Nos próximos 30 anos, o Brasil precisa recuperar o microclima úmido nas regiões Sudeste e Centro-Oeste para estabilizar os reservatórios dessa região, pois a Amazônia não será uma opção de grande reservatórios de água para uso hidrelétrico, por ser uma grande planície. O alerta foi feito nesta sexta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em debate com executivos de empresas no World Trade Center (WTC), em São Paulo.
“A forma de nós não termos essa falta d’água é se nós nos preocuparmos com floresta. A tecnologia já mostrou o quanto isso é importante. Mas não adianta ter floresta apenas lá na Amazônia, porque se a gente tiver floresta só lá na Amazônia, nós só vamos ter água lá”, comentou Braga.
Na avaliação do ministro, é preciso uma ação estratégica do País nas próximas três décadas, visando à recuperação de nascentes, de matas ciliares, de Mata Atlântica, para a recomposição do microclima úmido no Centro-Sul do País. Com isso, segundo ele, “está resolvida a nossa necessidade de reservatórios hídricos para o Brasil, onde a topografia é favorável, que é exatamente no Sudeste e no Centro-Oeste brasileiros”.
O ministro ressaltou a necessidade de se ter energia de base, como hidroeletricidade assegurada por reservatórios e mais usinas térmicas, especialmente a gás, para que possa ser sustentável a grande ampliação que está havendo nas outras fontes de energia complementares, como eólica e solar.
“O grande desafio para nós é manter um setor elétrico que seja seguro e confiável, robusto, que possa utilizar todo o portfólio alternativo que nós temos de energia, a hídrica, eólica, o bagaço de cana, o gás natural, e outras fontes, pela geração e microgeração distribuída, pela fonte solar”.
Assessoria de Comunicação Social
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