
No caso descoberto recentemente, a menina relatou à polícia que foi a uma festa no Bairro Vivendas da Serra, na Zona Nordeste da cidade, no dia 25 de junho, mesma data em que a adolescente de 13 anos foi vítima de violência sexual. Em um imóvel do bairro, ela praticou sexo oral em um jovem e afirmou que consentiu o ato. No entanto, por ter apenas 12 anos, o caso é tratado como estupro de vulnerável, que inclui adolescentes até 14 anos. Além disso, na filmagem, ela aparece cercada por mais quatro rapazes suspeitos de terem obrigado a menina a tocá-los. Por afirmar estar alcoolizada, ela não soube dizer se foi abusada por todos eles. Ainda na polícia, a menina revelou que já se relacionou sexualmente com outros garotos em ocasiões distintas.
Somente após a repercussão do vídeo na internet é que a mãe dela soube do crime e resolveu fazer a denúncia. O mesmo ocorreu com a jovem de 13 anos, cuja família reside na Vila Ideal. A mãe dela e o padrasto só descobriram que a adolescente estava em cárcere privado na Vila Olavo Costa depois de terem visto o vídeo no qual ela aparece. Nas imagens, gravadas em um imóvel abandonado do bairro, um homem tenta abrir a calça dela. Ao lado, outro rapaz aparece com o pênis sujo de esperma. A irmã da vítima reconheceu um dos autores e, só depois disso, foi possível encontrá-la. Os autores prometeram entregar a menina em até meia hora se a família não acionasse a polícia. Em 20 minutos, ela chegou em casa após mais de 12 horas em poder dos violadores.
Como havia tempo hábil, a menina estuprada na Vila Olavo Costa teve acesso a profilaxia preventiva de Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis disponibilizada pela equipe do Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico, Ocupacional e Sexual, o Parbos, que funciona no HPS. Quanto à garota de 12 anos que foi vitimada no Bairro Vivendas da Serra, ela receberá acompanhamento do serviço.
Repercussão
Segundo a delegada de Mulheres, Ângela Fellet, os vídeos ajudaram a identificar os autores em ambos os casos. Ela ressalta, porém, que as gravações de atos criminosos passaram a circular na internet somente após o estupro coletivo ocorrido em maio, no Rio de Janeiro, quando 30 homens chegaram a ser suspeitos de violentar uma jovem e se gabaram do ato no Facebook. “Muitos pais não ficam sabendo que a filha foi vítima de estupro. No entanto, como os casos têm sido postados nas redes sociais, eles acabam descobrindo, e os crimes têm chegado ao conhecimento da polícia. Muitos que postam esses vídeos acreditam na impunidade, mas temos mostrado que, tanto a polícia quanto a Justiça, estão dando respostas eficientes contra isso. É necessário que esses episódios provoquem uma reflexão sobre as causas desse tipo de violência para que a sociedade possa atuar na prevenção.”( Fonte: Tribuna de Minas )
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