Um grupo de advogados protestou na tarde desta segunda-feira (28) em frente ao prédio da seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Centro de Porto Alegre. Eles são contrários à abertura de um novo pedido, pela OAB, de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Conforme a organização do movimento, participaram cerca de 200 pessoas. A Brigada Militar não acompanhou o protesto, que ganhou o nome de Advogados e advogadas pela Legalidade Democrática.
Para o advogado Mário Madureira, líder do ato, a "OAB está mergulhando na lama do golpismo como fez em 1964". "Essa entidade não pode fazer o que está fazendo, não pode se transformar numa prestadora de serviço dos golpistas que querem governar sem voto e sem eleição." Durante o protesto, o grupo bate palmas, canta e diz palavras de ordem: "A verdade é dura, a OAB apoiou a ditadura."O grupo protocolou um documento com 1.150 assinaturas contrárias à abertura do novo impeachment da presidente. A manifestação se encerrou por volta das 18h45.O novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi protocolado na tarde desta segunda-feira em Brasília, no Distrito Federal. O documento se somará agora a outros 11 pedidos pendentes de análise pelo presidente da Câmara,Eduardo Cunha (PMDB-RJ).Houve confusão entre grupos pró e contra o governo no salão verde da Câmara quando os membros da OAB chegaram para protocolar o documento. (veja no vídeo acima).No pedido de impeachment, a OAB acusa Dilma de crime de responsabilidade ao:
– tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato, inclusive no caso da nomeação do ex-presidente Lula, que é investigado, como ministro da Casa Civil;
– conceder renúncia fiscal à Fifa para a realização da Copa do Mundo de 2014;
– ter autorizado as "pedaladas fiscais", que são atrasos no pagamento a bancos para maquiar as contas públicas.
"A sociedade espera celeridade na apuração de todos esses casos. É isso que nós queremos e é isso que a OAB espera. Esperamos serenidade, que as pessoas tenham calma, esperamos que esse ódio que está instalado diminua. Não podemos colocar uma classe contra a outra, pessoas contra si", afirmou o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.
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