quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ministro abre a 17ª reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Desenvolvimento Econômico – Consedic

Brasília (8 de Abril) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, participou da abertura da 17ª reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Desenvolvimento Econômico – Consedic, realizada nesta quarta-feira, dia 8 de abril, na sede do ministério, em Brasília.

Além do ministro, participaram da reunião o secretário-executivo do Ministério, Ivan Ramalho, o assessor especial e coordenador da Assessoria Federativa do MDIC, José Luiz Azeredo, o secretário-executivo do Consedic, Noé Vieira dos Santos, o ex-secretário do Consedic, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), o ex-secretário do Consedic, deputado federal Alexandre Baldy (PSDB-GO), e mais 19 secretários de Estado.

O ministro iniciou seu discurso reafirmando a confiança de que, mesmo com a necessidade de se realizar um ajuste fiscal, em pouco tempo a economia brasileira voltará a registrar crescimento. “Não compartilho da visão pessimista que está se espalhando e contaminando expectativas. Quem conhece a natureza das crises que o Brasil viveu, de 1994 para cá, sabe que o país passou situações muito mais agudas. Se fizermos o ajuste na velocidade devida, logo o país reestabelecerá as condições para voltar a crescer”, avalia.

Neste contexto, Armando Monteiro lembra que a atuação de apoio do MDIC a estados, municípios e o setor privado, combinado com a alta do dólar e a volta do crescimento dos Estados Unidos, fazem deste um momento chave para as exportações brasileiras. “Temos uma janela de oportunidade que o câmbio está nos oferecendo para relançar nosso comércio exterior. Há uma nova realidade, com os EUA voltando a crescer, o que dá a expectativa de que o comércio internacional volte a crescer também. O Brasil poderá aumentar seus canais de exportação”. 

Para Monteiro, é preciso que haja uma ampla mobilização do governo e do setor empresarial para a construção de um plano estruturado que combine elementos como inteligência e promoção comercial a uma política mais ativa e pragmática com instrumentos robustos de financiamento e garantias. “Há oportunidades no curto prazo no mercado americano, nos países da bacia do Pacífico, ou na América do Sul em países como Chile, Colômbia, Peru, e mesmo o México”. 

O ministro afirmou também que já começa a perceber o movimento de algumas empresas para voltar ao mercado exterior, um claro sinal de que o cenário para a exportação é positivo. “Empresas que estavam fora do mercado externo voltaram a colocar a exportação como uma prioridade no seu planejamento. Creio que já teremos este ano um resultado da balança comercial melhor”, avaliou.

Monteiro informou ainda que esteve em Washington (EUA) para tratar de uma agenda comum entre o MDIC e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos e que já está colhendo resultados concretos para a facilitação e também a convergência regulatória entre os dois países. “Hoje, para acessar o mercado americano há problemas na área regulatória e de harmonização de normas e de qualidade industrial que se constituem numa barreira não tarifária. O problema do acesso ao mercado americano para o manufaturado brasileiro não é de tarifa, as tarifas médias são muito baixas. As dificuldades são regulatórias e de normas de qualidade”.

O ministro terminou ressaltando a importância da contribuição dos secretários de desenvolvimento e dos Estados na construção do plano de exportação. “Temos que construir o plano com uma visão das diversas regiões, e não apenas com um enfoque setorial. Temos que ter uma visão integrada do país”.

Agenda de trabalho

Durante a reunião, Ivan Ramalho propôs a criação de uma agenda de reuniões regionais nas próximas semanas entre os secretários de desenvolvimento estaduais e técnicos do MDIC, além de entidades e órgãos envolvidos no setor de comércio exterior, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Agricultura, o Banco do Brasil, Itamaraty e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “A proposta é a realização de um debate mais amplo, mais demorado e mais consubstanciado entre as autoridades estaduais no qual pudéssemos detalhar o plano. Assim, poderíamos ter este retorno com as demandas, sugestões e as especificidades de cada estado sobre os temas que estão sendo trabalhados”, afirmou Ivan.

Ao fim da reunião, os secretários presentes elegeram a nova diretoria do Consedic. O presidente eleito foi o secretário de planejamento do Paraná, Silvio Magalhães Barros II, e a vice-presidência geral ficou com a presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Vivian Nicolle Barbosa. Para a vice-presidência regional do Nordeste, foi eleito o estado do Maranhão; para o Sudeste, Minas Gerais; e para o Centro Oeste, Mato Grosso do Sul. As regionais do Norte e Sul serão definidas posteriormente.

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