Na noite da última segunda-feira, a assembleia extraordinária do Atlético-GO escolheu por aclamação Maurício Sampaio como novo presidente para o biênio 2015/2016.
A escolha, porém, acabou cercada de críticas por parte de membros da imprensa de Goiânia: o empresário é acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Valério Luiz Filho, em 2012, em frente àRádio Jornal 820, no bairro Setor Serrinha.
Maurício Sampaio aguarda pelo júri popular em liberdade; o inquérito da Polícia Civil, de mais de 500 páginas, também aponta o motorista Urbano de Carvalho Malta, o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier (Marquinhos), além dos policiais militares Ademá Figueredo (seria o autor dos disparos) e Djalma da Silva como participantes do homicídio.
Em entrevista ao Jornal Opção, o deputado estadual Mané de Oliveira (PSDB), pai de Valério Luiz Filho, chamou a aclamação de "imoral" e ameaçou cortar a cobertura do Atlético-GO por parte de sua equipe na TV Brasil Central, na rádio 820 AM e na PUC-TV.
"Não é nada contra os torcedores atleticanos. Mas é um ato em memória de Valério, que trabalhava em nossa emissora", disse o parlamentar.
Maurício Sampaio, claro, se defende. Nada se comprovou e nem tem essa previsão de júri popular. O que existe é uma acusação da que me defendo por saber da minha inocência. Já estava fora do clube, nem era mais vice-presidente. Não teve outra linha encontrada pela polícia. Infelizmente o pai dele jogou para o meu lado. Ele recebeu votos em cima da morte de um filho. Leiam o inquérito, não existe nada que liga o Maurício ao assassinado. Eu estou tranquilo", disse.
"Eu sei da minha inocência. Fui aclamado com a torcida me apoiando. Não vou abandonar minha vida por uma acusação leviana", completou.
A nova diretoria do clube rubro-negro tem ainda o deputado federal Jovair Arantes (PTB), conhecido por ter atuado no Congresso contra o Bom Senso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário