Médicos e empresários do ramo de órtese e prótese agiam em Brasília realizando superfaturamento de equipamentos, troca fraudulenta de próteses e até mesmo uso de materiais vencidos nos procedimentos realizados em pacientes. O esquema foi desfeito pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pela Polícia Civil.
Na manhã de quinta-feira, promotores e agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra a organização criminosa. A operação Mister Hyde teve início na manhã desta quinta-feira (1/9).
Johny Wesley Gonçalves Martins
Preso preventivamente.
Neurocirurgião apontado como líder do esquema. É proprietário da TMK Medical e abandonou a medicina e passou a trabalhar no ramo de órteses, próteses e materiais especiais (OPMES) da após ser apontado como integrante do esquema da máfia das próteses.
Mariza Aparecida Rezende Martins
Presa preventivamente.
Mulher de Johny Wesley, aparece em documentos como sócia da TM Medical e atua como vendedora da empresa. Segundo investigadores, tem total conhecimento do esquema e, em gravações, é flagrada criticando a "ganância dos médicos".
Antônio Márcio Catingueiro Cruz
Preso preventivamente.
Trabalha no Hospital Home. Faz o contato comercial entre médicos planos de saúde e fornecedores de órteses e próteses. É responsável por orientar cirurgiões e fornecedores sobre como fraudar auditorias dos planos de saúde para incluir procedimentos desnecessários.
Edson Luiz Mendonça Cabral
Trabalha como representante da OPMES. Auxilia a assessora Micael nas fraudes contra planos e pacientes.
Micael Bezerra Alves
Preso preventivamente.
Também sócio da TM Medical, é apontado como articulador operacional do esquema. Interage e está sempre em contato com médicos, hospitais e vendedores da TM. Também é responsável pelo pagamento de propina a médicos.
Naura Rejane Pinheiro da Silva
Presa preventivamente.
Monitorada por conta dos diálogos que mantinha com funcionários da TM e pacientes.
Henry Greidinger Campos
Preso temporariamente.
Suspeito de participar do esquema de propina da TM/Home. A polícia chegou a ele após monitorar a secretária de Henry, que mantinha diálogos "extremamente reveladores" com funcionários da TM.
Marco de Agassis Almeida Vasques
Preso preventivamente.
Médico legista ligado a Johny Wesley, ele assumiu o consultório e os pacientes do neurocirurgião.
Wenner Costa Catanhêde
Preso temporariamente.
Médico suspeito de participar do esquema de propinas da TM/Home.
Juliano Almeida e Silva
Preso temporariamente.
Médico suspeito de participar do esquema de propinas da TM/Home.
Rogério Gomes Damasceno
Preso temporariamente.
Apontado como sendo um dos médicos mais atuantes do esquema de propinas da TM/Home.
Sammer Oliveira Santos
Presa temporariamente
Trabalha na articulação entre Micael e Jhonny e é uma das vendedoras mais atuantes da TM.
Danielle Beserra de Oliveira
Condução coercitiva
Vendedora da TM foi flagrada em uma conversa em que afirma para Micael que será difícil apresentar lacres de equipamentos exigidos pela auditoria do plano de saúde, apos os médicos usaram, em uma cirurgia, material diferente do informado.
Rondinelly
Roposa Ribeiro Condução coercitiva
Suspeito de participar do esquema. Teria sido aliciado por um funcionário de fornecedores da OPMES, que prometeu uma viagem internacional e um emprego para a mulher do médico.
Rosangela Silva de Sousa
Condução coercitiva
Trabalhava como vendedora da TM.
Leandro Pretto Flores
Preso temporariamente
Médico, foi flagrado atuando como interlocutor de Micael em uma conversa em que combina de fazer "o mesmo esquema de incluir a bipolar (pinça médica)".
Cícero Henrique Dantas Neto
Condução coercitiva
Diretor do hospital Home, recebeu uma ligação de Micael, reclamando de uma empresa não citada na investigação que estaria abaixando as cotações.
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