domingo, 1 de fevereiro de 2015

NO TEMPO DE FHC E PSDB NÃO EXISTIA ROUBO NA PETROBRÁS E OS IDIOTAS ACREDITAM


DE VOLTA AO PASSADO, BRASIL ANO DE 2001

Nos últimos quinze meses, a empresa viu-se envolvida em 95 acidentes, nos quais morreram dezoito pessoas. Como se não bastasse, desde o ano passado seus dutos foram responsáveis por quatro vazamentos gigantes, que despejaram 5,5 milhões de litros de óleo por lagoas, rios e baías.

Na semana passada, essa onda de tragédias culminou com três explosões, que mataram dez pessoas, deixaram uma ferida gravemente e desativaram a maior plataforma do mundo em capacidade de produção de petróleo – a P-36, instalada na Bacia de Campos. Às 2 e meia da madrugada, a monumental construção, equivalente a um prédio de quarenta andares e à largura de um quarteirão, começou a adernar.

Junto com ela, afundaram também os planos do Brasil de conseguir a tão perseguida auto-suficiência do petróleo em 2005. A P-36, que custou ao país 430 milhões de dólares, estava operando havia um ano no campo de Roncador, uma das áreas mais promissoras de produção da Bacia de Campos, de onde saem 90% do petróleo brasileiro.

A Petrobras investira muito nessa plataforma. Com apenas um ano de utilização, ela já produzia 80.000 barris de petróleo por dia, cerca de 6% da produção nacional, hoje em torno de 1,3 milhão de barris diários. Até o fim do ano, a expectativa era de uma produção de 115.000 barris por dia. Atingiria sua capacidade máxima, de 150.000 barris, no final de 2002. A vitória já vinha sendo comemorada pelo governo.

Desde que a plataforma começou a operar no campo de Roncador, em março do ano passado, o Brasil economizou em média 2 milhões de dólares ao dia em importação de petróleo. Uma receita alentadora para um país que enfrenta problemas em suas contas externas, provocados por um déficit inclemente na balança comercial e dívidas com os credores externos.

No dia seguinte ao desastre, já era possível fazer um cálculo preliminar do estrago. A estimativa é de que o país tenha um prejuízo de mais de 1 bilhão de dólares ao ano.

Os analistas avaliam que a perda resultante da interrupção da produção de 80.000 barris de petróleo seja em torno de 600 milhões de dólares ao ano. Fora o mesmo tanto que terá de importar para cobrir o que deixa de ser produzido. O mais dramático nessa situação é que não há nada que possa ser feito para remediar a perda, pelo menos em um prazo de dois anos. Uma plataforma como a P-36, mesmo sem afundar, leva quase esse tempo para ser consertada. A construção de uma plataforma igual tomaria no mínimo três anos. “

É um grande prejuízo para uma companhia que começa a enfrentar a concorrência estrangeira”, afirma Jean-Paul Prates, diretor da Expetro, uma das mais conceituadas consultorias do setor de petróleo no país. 

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