Um terceiro vídeo feito na hora em que o vigilante Luis Carlos executou o mecânico Iriado Batalha, no dia 28 de maio, na cidade de Vitória do Mearim dará novos desdobramento na apuração do homicídio.
De acordo com as imagens abaixo, a viatura da PM chegou ao local do crime após a execução do fato ocorrido. Portanto, os militares Soldado Bruno e o sargento Miguel não estavam na hora da execução, chegando depois do fato.
Veja o vídeo:
Hoje a esposa do soldado Gomes enviou ao blog uma carta na qual faz um desabafo sobre a prisão do marido. Leia abaixo a carta.
Bom dia!
Agora quem vos fala é a esposa do SD Gomes, com muito orgulho. Venho aqui expressar o meu profundo sentimento de revolta por tamanha injustiça e abuso que estão cometendo.
Soldado Gomes, que há sete anos vem se doando para a Polícia Militar, honrando pela FARDA da corporação que hoje o escorraça severa e duramente, sem nenhuma piedade, o acusa de culpado mesmo depois de saber o aconteceu.
Sargento Miguel, que dispensou vinte e nove anos do seu precioso tempo de vida por uma instituição que o trata como criminoso e sem se quer se preocupar se eles dois tem família ou se são gente.
Durante estes dias têm se passado, a todo instante, noticiários sobre o fato ocorrido em Vitória do Mearim, no dia 28 de maio, onde um vigilante, funcionário da Prefeitura, cedido para Polícia Militar, executou friamente um rapaz de 34 anos que havia furado um bloqueio policial.
Mas aonde estão os responsáveis pela autorização daquele vigilante por acompanhar os policiais em uma missão. Até onde tenho o conhecimento este fato ocorre não só em Vitória do Mearim, mas em todo o Maranhão.
O que dizer dos prefeitos, que autorizam e mantém essa prática? O que dizer do comandante da PM, que acata tal situação? O que dizer do Secretário de Segurança Pública, que vai para a TV abrir a boca pra dizer que são culpados (sem o princípio do “até que provem o contrário todo mundo é inocente”) e por isto estão presos?
O que dizer do Governador? Senhor Governador, que a todo instante publica que está fazendo não sei quantas convocações para PM e no fim de uma nota diz que está combatendo o MAL. De que forma? Acusando dois trabalhadores, cumpridores do seu dever, lutadores, sem lhes dar o direito de resposta.
Faço, então, alguns questionamentos:
– Flagrante, sem flagrante?
– Prisão decretada? Mesmo depois de se apresentarem voluntariamente, deslocando-se do interior para a capital?
– Homicídio qualificado? Mesmo não estando no local e tendo videos que mostram o vigilante puxando o gatilho da arma? E o detalhe é que o mesmo vídeo que serve pra culpar não inocenta.
Mas o que está acontecendo com as autoridades? Acaso não estão para fazer JUSTIÇA? Ou para rasgar o código penal? E pra que existe LEI, então? É um jogo? Ou um circo?
Isto sem falar no flagrante, convertido em prisão preventiva, pelo Juiz. Mas cadê o risco que oferecem a sociedade? Não consigo enxergar. Não dá pra entender.
Aqui, deixo o meu enorme respeito aos homens DEDICADOS e GUERREIROS, por assumirem o peso de trabalharem setenta e duas horas consecutivas para resolver ocorrências na cidade inteira, sendo que a viatura é uma só e são apenas dois policiais por plantão, para manter a ordem.
Agradeço, em especial, ao SD Gomes, meu esposo, companheiro, grande marido e excelente pai. Um discípulo do BEM e não esta pessoa que a mídia e outros estão pintando irresponsavelmente, manchando a imagem e reputação covardemente.
E a todos que estão conosco nesta batalha, muito obrigada.
Ass. Gisele Tavares Santos.
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