quinta-feira, 28 de março de 2013

ATÉ QUE EM FIM, UM VEREADOR COM VOZ DE FISCAL DO POVO


Em novembro de 2011 escrevi um artigo intitulado "Credeq uma realidade em Caldas Novas" onde apoiei a iniciativa do Governo do Estado em construir um Centro de reabilitação para dependentes químicos. Na época o governo acabara de anunciar que Caldas Novas receberia uma unidade e a região sul de Goiás ficaria guarnecida, agilizando o tratamento dos doentes de toda a região.
Acontece que de novembro de 2011 para o fim de março de 2013, se passaram um ano e quatro meses e até agora nem sinal das obras do Credeq, nem na região sul, nem na sudoeste, nem na norte, muito menos na região nordeste de Goiás. (Se fala pela imprensa que apenas em Aparecida de Goiânia a obra do Credeq foi lançada). De lá para cá são inúmeros lançamentos, muitos números, milhares de reais para aqui, milhares de reais acolá. As cifras gastas na divulgação dariam para cobrir ao menos o custo do terreno para abrigar o Credeq na cidade de Caldas Novas.
Infelizmente o debate político tomou conta da construção deste centro de reabilitação, pois, sempre que se cobra a solução do problema, as respostas são sempre as mesmas por parte do governo do Estado: "Estamos procurando terreno", "O prefeito da época não conseguiu arrumar terreno de acordo com as especificações do projeto", "Estamos licitando", "Vamos começar no mês que vem", "Dessa vez vai". 
Tem sido assim desde que começaram as promessas de erguer esse local que com toda a certeza tiraria muitas pessoas da dependência química e livraria da angústia diária vários familiares, que não suportam mais ver seus filhos, netos, parentes, amigos e conhecidos caírem na perdição do "mundo das drogas" e que não encontram auxílio algum por parte do estado.
O poder público é responsável por tratar todos que querem sair do mau caminho, e em especial o dependente químico, seja por drogas, bebida alcoólica ou até mesmo o cigarro. Os dependentes químicos fazem mal não só a si mesmos, mas a toda sociedade, que cada vez mais tem procurado se blindar para não deixar acontecer com os mais próximos, o que vem acontecendo nas "cracolândias" espalhadas pelo país, antes vista apenas pela TV, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília.
As famílias de Goiás estão à espera do que foi prometido na campanha de 2010, exaustivamente propalado pela imprensa desde o primeiro de janeiro de 2011 e até agora - infelizmente - está apenas no papel.
Em novembro de 2011 eu parabenizei a iniciativa da construção do Credeq, agora em março de 2013 eu venho cobrar a construção desta unidade.Peço às autoridades que não mais politizem a questão, e apenas façam o que deve ser feito, construir aquilo que foi prometido, pois dinheiro para isso tem! O governo do Estado acabou de fazer empréstimos bilionários e os cofres do governo estão abarrotados de verba federal.
De duas, uma! Ou falta gestão a esta equipe, ou preguiça em trabalhar para que as obras saiam do papel.  Quanto mais o tempo passar, mais famílias vão chorar. Sepultando sonhos, abrindo feridas, causando medo e pânico a pessoas de bem, que não merecem conviver com o mal do Século XXI, essa droga nefasta que se chama "crack".
Caso o Credeq venha sair do papel, mais uma vez estarei aqui escrevendo para parabenizar pela construção, do contrário, novamente cobrarei: Credeq, cadê você?
(Silio Junqueira, bacharel em Direito, vereador e)m Caldas NovaS

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