – e em alguns bairros só fornece em dias alternados.
Embora o governo Geraldo Alckmin não assuma esse racionamento nem a pau, por medo de perder votos na tentativa de reeleição em outubro e para se defender e aos outros governos tucanos que não fizeram no reservatório Cantareira e em todo o sistema as obras necessárias para evitar essa situação de falta de água.
Pois bem, como dissemos, está no Estadão, em manchete interna no alto da página, “MP investiga gastos de R$ 1 bi da SABESP”. A Promotoria do Ministério Público (MP) abriu inquérito civil para apurar o que suspeita: que a estatal  tenha favorecido 13 empresas em vários contratos firmados entre 2008 (governo José Serra) e 2013 (governo Alckmin).

Contratos eram para um programa de redução de perdas de água
E os contratos eram para que? Eram parte do programa de redução de perdas de água para diminuir o desperdício na rede de distribuição. No qual, aliás, registra o jornalão, a SABESP não atingiu as metas, conforme o acompanhamento feito pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP).
O promotor Marcelo Daneluzzi, do Patrimônio Público e Social, justifica a abertura do inquérito  pela suspeita de que tenha havido “direcionamento em favor dessas empresas, mediante exigências de certificação elaboradas por entidade de classe formada pelas próprias empresas – a Associação Brasileira de ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI)”.
A SABESP enviou nota ao jornal O Estado de S.Paulo afirmou desconhecer o teor da suspeita e que só poderá se manifestar quando conhecer a íntegra e a origem das informações que deram base à abertura do inquérito pelo Ministério Público.
Como acontece na média de um ou mais escândalos por semana que surgem no governo tucano paulista, também nesse, o próximo passo deve ser o governo Geraldo Alckmin (PSDB) vir a público repetir um daqueles seus mantras que vai determinar “apuração rigorosa do caso” e “punir os responsáveis”. Mais não diz, não providencia e nada mais acontece nessa seara.

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