Em reunião do G-20, secretária-executiva do MDA destaca políticas brasileiras de incentivo à agricultura familiar

A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho, representou o ministro Patrus Ananias, na Reunião de Ministros de Agricultura do G-20 Econômico, na quinta-feira (08). O evento foi em Istambul, na Turquia, país que está na Presidência Pró-Tempore do grupo.

Na apresentação, Maria Fernanda apontou políticas públicas do MDA que se encaixam ao objetivo da reunião ministerial, que é debater o combate de perdas e desperdícios de alimentos e a promoção de investimento, o aumento da produtividade e o fortalecimento do desenvolvimento humano na agricultura familiar, como forma de garantir e ampliar a segurança alimentar da população mundial.

Em seu discurso, a secretária-executiva do MDA destacou que o Brasil, nas últimas décadas, concentrou esforços para construir e fortalecer arranjos produtivos locais, com apoio à reforma agrária e agricultores de pequena e média escala.  “Hoje, o que chamamos agricultura familiar, está presente em todas as regiões do Brasil e fornece cerca de 70% dos alimentos consumidos internamente. E, assim, finalmente conseguimos, de acordo com o último levantamento realizado pela FAO, sair do mapa da Fome”, realçou.

Segundo Maria Fernanda Coelho, é importante compartilhar estratégias e conhecimentos, para que a agricultura familiar se fortaleça em todo o mundo. “Levamos duas grandes reflexões para compartilhar: a primeira foi a criação e implementação de políticas públicas que o País tem feito ao longo dos anos, em especial, o nosso Programa de Aquisição de Alimento (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que beneficia mais de 40 milhões de estudantes com refeições diárias. O segundo aspecto é o trabalho do Brasil para viabilizar a redução dos custos com o transporte dos alimentos, para que se tenha o alimento saudável próximo à mesa do cidadão”, afirmou.

Outro tema levantado pelos ministros no encontro foi a importância da criação de políticas públicas que envolvam as mulheres e os jovens do meio rural. “O Brasil tem discutido também a questão da mulher e da juventude e é possível ver que isso é uma questão mundial. O que significa que há muito que se compartilhar e que se avançar nesse segmento”, concluiu Maria Fernanda.

G 20

O G-20 (abreviatura para Grupo dos Vinte) é um fórum internacional formado por representantes de governos e presidentes de bancos centrais de 20 grandes economias - Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia (UE). A UE é representada pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu.

Criado em 1999 com o objetivo de estudar, analisar e discutir em alto nível questões políticas relativas à promoção da estabilidade financeira internacional, o G-20 aborda questões que vão além das responsabilidades de qualquer organização.

Em conjunto, as economias do G-20 representam cerca de 85% do produto bruto mundial(GWP), 80% do comércio mundial (ou, se excluindo o comércio dentro da União Europeia, 75%), e dois terços da população mundial.