A soldado da Polícia Militar que recebeu voz de prisão de um promotor na manhã desta quinta-feira (5) no Centro de Pouso Alegre (MG), deve passar por um processo administrativo dentro da corporação, mas retornará ao trabalho ainda neste sábado (7), segundo o comandante Gilson Gonçalvez dos Santos, que responde pelo 20º Batalhão da PM. "Será dado à policial militar a oportunidade de apresentar a sua motivação e as suas razões de defesa", declarou.
A soldado Fátima Luiz se envolveu em uma discussão de trânsito com o promotor Ricardo Tadeu Linardi na manhã desta quinta,logo após prestar atendimento em um acidente de trânsito na Praça Senador Amaral. A militar, que embora uniformizada ainda estava fora de serviço, parou seu carro em frente à garagem do prédio onde mora o promotor e foi sinalizar o local do acidente.Nesse meio tempo, o promotor, também fora do horário de serviço, tentou entrar na garagem.
Segundo o Linardi, a soldado o teria destratado diante de seus pedidos para acessar o imóvel. Por esse motivo, ele deu voz de prisão à policial. O promotor alega ainda que foi agredido fisicamente com chutes e arranhões pela policial. Na versão da soldado Fátima, não houve qualuqer desrespeito ao promotor, nem físico nem verbal.
O caso foi parar na Delegacia de Pouso Alegre. A soldado foi autuada por desacato à autoridade e, segundo a Polícia Civil, foi liberada na madrugada desta sexta-feira (6) após pagar uma fiança no valor de um salário mínimo. Um inquérito policial foi aberto e deve levar 30 dias para ser concluído. Linardi ainda não sabe se moverá algum tipo de ação contra a militar.
Para o comando da PM em Pouso Alegre, a situação envolvendo a policial militar é um caso isolado. "A policial estava agindo em função do serviço, inclusive para prestar apoio a um acidente que acabara de ocorrer. Os fatos se deram de forma lamentável, sob todos os aspectos, e nós adotamos providências de condução com a maior isenção e responsabilidade possível", disse Santos.
O comandante da PM ainda salientou que, apesar de passar por um processo administrativo, a soldado voltará ao trabalho. "A soldado Fátima foi apresentada à Delegacia de Polícia Civil, foi ouvida, foi autuada pelo crime, foi arbitrada a fiança e se encontra em casa, obviamente descansando, e será empregada no serviço policial normalmente amanhã (7)", reforçou.
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