As polícias Civil e Militar fizeram uma força-tarefa em Paulo Afonso, a 469 km de Salvador, para elucidar uma série de crimes que aconteceram em curto intervalo de tempo na cidade esta semana. Quatro mortes foram registradas na cidade em apenas 10 horas, começando pelo policial militar Anael Mohab Bezerra Gomes, 35 anos.
Segundo a polícia, a morte do PM não tem ligação com os outros crimes. Depois da morte do soldado, três outras pessoas foram mortas - duas com suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Um pedreiro também foi assassinado - a polícia acredita que por engano.
Na manhã de ontem, Leandro Santos de Jesus, 31 anos, foi morto na rua Tororó, quando três homens em um Siena preto passaram atirando. Ele foi atingido por cinco tiros de espingarda calibre 12. A vítima tinha passagem por tráfico de drogas.
Às 11h30, Simonal Alves Barbosa, 55 anos, também com ligação com o tráfico de drogas, foi executado por três homens encapuzados que chegaram em um Gol vermelho em seu estabelecimento comercial, o Poriba Motos, no BTN 2. Ele estava na porta com funcionários quando os bandidos chegaram e, sem falar nada, atiraram contra ele.
Já José Carlos Torres, 44 anos, foi morto às 11h40. Ele não tinha passagem pela polícia, era pedreiro e trabalhava em uma obra quando dois homens em um Palio preta chegaram. Segundo as investigações, eles estariam atrás de outra pessoa - ainda não identificada -, mas acabaram atirando em José com uma espingarda calibre 12.
O modo similar de agir nas mortes leva a polícia a crer que um mesmo grupo esteja por trás das três mortes. A polícia investiga se os crimes têm ligação com a morte de um traficante conhecido como Nego da Prainha, que morreu em troca de tiros com PMs no dia 27 do mês passado.
Morte do PM
O soldado Anael foi morto quando estava andando de moto em um dia de folga. A polícia apreendeu um adolescente de 16 anos pelo crime, mas ele nega ter matado o PM. A namorada e três irmãos do suspeito disseram à polícia que ele matou o soldado porque ele estaria "rondando" sua casa. A polícia não sabe o que o PM fazia no bairro Tancredo Neves III no momento do crime.
A arma do crime foi encontrada em um telhado.
* Com informações do repórter Diogo Costa
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