
Pauderney Avelino virou uma espécie de baluarte do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), e os discursos dele durante o processo na Câmara dos Deputados sempre foram voltados ao combate à corrupção, que ele atribuía apenas ao PT. Durante todo o processo na Câmara, Pauderney e os partido de oposição do ao governo Dilma partiram para o ataque ao PT, denunciando a corrupção, principalmente na Petrobras.
Em março deste ano, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas condenou Pauderney a devolver aos cofres da Prefeitura de Manaus R$ 4,6 milhões, que não ficaram comprovados na prestação de contas da Secretaria Municipal de Educação, comandada pelo parlamentar de janeiro a dezembro de 2013. Menos de um mês depois, a decisão foi revogada e Pauderney absolvido. A alegação foi de que ele conseguiu comprovar que não houve desvio de recursos nos contratos, considerados ilegais na primeira avaliação do TCE, e normais na segunda avaliação.
Manifestação no Facebook
Na página pessoal dele no Facebook, Pauderney Avelino publicou a seguinte nota: “As declarações de Sérgio Machado, as quais repudio, mostram o desespero de alguém que dificilmente escapará da Operação Lava Jato. Nunca conversei com Machado, mas ele, numa atitude desesperada, tenta atacar a minha honra e denegrir minha carreira política. Minha resposta a este ataque é manter-me firme no projeto de reconstrução do País, além de acionar a Justiça para que Machado prove o que disse”.
Abaixo, trecho do diálogo entre Sérgio Machado e Renan Calheiros:
Assista ao vídeo de reportagem do Jornal Hoje
SÉRGIO MACHADO: E o PSDB pensava que não, mas o Aécio agora sabe. O Aécio, Renan, é o cara mais vulnerável do mundo.
RENAN: É…
SÉRGIO MACHADO: O Aécio é vulnerabilíssimo. Vulnerabilíssimo! Há muito tempo.
SÉRGIO MACHADO: Como que você tem cara de pau, Renan, aquele cara Pauderney que agora virou herói. Um cara mais corrupto que aquele não existe, Pauderney Avelino.
RENAN: Pauderney Avelino.
RENAN: Mendocinha.
SÉRGIO MACHADO: Mendocinha, todo mundo pô? Que *** é essa querer ser agora o dono da verdade?
SÉRGIO MACHADO: O Zé (Zé Agripino) é outro que pode ser parceiro, não é possível que ele vá fazer maluquice.
RENAN: O Zé, nós combinamos de botá-lo na roda. Eu disse ao Aécio e ao Serra. Que no próximo encontro que a gente tiver tem que botar o Zé Agripino e o Fernando Bezerra. Eu acho.
SÉRGIO MACHADO: O PSB virou uma oposição radical. O Zé não tem como não entrar na roda.
RENAN: O PSB quer o impeachment, mas o Fernando (Bezerra) é um cara bom.
SÉRGIO MACHADO: Porque também entende disso que a gente está falando.
RENAN: É.
SÉRGIO MACHADO: Porque tem que tomar cuidado porque esse *** desse Noblat [se referindo ao colunista Ricardo Noblat, do jornal “O Globo”] botou que essa coisa de tirar a Dilma é maneira de salvar os corruptos.
RENAN: Tirar a Dilma? Manter a Dilma?
SÉRGIO MACHADO: Tirar a Dilma. Que é um processo de salvação, de salvação.
RENAN: Que é a lógica que ela fez o tempo todo.
SÉRGIO MACHADO: É porque esse processo. Porque Renan vou dizer o seguinte: dos políticos do congresso se “sobrar” cinco que não fez é muito. Governador nenhum. Não tem como, Renan.
RENAN: Não tem como sobreviver.
SÉRGIO MACHADO: Não tinha como sobreviver.
RENAN: Tem não.
SÉRGIO MACHADO: Não tem como sobreviver. Porque não é só, é a eleição e a manutenção toda do processo.
RENAN: É.
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